Narrado por Elion

Eu sabia que estava sendo duro com Amália, mas isso não era um jogo de tabuleiro; era a vida real, e ela era o centro de tudo. Sua vida estava em perigo, e eu precisava fazer o que fosse necessário para protegê-la.

Naquela manhã, dirigi-me à sede e chamei Asael, que apareceu instantaneamente. Ele sempre esteve atento e pronto para agir.

— O que tem te preocupado tanto? — ele entrou falando, a expressão séria.

— Você não acha estranho? — perguntei, tentando organizar meus pensamentos. — Estou tentando criar uma linha de raciocínio, mas nada bate. A.B. estava grávida de nove meses quando a tragédia aconteceu. Amália foi deixada no orfanato com três meses.

Asael me olhou, confuso, mas logo entendeu a gravidade da situação.

— Quem cuidou dela nesses três meses? — ele questionou, o brilho da percepção iluminando seu olhar.

— É isso que estou tentando te dizer — respondi, frustrado. — Não tem rastro, não tem pista. É como se ela tivesse desaparecido do mapa.

— Precisamos