Rose
Eu estava lá.
No quarto do desconhecido como todas os dias de plantão, a lua iluminava seu quarto enquanto eu escutava música nos fones e lia as anotações para uma prova de especialização que estava próxima sentada ma poltrona ao lado de sua cama apenas com o abajur ligado para não o incomodar .
Se tornou uma rotina tão gostosa , ficar apenas aqui.... com ele, mesmo sem o conhecer, sem nunca ter ouvido sua voz, mesmo tendo visto seus olhos castanhos que me lembrar chocolates apenas uma vez.
E cara eu adoro chocolate.
Solto o livro ao lado da poltrona e encaro a cama olhando seu corpo grande e musculoso. Me coloco em meus pés e me aproximo olhando os traços rústicos de seu rosto, algumas linhas de expressões do lado dos olhos e no canto da boca bem sutis a barba agora já maior do que quando chegou, com o rosto liso, e apesar da pele ainda um pouco pálida posso ver a cor rosada voltando aos poucos para suas bochechas.
Traço meus dedos pela linha do seu maxilar quadrado e suspiro subindo o dedo indicador por sua bochecha esquerda e terminando em seus lábios finos e adoráveis.
- Você poderia simplesmente acordar não é, então eu poderia deixar essa obsessão de lado - Sussurro me aproximando e sentindo seu cheiro, apesar dos meses que está aqui no hospital ele cheira a loção pós barba - o mesmo cheiro de quando chegou, o mesmo cheiro que ainda não esqueci
Aproximo o nariz de seu pescoço mesmo sabendo que é errado me aproximar assim de um paciente, respirando fundo, inalando o máximo que posso do seu perfume com medo de que esse cheiro suma de uma hora ou outra, então eu me lembro de todos os contos de fada que Mason contou pra mim antes de dormir anos atrás . Um beijo sempre quebrou a maldição. Então decido arriscar. Mal não vai fazer
Apenas pelo bem do paciente
Repetir isso mil vezes e talvez se torne verdade
Lentamente baixo meu rosto sobre o seu e pressiono meus lábios nos seus com calma ainda o olhando, fecho meus olhos e subo a mão para o seu rosto
- Por favor - Sussurro desesperada
- Você pedindo assim eu não consigo negar - Uma voz groça soa no ambiente me assustando , abro os olhos pronta pra me afastar mas uma mão grande e quente segura minha nuca com delicadeza - Eu acordei por você Rose não fuja
Ele morde meu lábio inferior puxando e eu gemo com o contato áspero de seus dentes, ele aproveita e enfia a língua em minha boca explorando cada canto e eu retribuo o beijo com fervor.
Ele acordou ? Tipo bela adormecida ?
Suas mãos descem para a minha cintura me puxando pra cima da cama e seus beijos descem por meu pescoço deixando um rastro quente e úmido em minha pele, então ele se vira ficando por cima de mim explorando meu corpo com as mãos
Oh sim ele acordou
- Oh Deus, por favor - minha voz sai rouca pela nescecidade de um alívio para meu clitóris pulsando , suas mãos descem para minha boceta acariciando a fenda mas nunca chegando onde realmente preciso enquanto seus beijos continuam descendo até chegar em meus quadris onde deixa uma mordida em cada lado
- Muito lento - Sussurro segurando em seus cabelos espessos e escuros passando a unha no couro cabeludo
Em alguns segundos estou sem roupa e ele deixa um beijo em cima dos lábios inchados da minha intimidade antes de passar a língua por toda a minha fenda. Sua língua chega em meu clitóris fazendo círculos fechados e lentos
- Oh inferno, mais... mais rápido - Suplico puxando seus cabelos de leve
E ele me atende
- Que boquinha suja - Seu tom de voz agora parece um pouco menos agudo , menos másculo e franzo o cenho mas quando seus movimentos em minha boceta se intensificam eu esqueço isso, arqueando as costas da cama buscando mais contato e tentando fugir ao mesmo tempo sem aguentar as ondas de prazer, sua mão sobem até meu estômago me prendendo na cama e continua seu ataque até que sinto as ondas de prazer se formando em minha espinha, dois dedos entram em minha fenda já encharcada e seus lábios prendem meu clitóris passando a língua ao redor de um lado para o outro até que meus musculos ficam tensos e eu sinto o gozo vindo em explosões de prazer enxergo pontos brancos ainda com os olhos fechados
- Porra sim - Solto sem conseguir me controlar
Desde quando eu fiquei tão verbal ?
Meu corpo ainda tem alguns espasmos e respiro ofegante com um sorriso enorme, acho que nunca senti algo tão bom. Abro meus olhos a procura dos seus incríveis olhos chocolates enquanto passo a mão lânguidamente por seus cabelos suaves.
Mas o que encontro são fios loiros bagunçados pelas minhas mãos e olhos verdes convencidos, orgulhosos, pelo orgasmo que ele me deu
O que tecnicamente não foi bem ele....
- Jesse? - Minha voz sai entre cortada por que ainda estou recuperando o fôlego e eu realmente não quero acreditar que acabei de ter um sonho molhado com meu paciente enquanto meu amigo de foda estava com a língua em mim
Aquilo foi um sonho ?
- Esperava alguém diferente ? - Ele responde sorrindo e sobe por cima de mim mais uma vez , ambos nus, sinto sua ereção cutucando minha perna - Bom dia linda
Então me lembro que ontem eu não fui para o hospital. Eu vim para seu apartamento, vinho, música, sexo. Eu acabei pegando no sono, merda eu nunca durmo com ele.
Sempre terminamos nos vestindo e o "até amanhã no trabalho"
Coço os olhos e passo a mão por suas costas e olho no relógio da cômoda
- Eu tenho que ir Jesse não posso me atrasar
- Não vai se atrasar, vai ser rápido, e bom - então volta a me beijar e nossos corpos logo esquentam
No estacionamento do subsolo no shopping eu olho no retrovisor do carro e coloco colirio nos olhos pra disfarçar os olhos vermelhos das poucas horas de sono. Eu marquei de me encontrar com Lissa aqui, ainda estou pensando em como me vingar pela balada...mas aí me lembro que André empatou a foda dela - a primeira - e me pergunto se já não foi o suficiente.
Nah eu ainda vou me vingar
Lissa ela odeia profundamente Jesse Fletcher, primeiro por que eu transo com ele e não seu irmão, segundo por que ele é um babaca , e terceiro por que uma vez ele expulsou ela de uma sala de cirurgia dizendo que ela era meiga demais para ressecar um tumor.
- Lissa eu transo com ele pelo seu pau e não por sua personalidade - Eu me defendo quando ela me acusa de transar com o "Babaca do Fletcher " o que não é mentira a pergunta é
Como ela descobriu que eu dormi com alguém noite passada? Bom ela descobriu e acabei contando com quem foi, apenas para não falar mais nisso. Por que eu ainda não esqueci daquele sonho e isso está ferrando com meus miolos
- Ele é tão nojento Rose - Ela reclama pegando seu celular olha uma mensagem e seus olhos brilham com um sorriso mal contido
- Lissa - Eu estreito os olhos - Eu já te falei que esses caras de site de namoro são furadas
- Este é legal Rose , nos falamos sempre e ele é fofo e sarcástico as vezes me lembra você - Ela ri e responde a mensagem
- Ele é um cozinheiro Lissa , que já colocou fogo na cozinha - dou ênfase em minhas palavras pra ver se ela cai na real
Falou a maluca que tem sonhos eróticos com um homem em coma
- Não me fale das últimas vezes, dessa vez eu sinto que vai ser diferente - Ela fala com muita convicção
- Hah - Solto uma risada abafada da parte de trás da garganta - Você também pensou isso do Mickey, que Porra de nome, todos os seus sinais de " Agora vai" ascenderam e uma semana depois que começaram a namorar você o encontrou no quarto dele em uma visita surpresa usando calcinha - Olho bem nos seus olhos - A sua calcinha fio dental vermelha , rebolando pra uma câmera
Ela fecha a cara e vai protestar quando eu ergo um dedo a parando
- Abre aspas - faço sinal de aspas com os dedos - Eu sinto que é ele Rose, ele é tão gentil, meigo, e está indo super com calma, tenho certeza que dessa vez eu escolhi bem , fecha aspas - falo afinando a voz fazendo um som meloso
Ela se emudece diante da minha acusação infalível mas logo se recupera e revira os olhos e como uma boa estrategista muda de assunto
- Eu fiquei sabendo que alguém pagou a conta do seu paciente, aquele que ninguém sabe quem é e não vieram procurar
Eu bebo o meu suco disfarçando e olho pelas mesas da praça de refeição como se Chris Hemsworth estivesse ali, comendo um McDonald's
- Qual deles o do acidente de carro ? - Pergunto na maior inocência fingindo desinteresse
- Esse mesmo , o mesmo que você estava se descabelando pra descobrir por que ele não acorda - Acusa
- Que bom pra ele não é, cara sortudo achar um bem feitor assim - Dou de ombros
- Você não me engana Rose, está obcecada por ele, ele não vai acordar, já faz alguns meses e até agora nada e sabemos que os exames estão normais
Por algum motivo que não entendo a sua descrença de que ele possa acordar me irrita e eu revido na defensiva
- Ele está em coma e não morto, sabemos como os quadros de coma são instáveis então sim ele pode acordar a qualquer momento
E assim eu me entrego
- Há eu sabia - Ela comemora erguendo os braços - Eu só quero que você tome cuidado sabe, se ele não acordar... não quero que se decepcione
Eu desvio o olhar e bebo mais um gole de suco
- Eu não vou - Respondo sem olhar em seus olhos sabendo que estou mentindo, nós duas sabemos
Mas vou fingir que acredito nisso
Eu sabia que o dia seria estranho quando eu abri os olhos e encherguei olhos verdes e um rosto um pouco pálido no meio das minhas pernas. Enquanto acreditava fielmente que veria olhos castanhos iluminados
Depois veio Lissa e seu papo de "Ele não vai acordar " e " não se decepcione " e pra ajudar agora uma vidente
Sim, uma vidente
Deu entrada na emergência com seu sobrinho Ambrósio ele trabalha no único hotel da cidade vizinha e é um bom espécie de homem, bronzeado , corpo definido mas não muito musculoso seus cabelos loiros queimados e olhos incríveis pena que ele goste de mulheres mais... experientes. Até então eu nem sabia que ele tinha uma tia
Ele acabou se queimando com uma vela de incenso e veio parar aqui que é o hospital mais próximo, sua tia que o acompanhava acabou fazendo algumas seções de necromancia claro que por um "pequeno valor"
E numa dessas Mia Taylor acabou pagando pra ela "ler meu futuro". Eu não acredito nisso, claro acredito que existe algo maior do que nós se não, não haveriam tantos casos na medicina sem explicação, mas nunca fui muito religiosa e muito menos supersticiosa então esse lance de "linhas da vida na palma da mão " pra mim não funciona.
Até que ela pegou a minha mão e um arrepio subiu meu braço
- Um grande futuro te espera criança, irá salvar muitas vidas mas também irá perder outras
Eu bufo revirando os olhos
- Sou médica é de se esperar algo assim
E depois dessa eu voltei a acreditar que ela é só uma caloteira mesmo
- E quando uma em especial se perder de você, as outras tantas que salvou serão seu único porto seguro, como foi da última vez , uma grande felicidade a espera mas com tempo contado, a roda está girando e nunca para. - Então ela abre os olhos e sorri docemente como se soubesse que estou prestes a me foder - Quando ele se for, não se preocupe almas entrelaçadas sempre encontram seu caminho.
Por um segundo fico assustada, com medo, mas aí eu me lembro
Eu não acredito em necromancia
- Se você não falasse algo que pudesse ser tão genérico talvez eu pudesse acreditar em algo - puxo minha mão ríspido meu tom frio trai minhas emoções e a sensação de que talvez ela esteja certa, mas logo enterro esse sentimento e me lembro ,tudo está bem agora não vou passar por perdas de novo tão cedo.
A tarde ficou quieta e os corredores vazios. Estranho pra caramba.
Vou para a sala de emergência pensando na conversa que acabei de ter com Lissa a poucos minutos, ela me "achou" no quarto do desconhecido lendo o jornal pra ele-okay vendo por esse lado parece um pouco estranho- e me deu achou maior bronca sobre "não estou te reconhecendo", " você não é assim", "estou preocupada com você" e por fim o melhor de todos, " você está obcecada por ele, acho melhor dar um tempo"
O pior é que talvez ela tenha razão
A apenas a enfermeira na recepção e o médico plantonista mexendo no celular na sala de emergência , ando pelo corredor a direita indo direto para a ala cirúrgica e olho a tela que mostra as cirurgias sendo feitas
Nada
Esta vazia
Todas as salas
- Mais que inferno ? - Pergunto para o além
E o além resolve me responder com a voz de Jesse
- Exatamente o que eu pensei
Tum Tum
Eu franzo o cenho juntando as sobrancelhas em uma expressão concentrada está muito silencioso os corredor com apenas alguns barulhos de pes dos funcionários, as TV's parecem estar mais baixo , sem conversas
Tum Tum
Então como se as trombetas tocassem anunciando o Apocalipse. Todo o barulho chega de uma vez
Derrepente pessoas de jaleco branco começam a correr com pressa, os telefones ao redor tocam sem para. Olho para a tela a minha frente e começa a marcar
Sala de cirurgia 1: reservada
Sala de cirurgia 2: reservada
...
Tum tum
Meu celular no bolso vibra insistentemente, as conversas chegam com presa e urgentes pego o celular olhando as mensagens do hospital
Tum Tum
Acidente na I149 ônibus com 23 passageiros colidiu com dois carros e houve uma explosão , as ambulâncias estão trazendo pacientes pra cá e para mais dois hospitais próximos. Eu corro pelo corredor para ir na emergência ajudar até que um movimento em um dos quarto mais a frente me chama a atenção
Tum Tum
Eu conheço esse quarto
Uma das enfermeiras leva um carrinho de reanimação e arregalo os olhos, é o quarto dele, vou na direção sentindo o sangue correndo ais rápido
Tum Tum
Tum Tum
Tum Tum
Esse barulho é meu coração?
Sim meu coração está disparado com o medo irracional da perda, a perda de algo que eu sequer tive a chance de conhecer
Chego na porta do quarto e paro congelada quando o barulho do desespero alcança meus ouvidos
Biiiiiiiip
Então eu saio do transe
- Administra 0,5 de Atropina e prepara 1,0 miligrama de adrenalina - Eu ladro as ordens correndo em direção dele , seguro seu pulso contando por dez segundo e não a nada começo a massagem enquanto uma das enfermeiras coloca o suporte respiratório
Ele não tem problemas no coração o que diabos está acontecendo nesse lugar hoje
O desfibrilador chega e mando carregar coloco os adesivos em sua pele para não queimar tanto
- Vou chocar afasta - Então descarrego em seu tórax e volto a fazer a massagem pedindo pra recarregar
Quando solto a descarga elétrica novamente seu corpo arqueando contra a cama, seus olhos se abrem subitamente e ele se senta como se fosse um morto ressuscitando respirando ofegante então como se sentisse fraco demais cai na cama novamente com o olhar perdido nos encaramos por alguns segundos e tudo o que enxergo nele
é o vazio.
Eu não posso fazer isso, não consigo fazer isso
O que fazer quando tudo o que você conhece está perdido?Suas memórias são o que fazem de você o que você é, forma sua personalidade, suas manias, até mesmo seus trejeitos.Então o que fazer quando não se tem mais isso?Eu estou prestes a descobrir.O desconhecido parece atordoado ele olha ao redor com movimentos lentos e desorganizados movendo apenas a cabeça como se o restante do corpo ainda estivesse despertando, seus olhares estudam as pessoas do quarto mas ainda não disse nada.— Olá sou a Doutora Sinclair, eu preciso que você fique calmo para que eu possa fazer alguns exames okay? — Pergunto me aproximando com passos calmos como se ele fosse um filhotinho assustado, um filhote bem grande Ele abre a boca como se testasse a língua dentro da boca— Água — Sua voz rouca e baixa pelo tempo que ficou seca e imagino que tenha incomodado falar.Eu me aproximo do criado pegando a jarra de água e enchendo o copo coloco um canudo e me aproximo da cama colocando em sua boca. Ele dá longas
A bebida deixa minha visão turvada e minhas ações idiotas. Mas quem liga ? Eu com certeza não, não quando nem o álcool tirou as imagens da minha cabeça Nosso apartamento destrancadoRoupas pelo chão GemidosE mais barulho vindo do quarto Mas algo está errado, está tudo girando. Algo quente está escorrendo pelo meu rosto, barulho muito barulho e de repente um zumbido alto em meu ouvido preenche meus sentidos Minha noiva pelada de quatroEu capotei o carro? Eu deveria ter mais cuidado, mas tudo esta tão confusoTudo esta turvo e desforme tem, tem algo molhado em minha cabeça ?Passo os dedos pela testa e vejo o rastro de vermelho em meus dedos Então tudo fica escuro
Rose Uma emergência é anunciada nos altos falantes do North Valey Hospital e abandono o copo de café que acabei de pegar na mesa do refeitório e saio correndo pelos corredores de paredes azul amarrando meu longo cabelo. Adoro o último mês do ano Sou uma das residentes que está de plantão participei de uma cirurgia de dez horas e estou na emergência a doze, já foi atendido dois casos de queimadura de segundo grau por causa de pessoas que queriam fazer um churrasco pro familiares que eles odeiam, mais uma senhora que cortou a mão por que se estressou enquanto cortava os legumes, fora o caso daquele cara que sofreu um enfarto por que os sobrinhos estavam o enlouquecendo por causa dos presentes de Natal. Por isso eu amo essa época do ano, é com o se fosse uma loja de doces, e eu diabética. Neve, festividades, final de ano e visitas familiares. Meio estranho eu sei. E apesar do cansaço eu adoro estar aqui me empanturrando Essa adrenalina que corre nas veias toda vez que corro por es
Enquanto pego o jaleco no closet faço um coque rápido no cabelo e visto os saltos altos , meu pai sempre disse que uma boa apresentação é tudo, e como hoje é dia de clínica eu provavelmente não vou poder ir para o centro cirúrgico mas coloco um par de tênis na bolsa-só por precaução- coloco a comida de Boo e vou pegar o carro A caminho do hospital no rádio toca alguma dessas músicas dos anos oitenta que eu vivia escutando quando estava na adolescência por causa de Mason, meu melhor amigo. Ao olhar no retrovisor interno do carro quando paro em um sinal vermelho vejo a nostalgia refletida em meus olhos, as lembranças de quando ele me levou para minha primeira festa escondida explodindo diante de meus olhos me roubando da realidade. Tocava Sweet Child O'Mine na rádio Mason e sua voz totalmente desafinada cantava no ritmo da música sem perder uma estrofe enquanto tamborilava os dedos no volante e eu ria ,estava escuro do lado de fora apenas com a luz da lua enquanto passávamos pela est
Rose Estaciono o carro em frente à minha casa após mais uma jornada de trinta e seis horas de trabalho, eu estou morrendo, corri de um lado para o outro fugindo do John igual o papa léguas fugindo do coyote. Ele ainda está bravo pelo que falei - a três semanas !!- Saiu do carro e estico meus braços para cima alongando os músculos, pego a mochila e procuro a chave da porta dentro. - Porra Lissa você não fez isso - falo já desconfiando de como minha chave sumiu Vou até a porta subindo na cadeira que fica na varanda e procuro no batente da porta na parte de cima onde deixo a chave reserva. Pego o celular no bolso da calça procurando o nome da minha melhor amiga na agenda quando também não acho a chave reserva, o número chama até cair na caixa postal - Vasilisa Helena Vaughn, eu quero a minha chave de volta - falo um pouco alterada e volto para o carro, ela já havia falado algumas vezes que qualquer dia desses iria me forçar a sair de casa, eu não levava isso a sério, até ela m