Capítulo 154
Ela estava sentada no banco do corredor do hospital, pálida, e o celular havia se desligado sem que percebesse.

As palavras de Felipe ecoavam em sua mente, se alternando com a imagem de seu avô deitado na cama do hospital, cercado por tubos.

A garganta de Sílvia se apertava, como se estivesse sendo estrangulada, e respirar parecia exigir um esforço imenso.

Seu rosto, frio e úmido, foi tocado por ela, meio anestesiada, sentindo as lágrimas.

Estava chorando?

Sílvia olhou para a ponta dos dedos úmidos, distraída.

Marcos estava certo; ela realmente se superestimava, pensando que poderia influenciar Felipe, que poderia fazer seu avô melhorar.

Como isso seria possível?

Os ombros de Sílvia desabaram, e seus longos cabelos caíram ao lado do rosto, ocultando sua expressão e visão.

Passos se aproximavam, e uma frieza familiar cortou o aroma de desinfetante, chegando ao nariz de Sílvia.

Ela tremeu ao ouvir a voz fria de Marcos:

- Quer que façam uma cirurgia no seu avô?

A voz de Marcos, desprovida
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