Pressão

Livie fica parada tentando recobrar seus sentidos, ela não tem certeza do que exatamente está acontecendo ao avistar o seu marido rodeado por aqueles homens, ela volta a si ao escutá-lo. 

— Livie. — Isaac chama por ela — Por favor, Livie. 

Ela fica observando-os se aproximarem, enquanto as lágrimas de decepção escorrem. O homem que a agarrou pelo braço mais cedo, não tira os olhos dela, como se ela fosse uma presa, ela sente como se estivesse nua na frente dele, pelo olhar de luxúria que ele lança sobre ela. 

 — Vamos conversar, Livie, me deixe te explicar tudo, eu preciso da sua ajuda — vê que ela balança a cabeça em negação.  

— Eu não tenho tempo para isso, senhor Wright, tempo é dinheiro, e é algo que eu não gosto de perder — diz o homem encarando Livie, e coloca a mão no ombro de Isaac, aumentando o seu nervosismo. 

— Quem é você? — questiona ela irritada.  

— Na próxima semana, serei o teu dono! — responde ele num tom sarcástico, é visível o desejo em seu olhar.  

— Vá para o inferno e me responda, quem é você? — segue questionando sem esconder sua irritação.  

— Sou um homem reservado, muito reservado, seja minha na próxima semana e você saberá — diz ele com lascívia, olhando-a de cima a baixo, até encontrar o olhar dela que parece estar pegando fogo de tanta raiva.  

— Isso é loucura! Vocês estão brincando comigo, não é?  

— Sra. Wright, olhe para mim, eu pareço um homem que brinca? 

Ele se aproxima, passa a mão na cintura dela, puxando-a, colando seus corpos. A respiração dela acelera, ela sente que lhe falta o ar com aquele homem tão próximo.  

— O que você está fazendo? Solte-me agora, você não tem permissão para tocar em mim! — diz ela tentando se soltar e ele a segura mais forte.  

— Sou o homem que te dará todos os tipos de prazeres que você nunca experimentou na vida — diz ele próximo ao ouvido dela — Joguinhos só funcionam comigo, se você terminar nua na minha cama! Eu não sou um homem que brinca, eu sou um homem que se diverte e você será a minha diversão nos próximos dias. 

Livie deixa escapar um suspiro, sentindo a mão daquele homem apertar sua cintura, enquanto ele fala baixo em seu ouvido, ela sente suas bochechas queimarem e sabe que está corando com as palavras dele.  

— Me solta! — diz ela tentando se acalmar, ele a solta e volta para o lado de Isaac. 

— Meu amor, por favor, faça isso por nós, eu não tenho como retroceder com esse contrato, por favor — implora Isaac, ao observar o olhar intimidador do homem.  

— Como você se atreve a me pedir isso? Você enlouqueceu Isaac, me diga que estou tendo um pesadelo, por favor me diga. Me belisque, eu preciso acordar. — é perceptível o desespero na sua voz.  

— Sei que errei, mas você precisa me ajudar, se você me ama, faça isso por nós.  

Ela o observa com um olhar de desprezo e ouvi-lo implorar para que ela vá com um homem desconhecido, só aumenta sua decepção, ela deixa mais uma vez as lágrimas escorrerem.  

— Eu não posso fazer isso, me desculpa — diz, entrando no táxi — Você pode ir — fala para o motorista. 

Quando o carro começa a se movimentar, ela olha para trás e vê Isaac chorando. Quando aqueles homens o agarram pelos braços e começam a arrastá-lo para um carro, seu coração dispara e o medo se faz presente.  

— Pare, por favor, pare — grita ela e o taxista freia com tudo. 

Livie abre a bolsa, pega umas notas e j**a de qualquer jeito para ele e desce do carro, ela corre em direção a Isaac e aqueles homens.

— Esperem, por favor — grita ela desesperada.  

Os seguranças observam o seu chefe, que está parado com as mãos nos bolsos, com um olhar indiferente, ele faz sinal com a cabeça, dando permissão para que eles larguem Isaac, ele corre até Livie e abraça-a.  

— Me desculpa, meu amor, por favor me desculpa — sussurra, abraçando-a — Errei, eu sei que errei, por favor me ajuda — chora enquanto implora — Eu deveria ter pensado melhor, na verdade, eu nem deveria ter pensado, eu deveria ter falado não, me perdoe.  

— O que irá acontecer se eu me negar a ir com aquele homem? — questiona ela baixinho, com medo da resposta.  

— Terei que devolver o valor pago com juros, os quais são quase o triplo do valor, eu não tenho esse dinheiro, eu não sei o que farão comigo. — Livie chora no peito dele ao ouvir aquilo.  

— Olha no que você nos meteu, como você pôde tomar uma decisão tão burra? Nunca vou perdoar você, nunca — dá leves t***s no peito dele em frustração.

Ela sai do abraço dele, seca as lágrimas e caminha em direção ao homem. 

 — Podemos ir! — diz sem demonstrar nenhum tipo de sentimento. 

O homem caminha até o seu carro e abre a porta para ela, ele estende a mão para ajudá-la, mas ela o encara e ignora, se segurando na porta para entrar. Ele fecha a porta do carro, contendo sua frustração pela postura dela, ela abre o vidro e fica encarando Isaac. 

O motorista desce do carro e abre a porta do outro lado para Mason, que entra e observa-a em silêncio. Ele aperta o botão do vidro para fechá-lo, naquele momento, o olhar de Livie está fixo em Isaac, eles trocam olhares até a escuridão do vidro ficar entre eles, e as lágrimas escorrem do seu olhar, quando o carro começa a se movimentar.

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