A conversa entre os dois continuou e decidido a contar tudo, Mason balança a cabeça negativamente e se levanta, indo até o bar para pegar outra bebida. — Não exatamente, a expulsão veio depois. — Ele responde, voltando ao sofá — Ela cuidou do meu machucado, e acabamos tendo uma recaída. Ele respira profundamente, recordando os acontecimentos recentes. A complicada dinâmica entre ele, Livie e Isaac parece se aprofundar a cada reviravolta, deixando Mason com sentimentos confusos e um senso de culpa por não conseguir evitar os confrontos com Isaac. — Está me dizendo que vocês transaram e depois ela te deu um pé na bunda? É isso? — Oliver pergunta, surpreso com a reviravolta dos eventos. Mason volta e coloca a garrafa na mesinha à frente deles, deixando claro que planeja afogar suas mágoas naquela noite. — Basicamente isso. — Mason responde, exalando desânimo em suas palavras. Oliver sorri, apreciando o drama da situação. — A cada dia que passa, gosto mais dessa mulher. Preciso con
Mason sai do prédio onde Livie costumava morar até então. Ele dirige em direção ao seu apartamento, enquanto reflete sobre o que acabou de acontecer. — Tenho certeza de que ela sente algo por mim, da mesma forma que eu sinto por ela. Não foi apenas sexo, como ela tentou fazer parecer ontem à noite — resmunga enquanto conduz. Ao chegar ao seu apartamento, Mason praticamente se joga no sofá, sentindo-se desanimado. Ele se pergunta se tivesse expressado tudo o que queria para ela na noite anterior, ela não teria desaparecido dessa forma. — Onde você se meteu, Livie? Você vai acabar me deixando louco — suspira Mason após sua fala e se levanta, indo trocar de roupa. Enquanto Mason se troca, recebe uma ligação de Oliver. — O que foi, Oliver? — atende com um tom nada agradável. — Quanta hostilidade! Nem parece que estávamos bebendo todas ontem à noite — responde com um ar de ofendido. — Não estou de bom humor, Oliver. Apenas diga o que você quer. Mason deixa claro que não está no
Livie respira fundo antes de cumprimentar seu pai. — Bom dia! Desculpe não ter avisado antes que eu estava vindo; a decisão foi repentina. Seu pai se aproxima mais dela; seu semblante é sério, mas ele não parece estar irritado. — Não precisa se desculpar, Livie. Essa casa também é sua, mesmo que você nos tenha deixado há muito tempo. Minha pergunta foi apenas porque não mandei preparar nada para a sua chegada. Livie ainda parece um pouco desconfortável, mas tenta responder ao pai de uma maneira que não demonstre esse desconforto. — Não se preocupe com isso. O pai de Livie percebe que a filha está um pouco sem jeito e tenta mudar de assunto. — Já tomou café? Se não, pode me acompanhar. Hoje levantei um pouco mais tarde, não estava me sentindo bem, então vou tomar meu café agora. Mesmo tendo algumas desavenças com o pai, Livie ainda se sente preocupada diante do que ele afirmou. — Mas o senhor já foi ao médico? — Deixa transparecer um pouco de sua preocupação. — Vou marcar
Mason assina o documento que está à sua frente, e imediatamente dispensa sua secretária. Sua irritação é claramente visível, e a mulher evita ficar na mesma sala que ele, ciente de que pode ser alvo de sua raiva. Ele se levanta e pega uma dose de sua bebida, um hábito que adotou ultimamente, especialmente após se envolver naquela situação com Livie. Enquanto está imerso em seus pensamentos, Mason ouve batidas na porta e permite que a pessoa entre. Ao perceber que é Oliver, ele vai direto ao ponto. — Alguma novidade? — pergunta com expectativa na voz. Oliver percebe a impaciência de Mason e tenta acalmá-lo. — Não é tão simples assim, meu amigo. Eu vou descobrir para onde ela foi. Primeiro, vou verificar as informações que temos sobre ela no dossiê que te mostrei. Mas queria saber de você se ela não mencionou nada enquanto estavam juntos, algo que pudesse nos dar uma pista sobre seu paradeiro. Oliver estava determinado a encontrar a mulher que havia mexido tanto com seu amigo, ma
Livie decide seguir o conselho de seu pai e acompanhá-lo até a empresa. Ao entrar, seus olhos percorrem o lugar, uma sensação de familiaridade a envolve, já que fazia um tempo considerável desde sua última visita. Seu pai a apresenta a alguns funcionários que ainda não a conheciam, e ela retribui com sorrisos calorosos. Enquanto fazem um breve tour pelas instalações, finalmente chegam à sala de seu pai. Um arrepio de nostalgia percorre Livie quando se lembra das vezes em que visitava aquele local com ele quando era mais jovem. Ele costumava brincar dizendo que um dia ela se sentaria naquela cadeira em seu lugar. Os devaneios de Livie são interrompidos quando ouve as palavras de seu pai. Parece que ele está lendo seus pensamentos, pois o que ele diz ressoa profundamente em seu coração. — Você se lembra quando costumava dizer que um dia estaria sentada nessa cadeira, no meu lugar? — ele pergunta antes de se acomodar na poltrona. Livie tenta recuperar a compostura diante da tensão pa
Oliver continua a observar as duas senhoras conversando no café, enquanto sua mente trabalha para processar as informações intrigantes que acaba de ouvir. A história de Livie parece muito mais complexa do que ele poderia imaginar. Finalmente, as senhoras terminam sua conversa e seguem seus caminhos, alheias à atenção discreta de Oliver. Ele fica ali, sozinho, com a mente agitada pelas palavras que ouve. Oliver sabe que terá que investigar a fundo tudo o que escutou.— Acho que sei de alguém que achará interessante essa informação — diz Oliver ao se levantar da cadeira.Oliver segue para o seu carro, entra e pede para que seus seguranças esperem do lado de fora do carro; ele não quer que ouçam a ligação que está fazendo. Assim que Mason atende, ele já o provoca.— Como vai o homem mais impaciente do mundo? — sorri, aguardando a resposta.Mason, que já não anda de bom humor há algum tempo, responde.— Sem tempo para as suas brincadeiras, Oliver. Se tem algo importante para falar, comece
Oliver continua sua investigação sobre Livie por uma semana antes de retornar e se encontrar com Mason, que está particularmente interessado no assunto. Ele avisa Mason que está de volta na cidade e se dirige diretamente à empresa.Como de costume, Oliver vai à sala de Mason sem aviso prévio, e seu amigo já estava acostumado com isso, não se importando. Oliver bate na porta e entra na sala.— Olá! Sentiu saudades? — pergunta Oliver, mantendo seu bom humor característico.Mason recosta-se em sua cadeira, respondendo ao amigo.— Se eu disser que sim, estarei mentindo, então prefiro ser honesto.Oliver sorri e senta-se no sofá, colocando um envelope na mesinha. Ao notar o envelope, Mason levanta-se e se aproxima do amigo.— São essas as informações? — pergunta, enquanto olha para o envelope sobre a mesa.Oliver pega os papéis e entrega a Mason, sua expressão não demonstrando brincadeira naquele momento.— Consegui algumas informações interessantes. Abra e veja por si.Mason pega o envelo
O acordo já havia sido estipulado pelos advogados de Livie e Isaac, então o juiz pede que eles apenas confirmem se está tudo certo e continua. — Não há nenhuma possibilidade de uma reconciliação entre o casal? — pergunta o juiz, olhando para os dois, que estão de frente um para o outro. Diante dessa pergunta, os dois se encaram, e algumas memórias desagradáveis passam pela cabeça de Livie. Ela é a primeira a responder. — Não há nenhuma possibilidade — responde Livie, ainda encarando Isaac. Após aquela resposta, ele abaixa o olhar e cruza os braços, esperando a continuação. O juiz estipula que os bens do casal devem ser vendidos e divididos igualmente, já que eram casados com comunhão de bens, já que a empresa, assim como outros bens, foi adquirida depois que se casaram. Isaac e seu advogado não demonstram intenção de causar problemas. Logo, ele e Livie assinam a documentação e são dispensados. Livie e seu advogado saem primeiro, e quando chegam às escadarias, eles se despede