Acabaram dormindo mais que o previsto, e ainda tinham que organizar algumas roupas para sair, já estava anoitecendo quando cruzaram os portões da propriedade. Megan estava no banco de trás ouvindo música, Danilo ao volante conversando com Violeta, eles prepararam um presente, estavam levando um bolo pequeno em uma caixa refrigerada para Morgan.Chegaram na Escócia já passava da meia-noite. O pai de Violeta ficou assustado.— Minha menina o que houve? Por que vieram a essa hora? — Ele disse abraçando Violeta.— Nada demais, mas como Danilo tinha que tomar algumas precauções saímos tarde de Londres.— Assim você mata seu pai do coração, avise pelo menos que está a caminho...— Desculpa, lembra da Megan? Ela veio conhecer a Escócia.— Claro. Venha dar um abraço no tio. — A menina o abraçou, ainda estava com o celular na mão e com fones de ouvido, depois sentou-se no sofá. — Minha flor, sua pequena cunhada é muda, nem me recordo de ouvi-la falar.— Pai, ela fala quando quer, bateu
Dayse, Violeta e Megan entraram no quarto, as janelas tinha um sistema de blindagem, fechadas eram seguras e ainda não se podia ver dentro do quarto. Megan adormeceu rápido. Violeta estava assustada, Dayse a puxou para o pé da cama, sentaram no chão e se abraçaram.— Calma irmãzinha, pensa no bebê e em toda felicidade que está vivendo, não pode passar nervoso.— Dayse, é minha culpa! Dei liberdades a Ian quando mais nova, agora ele acha que tem algum direito sobre mim, sobre nossa família.— Não, Violeta pense assim, ele está errado e você sabe disso, é uma mulher casada e mesmo se não fosse, não seria com violência que ele conseguiria alguma coisa.Violeta permaneceu no colo de Dayse, tinha as mãos na barriga, era como se tentasse proteger o filho.— Dayse... Como foi com Adam?— Ai Violeta! Quer falar disso agora?— Claro, eu preciso me distrair.— Tá! — Dayse olhou para cama, estava conferindo se Megan estava realmente dormindo. — Foi ótimo, ele foi gentil, conversamos, dan
— Então Dayse a decisão é sua, vai com seu pai ou com Adam? — Perguntou Danilo.— Não posso ir com vocês pra Londres?— Dayse, seu primo está atrás da Violeta, vir conosco é se colocar em perigo desnecessariamente, já tenho Meg e minha mãe naquela casa pra me preocupar além de Violeta.Dayse queria se casar, mas estava tão acostumada a ser obediente, ela queria o casamento e Adam mexia com ela, mas nunca iria contra algo que seu pai dissesse. Esperava a aprovação dele nesse momento.— Filha eu sei o que te aflige... — Morgan a abraçou. — Eu prometo que vou me cuidar, me alimentar direito e te ligarei várias vezes ao dia. Se acha que pode ser feliz com ele vai, estou pedindo que vá se isso for te fazer feliz.— Obrigada pai. — Dayse começou a chorar, era uma despedida momentânea ali.Ela caminhou até Adam, ele colocou o anel em seu dedo e beijou seu rosto...— Agora é minha. — Disse baixinho pra ela.— Ai meu Deus, minha irmã vai casar... — Violeta abriu os braços e e foi até e
No outro dia, Violeta foi a universidade, foi uma briga, pois Danilo achava melhor ela ficar em casa, mas ela justificou que logo não iria por conta da gravidez, então queria aproveitar esses meses antes que se sentisse cansada demais pra ir. Na universidade não se falava de outra coisa a não ser o marido ciumento de Violeta.Quando ela chegou a sala, todos olhavam e cochichavam algo, apenas seu seleto grupo de amigas veio falar com ela.— Violeta! Fiquei preocupada com você. — Disse Pietra.— Por que? Eu estou bem, fui até ver meu pai no fim de semana, vi minha irmã e levei minha cunhadinha pra subir na árvore comigo. — Ela não precisava contar que foram atacados e que a cunhada de 1o anos quase levou um tiro.— Seu marido... Ele é muito ciumento, ele fez alguma coisa com você?— Fizemos várias coisas de várias formas, só não na casa do meu pai. — Ela disse e riu alto.— Ai Violeta, é sério...— Mas estou falando sério. — Violeta mudou o tom da conversa. — Pietra, meu marido m
Sentaram a mesa e Violeta trouxe a comida junto com a empregada.O almoço foi tranquilo, Marcela estava com Ted nos braços dando de comer a criança, ele já estava com três anos. Pietra conheceu Carlos, Violeta e Janet serviram a comida antes de sentar a mesa.— Quem é essa moça simpática? — Perguntou Marcela.— Oh, me chamo Pietra, sou amiga de Violeta. Estudamos juntas.— Seja bem vinda Pietra... Me chamo Marcela, sou a mãe do Danilo, da Megan e do Ted.Pietra parecia chateada, olhava para Violeta e para Argos, ele quando passava pela sala, tentava sorrir e arrancar um olhar dela, mas Pietra virava o rosto para não encará-lo.— Pietra, está tudo bem? — Perguntou Violeta.— Estou bem, quero ir pra casa, tenho muito o que fazer.— Ok, vamos terminar de almoçar e chamo Argos para te levar.— Não pode ser outra pessoa?— Qualquer um que sair daqui ele irá junto.— Tá.Terminaram de comer e se despediram, Argos abriu a porta do passageiro para Pietra e saíram com o carro.— S
Ela olhou para saída da cozinha, queria chegar a porta e pegar o celular que deixou na bolsa, mal correu, antes mesmo de chegar a porta foi derrubada.— Cadê a sua coragem agora, vadia?— Por favor, eu não tenho nada haver com os problemas de vocês.— Não tinha, se meteu no meu caminho, agora vai aprender a ficar longe de problemas.Pietra sentiu seu vários golpes em seu corpo, sentiu ser arrastada pelo chão, passou até por cima de alguns cacos de vidro, a dor não era maior do que o medo de perder a vida.— Me solte... — A voz começava a falhar. — Não me mate.— Não vai morrer, vai contar para aquele moleque metido do Danilo que eu estive aqui.No dia seguinte Violeta assistiu a aula de casa, achou cansativo e chato, mandou várias mensagens para Pietra, mas ela não respondeu. Depois mandou mensagem para outra colega que disse que Pietra não foi a universidade naquele dia... Violeta se sentiu culpada, achou que a amiga estava tão assustada que ficou trancada em casa, ela ligou v
A semana seguiu, Violeta fazia as aulas em casa, a maioria das vezes no escritório, a empregada Janet fazia a limpeza pesada da casa, Marcela se ocupava de Ted e Megan. Depois da aula Violeta e a sogra passavam um tempo na cozinha fazendo a comida. Era o momento de Danilo ou Carlos irem para o escritório e cuidar dos negócios.Já estava quase na hora do almoço, as mulheres estavam na cozinha e Danilo falava com o pai sobre um sistema online para Pietra estudar, ele já havia conversado com o reitor e para segurança da moça ela ficaria na casa de algum parente ou até mesmo lá.Estava sentado na enorme cadeira de couro virado para janela, não viu a empregada entrar. Carlos havia acabado de sair do escritório, com certeza iria ficar com o filho ou tocar piano para Megan.Janet entrou e começou a limpar, usava uma saia curta, quando Danilo se virou ela estava abaixada de costas limpando a mesa de centro.— Senhorita Janet, acho que tem roupas mais apropriadas para o trabalho, se não ti
Janet parecia não entender um não, ou apenas mudou seu foco, já que Danilo não aceitava as suas investidas, ela passou a observar Carlos, ela pensou que talvez um homem mais maduro, mas igualmente rico seria presa fácil.Marcela era bonita, mas claramente mais velha que ela, mas também não muito, algo entre 3 ou 4 anos de diferença.Violeta naquele dia não foi assistir a aula, ela havia acordado enjoada além de ter ficado parte da noite acordada com Danilo.Carlos havia acabado de chegar com Megan, ele passou na cozinha e deu um beijo em Marcela, ele acariciou o filho no carrinho e subiu, ele entrou no escritório e ligou o computador, iria passar um tempo ali verificando seus rendimentos, talvez ligasse para a família Russell em Gales, o chefe de Gales era um excelente administrador, cuidava dos investimentos de Carlos naquele país.Janet entrou e sorriu, ela passou para as costas de Carlos e mexeu nas cortinas.— Senhorita, pode voltar outra hora? — Carlos disse.— A hora que v