No outro dia, Violeta foi a universidade, foi uma briga, pois Danilo achava melhor ela ficar em casa, mas ela justificou que logo não iria por conta da gravidez, então queria aproveitar esses meses antes que se sentisse cansada demais pra ir. Na universidade não se falava de outra coisa a não ser o marido ciumento de Violeta.Quando ela chegou a sala, todos olhavam e cochichavam algo, apenas seu seleto grupo de amigas veio falar com ela.— Violeta! Fiquei preocupada com você. — Disse Pietra.— Por que? Eu estou bem, fui até ver meu pai no fim de semana, vi minha irmã e levei minha cunhadinha pra subir na árvore comigo. — Ela não precisava contar que foram atacados e que a cunhada de 1o anos quase levou um tiro.— Seu marido... Ele é muito ciumento, ele fez alguma coisa com você?— Fizemos várias coisas de várias formas, só não na casa do meu pai. — Ela disse e riu alto.— Ai Violeta, é sério...— Mas estou falando sério. — Violeta mudou o tom da conversa. — Pietra, meu marido m
Sentaram a mesa e Violeta trouxe a comida junto com a empregada.O almoço foi tranquilo, Marcela estava com Ted nos braços dando de comer a criança, ele já estava com três anos. Pietra conheceu Carlos, Violeta e Janet serviram a comida antes de sentar a mesa.— Quem é essa moça simpática? — Perguntou Marcela.— Oh, me chamo Pietra, sou amiga de Violeta. Estudamos juntas.— Seja bem vinda Pietra... Me chamo Marcela, sou a mãe do Danilo, da Megan e do Ted.Pietra parecia chateada, olhava para Violeta e para Argos, ele quando passava pela sala, tentava sorrir e arrancar um olhar dela, mas Pietra virava o rosto para não encará-lo.— Pietra, está tudo bem? — Perguntou Violeta.— Estou bem, quero ir pra casa, tenho muito o que fazer.— Ok, vamos terminar de almoçar e chamo Argos para te levar.— Não pode ser outra pessoa?— Qualquer um que sair daqui ele irá junto.— Tá.Terminaram de comer e se despediram, Argos abriu a porta do passageiro para Pietra e saíram com o carro.— S
Ela olhou para saída da cozinha, queria chegar a porta e pegar o celular que deixou na bolsa, mal correu, antes mesmo de chegar a porta foi derrubada.— Cadê a sua coragem agora, vadia?— Por favor, eu não tenho nada haver com os problemas de vocês.— Não tinha, se meteu no meu caminho, agora vai aprender a ficar longe de problemas.Pietra sentiu seu vários golpes em seu corpo, sentiu ser arrastada pelo chão, passou até por cima de alguns cacos de vidro, a dor não era maior do que o medo de perder a vida.— Me solte... — A voz começava a falhar. — Não me mate.— Não vai morrer, vai contar para aquele moleque metido do Danilo que eu estive aqui.No dia seguinte Violeta assistiu a aula de casa, achou cansativo e chato, mandou várias mensagens para Pietra, mas ela não respondeu. Depois mandou mensagem para outra colega que disse que Pietra não foi a universidade naquele dia... Violeta se sentiu culpada, achou que a amiga estava tão assustada que ficou trancada em casa, ela ligou v
A semana seguiu, Violeta fazia as aulas em casa, a maioria das vezes no escritório, a empregada Janet fazia a limpeza pesada da casa, Marcela se ocupava de Ted e Megan. Depois da aula Violeta e a sogra passavam um tempo na cozinha fazendo a comida. Era o momento de Danilo ou Carlos irem para o escritório e cuidar dos negócios.Já estava quase na hora do almoço, as mulheres estavam na cozinha e Danilo falava com o pai sobre um sistema online para Pietra estudar, ele já havia conversado com o reitor e para segurança da moça ela ficaria na casa de algum parente ou até mesmo lá.Estava sentado na enorme cadeira de couro virado para janela, não viu a empregada entrar. Carlos havia acabado de sair do escritório, com certeza iria ficar com o filho ou tocar piano para Megan.Janet entrou e começou a limpar, usava uma saia curta, quando Danilo se virou ela estava abaixada de costas limpando a mesa de centro.— Senhorita Janet, acho que tem roupas mais apropriadas para o trabalho, se não ti
Janet parecia não entender um não, ou apenas mudou seu foco, já que Danilo não aceitava as suas investidas, ela passou a observar Carlos, ela pensou que talvez um homem mais maduro, mas igualmente rico seria presa fácil.Marcela era bonita, mas claramente mais velha que ela, mas também não muito, algo entre 3 ou 4 anos de diferença.Violeta naquele dia não foi assistir a aula, ela havia acordado enjoada além de ter ficado parte da noite acordada com Danilo.Carlos havia acabado de chegar com Megan, ele passou na cozinha e deu um beijo em Marcela, ele acariciou o filho no carrinho e subiu, ele entrou no escritório e ligou o computador, iria passar um tempo ali verificando seus rendimentos, talvez ligasse para a família Russell em Gales, o chefe de Gales era um excelente administrador, cuidava dos investimentos de Carlos naquele país.Janet entrou e sorriu, ela passou para as costas de Carlos e mexeu nas cortinas.— Senhorita, pode voltar outra hora? — Carlos disse.— A hora que v
Finalmente Argos terá a oportunidade de ser feliz, o casal Bônus dessa história são eles. Argos e Pietra..Pietra acordou e estava com muita dor, tinha fios ligados pelo corpo e uma máscara para respirar, ela queria falar, queria grita, se sentia em perigo, não sabia dizer onde estava, ouviu algo apitar, uma enfermeira entrou no quarto.— Ei, mocinha não pode se debater assim, vai soltar tudo... — Disse a enfermeira reconectando alguns fios.A enfermeira chamou alguém na porta e Pietra se sentiu segura novamente, era bom ver um rosto conhecido depois de tudo que passou.— Senhorita Pietra, que bom que acordou... Ficarei aqui, vou fazer a sua segurança. — Argos tocou a mão de Pietra e sorriu.— Pronto, agora tente não se mexer muito e tirar os tubos ou fios, fará uma cirurgia a tarde. — Disse a enfermeira e saiu.Argos pretendia sair, mas Pietra segurou sua mão, tinha lágrimas nos olhos, estava claramente assustada.— Pietra! Estarei na porta, estou aqui para proteger a senhorit
Saíram do hospital e foram para casa da família Hiss, Pietra estranhou, sabia que Argos trabalhava lá, não pensou que morasse também.— Vou ver Violeta antes de ir para sua casa?— Pietra, eu moro aqui.— Peraí, eu vou ficar aqui? vou ficar na casa da Violeta?— Sim, minha função de protegê-los não tem descanso, por isso é mais simples eu morar aqui, só irei embora morto ou quando me aposentar, meu posto funciona assim.Argos desceu do carro e ajudou Pietra.— Consegue andar?— Não, ainda não.— Então vou te carregar.Argos entrou com Pietra nos braços, ele pensou em subir as escadas, mas pensou no conforto que ela deveria ter naquele momento e a levou para o próprio quarto.— Ficará aqui até se recuperar.— De quem é esse quarto?— É meu...— Que safado, aproveitou que não posso andar para me levar para sua cama. — Ela disse rindo.— Não se preocupe, dormirei na sala ou no estúdio de dança. A não ser que queira companhia...Pietra ficou envergonhada, não esperava a pro
Argos a levou para o quarto e colocou na cama.— Argos, eu posso andar tá legal?— Eu sei, mas gosto de carregar você.— Posso perguntar porque não pode comer com a família, achei estranho, eles tem tanta consideração por você, mas te excluem, não acho justo.— Pietra, é um assunto de anos, está tudo bem, já estou acostumado com isso.— Não vai me dizer?— Não...— Posso lhe pedir algo então?— Se eu puder atendo com gosto.— Quero que me treine, quero saber me defender, ouvi dizer que é bom no que faz.Argos riu, sua fama nos treinamentos só não era maior que de seu pai.— Assim que conseguir se mover bem, começamos, te prometo que serei delicado...Pietra não demorou muito para se sentir bem e fazer tudo sozinha. Passou a fazer as aulas online junto com Violeta, elas passavam o dia juntas, quando não, Pietra ficava olhando Argos treinar Megan ou Marcos. Ela estava na janela assistindo Argos treinar com Megan, a menina ficava brava quando errava, na maioria das vezes saía