Livie decide seguir o conselho de seu pai e acompanhá-lo até a empresa. Ao entrar, seus olhos percorrem o lugar, uma sensação de familiaridade a envolve, já que fazia um tempo considerável desde sua última visita. Seu pai a apresenta a alguns funcionários que ainda não a conheciam, e ela retribui com sorrisos calorosos. Enquanto fazem um breve tour pelas instalações, finalmente chegam à sala de seu pai. Um arrepio de nostalgia percorre Livie quando se lembra das vezes em que visitava aquele local com ele quando era mais jovem. Ele costumava brincar dizendo que um dia ela se sentaria naquela cadeira em seu lugar. Os devaneios de Livie são interrompidos quando ouve as palavras de seu pai. Parece que ele está lendo seus pensamentos, pois o que ele diz ressoa profundamente em seu coração. — Você se lembra quando costumava dizer que um dia estaria sentada nessa cadeira, no meu lugar? — ele pergunta antes de se acomodar na poltrona. Livie tenta recuperar a compostura diante da tensão pa
Oliver continua a observar as duas senhoras conversando no café, enquanto sua mente trabalha para processar as informações intrigantes que acaba de ouvir. A história de Livie parece muito mais complexa do que ele poderia imaginar. Finalmente, as senhoras terminam sua conversa e seguem seus caminhos, alheias à atenção discreta de Oliver. Ele fica ali, sozinho, com a mente agitada pelas palavras que ouve. Oliver sabe que terá que investigar a fundo tudo o que escutou.— Acho que sei de alguém que achará interessante essa informação — diz Oliver ao se levantar da cadeira.Oliver segue para o seu carro, entra e pede para que seus seguranças esperem do lado de fora do carro; ele não quer que ouçam a ligação que está fazendo. Assim que Mason atende, ele já o provoca.— Como vai o homem mais impaciente do mundo? — sorri, aguardando a resposta.Mason, que já não anda de bom humor há algum tempo, responde.— Sem tempo para as suas brincadeiras, Oliver. Se tem algo importante para falar, comece
Oliver continua sua investigação sobre Livie por uma semana antes de retornar e se encontrar com Mason, que está particularmente interessado no assunto. Ele avisa Mason que está de volta na cidade e se dirige diretamente à empresa.Como de costume, Oliver vai à sala de Mason sem aviso prévio, e seu amigo já estava acostumado com isso, não se importando. Oliver bate na porta e entra na sala.— Olá! Sentiu saudades? — pergunta Oliver, mantendo seu bom humor característico.Mason recosta-se em sua cadeira, respondendo ao amigo.— Se eu disser que sim, estarei mentindo, então prefiro ser honesto.Oliver sorri e senta-se no sofá, colocando um envelope na mesinha. Ao notar o envelope, Mason levanta-se e se aproxima do amigo.— São essas as informações? — pergunta, enquanto olha para o envelope sobre a mesa.Oliver pega os papéis e entrega a Mason, sua expressão não demonstrando brincadeira naquele momento.— Consegui algumas informações interessantes. Abra e veja por si.Mason pega o envelo
O acordo já havia sido estipulado pelos advogados de Livie e Isaac, então o juiz pede que eles apenas confirmem se está tudo certo e continua. — Não há nenhuma possibilidade de uma reconciliação entre o casal? — pergunta o juiz, olhando para os dois, que estão de frente um para o outro. Diante dessa pergunta, os dois se encaram, e algumas memórias desagradáveis passam pela cabeça de Livie. Ela é a primeira a responder. — Não há nenhuma possibilidade — responde Livie, ainda encarando Isaac. Após aquela resposta, ele abaixa o olhar e cruza os braços, esperando a continuação. O juiz estipula que os bens do casal devem ser vendidos e divididos igualmente, já que eram casados com comunhão de bens, já que a empresa, assim como outros bens, foi adquirida depois que se casaram. Isaac e seu advogado não demonstram intenção de causar problemas. Logo, ele e Livie assinam a documentação e são dispensados. Livie e seu advogado saem primeiro, e quando chegam às escadarias, eles se despede
Livie se acomoda no sofá e pede, com um olhar penetrante, uma bebida forte. Ela tem plena consciência de que a conversa que se inicia não será fácil. — Muito bem, Mason, estou ouvindo. Diga o que você quer. — Sua voz é carregada de uma frieza que esconde a tempestade de emoções que fervilha em sua mente e coração. Mason, sentindo a tensão no ar, decide se levantar. Sua inquietação é palpável, revelada através dos gestos nervosos. — Livie, reconheço que começamos isso da pior maneira possível. Quando fiz a proposta para o Isaac, minha intenção era apenas passar um tempo ao seu lado, tê-la nos meus braços. Confesso que só pensava no prazer que isso poderia me proporcionar. No entanto, aquela semana que compartilhamos juntos fez muito mais do que apenas saciar desejos passageiros. Ela deixou marcas profundas em mim. — Mason desabafa, escolhendo cada palavra com cuidado e então se cala, observando a expressão de Livie, esperando que ela compreenda a verdade em suas palavras. Ele se a
Livie dirigia de volta para sua casa, enquanto contemplava a paisagem à sua volta. Um leve sorriso adornava seus lábios e ela não conseguia parar de pensar nas coisas que haviam ocorrido no apartamento de Mason. Ela revivia, em seus pensamentos, os momentos finais antes de deixar o apartamento. Ela se recordou de, após a conversa, ter caminhado em direção à porta para se despedir. Antes de partir, Mason a abraçou, sua voz suave sussurrando junto ao seu ouvido. — Não importa o tempo que passe, estarei sempre aqui. Livie não podia esquecer as palavras reconfortantes de Mason. Mesmo que ela tivesse sido enfática em sua resolução de que não haveria uma recaída entre eles, não podia ignorar a ardente atração e desejo que sentia por ele. Livie não conseguiu resistir à intensa proximidade entre eles. Ela segurou a nuca de Mason, iniciando um beijo que era mais do que apenas ardente; era repleto de urgência e desejo. Mason correspondeu com paixão, e o beijo os consumiu, aprofundando ainda
Livie fica apreensiva com o rumo que aquela conversa pode tomar, ela senta-se no sofá, sentindo a tensão entre eles e encara o seu pai, esperando que ele comece.— Pai, o que está acontecendo? — questiona, visivelmente impaciente.Seu pai tenta acalmá-la com um olhar gentil.— Livie, não precisa ficar nervosa, filha. É apenas uma conversa entre pai e filha. Acredito que já seja hora de termos essa conversa, não acha?Livie baixa o seu olhar, ciente de que há muitas perguntas sobre o passado de seus pais que ela deseja fazer, mas também sabendo que as respostas podem ser dolorosas.— Então, comece me dizendo por que você traiu minha mãe tantas vezes. — Ela declara, sem rodeios, decidida a não prolongar mais a conversa.— Eu não tenho explicações plausíveis para isso, filha. Nada que eu diga fará você entender, porque não há o que entender. Eu falhei como homem para sua mãe, mas ainda assim, ela pôde me perdoar pelos meus erros e espero que um dia você também possa fazer o mesmo. — Seu
Mason fica momentaneamente atordoado ao ver a mulher que tanto amou e odiou diante dele. Assim que recupera a compostura, levanta-se e acena com a cabeça, indicando que sua secretária pode sair. Rosalind continua a observá-lo com um sorriso debochado, e ele quebra o silêncio. — O que a traz até aqui, Rosalind? Pensei que você não teria mais coragem de aparecer diante de mim — diz Mason, com a voz e o olhar gélidos. Ela se aproxima um pouco mais de Mason antes de responder. — Enganou-se, querido. Mudei de ideia quando percebi que estava com saudades de mim — diz ela, tentando levar a mão ao peito de Mason. Ele não permite que Rosalind encoste nele, dá dois passos para trás e lhe dá um aviso. — Não toque em mim; você perdeu esse direito há muito tempo — adverte, mantendo sua expressão carrancuda. Rosalind suspira, vira-se e observa o escritório antes de se sentar no sofá, nem esperando que Mason a convide. — Não vejo nenhuma foto do seu novo “brinquedinho” em seu escritório — c