- Bom dia David, bom dia Morgan! - Falou Lana sempre sorridente ao passar seu reconhecimento facial na catraca.
- Bom dia Senhorita Lana. - Responderam os seguranças.
- Apenas Lana meninos. – Disse recebendo autorização para passar.
- Ok! Senhorita Lana. - Falaram em uníssono fazendo a mulher rir novamente.
- Lana? - Chamou uma moça antes que ela entrasse no elevador. - Preciso da sua ajuda.
- É urgente? - Disse olhando em seu relógio. - Estou com pressa hoje Lilian.
- Vida ou morte. - Disse juntando as mãos e implorando.
- Cinco minutos. – Correu atrás da moça que já entrava na loja vitrine de joias.
- Diamante negro ou diamante rosa? – Perguntou dois minutos depois indecisa sobre a vitrine do dia.
- Lilian, sabe que esse é seu trabalho não sabe? - Indagou fingindo irritação.
- Sei, mas eu amo seus palpites desde o dia que me salvou com o Brian quando ele pediu para eu montar uma vitrine em cima da hora para um dos nossos clientes VVPI e você me ajudou. - Disse com cara de cachorro morto. – Hoje será outro dia que termos visita. Então, por favor?
- Eu lhe ajudei porque acredito no seu potencial e porque estava no primeiro mês do seu emprego aqui. - Falou pegando o diamante preto. – Esse, para combinar com minha alma negra e poderosa. - Disse saindo apressada da loja.
- Obrigada Lana e bom dia! – Respondeu segurando um grande colar negro em suas mãos.
- Senhor Brian? Olá, bom dia! - Disse dando de cara com o homem dentro do elevador. - Não morre tão cedo, estávamos falando do senhor agora mesmo lá na loja vitrine.
- Bom dia! Lana. Espero que só coisas boas. - Comentou entusiasmado.
- Nunca falaria mal do senhor.
- Quer por favor parar de me chamar de senhor. - Implorou o rapaz saindo do elevador que chegou em poucos segundos no vigésimo quarto andar. - Eu só tenho vinte e nove anos. Me sinto um velho feio e rabugento assim.
_ Com todo respeito, não é velho, nem feio nem rabugento. É um dos homens mais gentis e bonitos que conheço. – Falou fazendo-o sorrir.
- Acho que ganhei o meu dia e olha que ainda nem começamos a trabalhar. – Comentou ajeitando sua gravata.
- E eu tenho vinte e oito e também não me sinto velha por isso, porém, desculpa Senhor Brian... Força do hábito. – Riu pela cara feia dele ao fechar a porta do elevador.
- Bom dia Scott! – Cumprimentou o segurança que ficava na porta do elevador guardando a sala da presidência no vigésimo quinto andar. - Como foi o final de semana?
- Foi tranquilo Lana, com uma folga do nosso chefinho graças a Deus. E o seu?
- Também adorei não ser chamada para nenhuma emergência Scott. Passei o final de semana sozinha assistindo filme e comendo muito lanche e torta de chocolate.
- E o seu noivo? - Perguntou curioso.
- Foi a Chicago para uma reunião de trabalho.
- Como alguém deixaria você sozinha o final de semana inteiro? – Questionou franzindo a testa.
- Eiii, eu também já tive que o deixar sozinho por causa do trabalho. - Replicou ligando o seu computador na mesa que ficava em frente ao elevador.
- Mesmo assim, jamais a deixaria. É muito bonita para estar andando sozinha por aí Lana. - Falou dando em cima da moça.
- Eu já disse que ele precisou ir. – Deu de ombros acostumada com o flerte do segurança. - E eu estava em boa companhia.
- Não disse que passou o fim de semana assistindo filmes? – Perguntou a encarando em frente a sua mesa.
- E fiquei sozinha sim. - Falou pegando telefone ligando par a cafeteria do prédio. - Olá Richard, bom dia! Como vai? Sim, o de sempre para começarmos bem nossa segunda feira. Dois cafés grandes, um cappuccino e um expresso cheio de cafeína, obrigada. – Desligou o telefone. - Ao lado de Tom Cruise maratonando novamente Missão impossível. - Falou piscando o olho para o segurança.
- Pensei que fosse do time dos filmes românticos.
- Nada contra romance, mas tô mais para filmes de ação e aventura. - Disse vendo o elevador abrir cinco minutos depois com seus cafés. - Bem na hora. Amo como vocês já deixam o pedido de nosso todo poderoso chefe adiantado. - Disse pegando a bandeja.
- Já nos acostumamos com seu pedido Lana, você é sempre pontual em fazer seu pedido, então, somos experts em lhe atender.
- Obrigada Andrew, bom trabalho. – Disse pegando seu Ipad e telefone para em seguida caminhar em direção a sala principal.
O último andar era todo destinado a presidência. Assim que as portas do elevador eram abertas além da mesa de Lana, tinha uma sala de estar com um sofá de três lugares e duas poltronas em tons cinza claro de linho aconchegantes com uma mesa de centro de vidro. Em cima da mesa sempre tinham arranjos de azaleias previamente orientada por Jason a Lana que fazia o pedido toda sexta para serem entregues a cada dois dias à empresa.
Na parede um quadro acima da cabeça da Lana com foto do primeiro prédio da empresa, lembrando de como o império Campbell começara. Uma mesa branca de mármore com uma cadeira confortável em tons cinza claro também compunha o local. A mesa de Lana também estava sempre impecável, um dos requisitos para ser contratada como secretária assistente. Manter sua mesa limpa, minimalista e organizada.
Lana tinha abaixo de sua mesa uma escrivaninha com três gavetas, a primeira ela guardava algumas pastas, sendo duas delas fechada com uma chave que só ela e Scott tinham conhecimento e que nem mesmo seu chefe sabia que possuía, destinadas a esconder barrinhas de cereal, chocolate e remédios para estomago, dor de cabeça e uma caixinha de primeiros socorros.
Lana abriu a porta de madeira que ficava ao lado de sua mesa, olhou o relógio e viu que ainda faltavam quinze minutos para ele chegar. Observou que já tinham limpado a sala do chefe e preenchido o purificado de ambientes com óleo de amêndoas como ele sempre exigia. Mesmo assim conferiu se havia alguma poeira ou sujeira para evitar reclamações desnecessárias.
Ligou seu computador principal porque apesar de ele usar seu mac book pessoal, gostava de ter outro bem na sua frente aberto para emergências. Ligou a TV enorme a sua frente e deixou no modo silencioso com informações da bolsa de valores.
Colocou o café na sua caneca térmica favorita, uma caneca preta com rabiscos dourados que mantinha o café quente, cappuccino para ele, expresso para ela que não fazia muita questão de tomar o liquido do copo da cafeteria. Lana sabia que ele tomava um café da manhã reforçado antes de sair de casa, além de treinar em sua academia particular, mas quando veio trabalhar para ele, um dos pedidos era sempre ter cappuccino para ele tomar assim que chegava na empresa.
Geralmente homens de negócios preferem café forte como ela, ele não, Jason preferia o doce amargo do cappuccino. Ficou feliz quando ele autorizou a ela tomar café enquanto trabalhavam juntos em sua sala. Assim, ela não precisava esperar voltar a sua mesa para poder se deliciar da sua bebida favorita também.
A sala dele além de sua mesa também tinha um ambiente de estar para receber visitas e alguns dos diretores para reuniões ou discussões rápidas a respeito da empresa.
Um sofá de três lugares de linho cor de areia e outro idêntico de dois lugares estavam postos frente a frente, separados por uma poltrona também no mesmo tom indicando que ali ele sempre sentaria. Uma mesa de centro também de vidro onde ela costumava servir café.
Do lado esquerdo um carrinho de madeira e adornos dourados continham algumas garrafas de bebida alcoólica, copos de whiskies além, de uma cristaleira com alguns petiscos para serem servidos.
Do lado direito, duas portas de correr davam acesso ao seu lugar privativo, onde ele costumava refletir em alguma decisão, era ali que ele trabalhava exaustivamente até tarde da noite em algum novo projeto, sozinho, com ela ou com o Brian.
Ali também gostava de ler um de seus livros expostos em uma estante de canto com alguns livros de primeira edição, também continha dois sofás grandes em tons cinza claro, um cabideiro com algumas blusas sociais e paletós caso precisasse trocar eventualmente, além de gravatas. Uma mesa para servir almoço quando ele preferia não sair da empresa para comer ou jogar xadrez com Brian. Mas, para ela, ele tinha aquele lugar para fugir do mundo. Um pensamento que ela guardava para si.
Sabia que ele entraria a qualquer momento na sala, parou um pouco para refletir e olhando a grande cidade pela enorme janela de vidro percebeu que desde que trabalhava com ele há dois anos sua rotina tinha mudado. Todos os dias seu chefe chegava às 8h, ela às 7:30. Ele acordava às 6h para treinar em sua academia particular. Umas das exigências era trabalhar perto da empresa para nunca haver atrasos de sua parte. Por isso ela acordava às 5h para poder correr e dá conta de chegar a tempo na empresa. Tudo estava em perfeita ordem.
Lana conhecia toda sua agenda das 6h da manhã até a meia noite, todos os dias da semana quando se tratava da empresa. A única coisa que ela não interferia era sua agenda pessoal, com quem estava nem com quem desejava passar o tempo fora da empresa, mas ela tinha um telefone privado para falar com ele caso houvesse alguma emergência, e ele tinha seu número particular caso precisasse dela também nos fins de semana.
Contratada como secretária executiva, na verdade ela era mais considerada como sua assistente pessoal, já que tudo que dizia respeito ao seu chefe ela resolvia e cuidava para que tudo acontecesse conforme solicitado, afinal, era muito bem paga para saber e fazer tudo que ele exigia. No fim ela gostava daquilo, ponderou sozinha.
Vinha de uma família de empreendedores, mas nunca sentira vontade de seguir o mesmo caminho dos seus irmãos ou pais, amava seu trabalho apesar de sua rotina exaustiva e de querer muitas vezes a ajuda de uma segunda assistente.
Se olhou pelo reflexo do vidro da janela, estava apresentável como era solicitado. Tinha noção de sua beleza e de quantas vezes já recebera cantadas tanto de colegas na empresa quanto em suas viagens a negócios com seu chefe, mas nunca dera brecha para comentários sobre si mesma. Amava o fato de ter conseguido impor respeito desde que começara a trabalhar para Jason.
Aliás, seu chefe exigira muitas coisas ao ser contratada, que estivesse todos os dias bem arrumada e elegante já que o acompanhava em todas as reuniões comerciais e viagens de negócios. Ela se esforçava para não chamar tanta atenção, mas sabia que as vezes esse desejo era frustrado, como acontecera em sua última viagem à Itália. Lembrou sorrindo sozinha.
Para começar a semana escolhera um vestido estilo lápis até a altura do joelho no tom branco noiva. De mangas curtas, porém de decote comportado. Ele desenhava bem seu corpo demonstrando que o quanto ela era atlética.
Saltos de bico fino preto apesar de ser alta com seus um metro e setenta e cinco de altura, ela se sentia ainda mais no controle quando usava saltos altos, um relógio prateado discreto em seu braço para sempre lembrar dos compromissos diários, além de uma pulseira fina de ouro e um par de brincos de perolas pequenos que ganhara de presente da sua irmã.
Sorriu ao lembrar o quanto Carolyne era diferente dela, sempre usando maquiagem exagerada enquanto ela usava como hoje uma mais leve e comportada. Seus olhos castanhos esverdeados as vezes dourados como o mel mais cristalino estavam discretamente com uma sombra marrom e delineado preto, Seus cabelos loiros e longos caiam repartidos ao meio soltos pelas costas o que ela sabia que no fim do dia já estariam presos num coque para ela não ficar mexendo o tempo todo, uma mania particular que apenas sua família conhecia quando estava nervosa. Era uma mulher que andava firme e por isso todos a olhavam ao passear pela empresa, acompanhada do seu chefe ou sozinha, Lana nunca passava despercebida.
Olhou para uma foto em cima da mesa do seu chefe com sua família e lembrou de sua casa na Irlanda. Sentiu saudades de fazer suas trilhas que sempre acabavam em uma praia onde ela costumava acampar por dias, diferente do seu noivo que só curtia esportes em lugares fechados.
Lana era uma mulher prática, organizada, focada e determinada. Sempre observadora, se adiantava em tudo que seu chefe pedia, já que tinha sido contratada para isso. Aprendera rápido a cuidar de sua agenda e em como satisfazê-lo.
Apesar de não terem nenhuma intimidade, ambos se respeitavam e trabalhavam bem no mesmo ambiente. Em perfeita sintonia, Lana conseguia atende-lo em tudo que pedia. É claro que seu noivo se incomodava porque seu trabalho dependia dos horários do seu chefe, ele se irritava ainda mais quando ela precisava ficar até tarde enviando relatórios, atualizando planilhas, viajando com ele quando necessário. As vezes até adiava ou simplesmente esquecia de comer e se abastecia com cafés mais de dez vezes ao dia. Além de recorrer a sua gaveta secreta de doces e barras de cereais.
De qualquer forma, pensou novamente, estava feliz em ser sua secretária executiva ou assisense pessoal, seu trabalho era valorizado, tinha excelentes benefícios, apesar de ter duas férias vencidas, ela lembrou.
Admirava seu chefe por ser um excelente empresário, tinha prazer em trabalhar para um homem que tratava todos com respeito na empresa e apesar da fama de aventureiro como tinha visto em um dos sites de fofoca no fim de semana, confiava nele. Eles não eram próximos nem íntimos, mas tinha uma relação profissional extremamente saudável e o que importava é que ele jamais ousara dá em cima dela. Nem ela nunca ultrapassar os limites profissionais com ele.
E agora esse esforço seria recompensado, pelo menos era o que desejava, finalmente conseguiria comprar e decorar um apartamento com seus irmãos para enfim, casar com Gregory. Já estava pesquisando há um ano e enfim achara um na quinta avenida que agradara ao seu noivo e ficava perto da empresa.
Estavam juntos a três anos, começaram a se relacionar quando ele foi convidado por um amigo da faculdade para uma festa no fim de ano em uma boate em Nova York. Três meses depois já estavam morando juntos.
Sorriu mais uma vez sabendo que se tudo desse certo com o pedido que faria ao seu chefe, imaginando o quanto ele a valorizava, pela primeira vez solicitaria uma licença e torceria que ele dissesse sim.
Saiu dos seus pensamentos e entrou no modo profissional assim que ouviu as portas do elevador abrirem. Ouviu quando ele cumprimentou o segurança e riu quando ele perguntou por ela, como sempre. Entrou na sala entregando seu casaco e pegou seu cappuccino.
- Bom dia Lana. – Cumprimentou com seu olhar profissional.
- Bom dia Senhor Jason. - Respondeu guardando seu casaco.
- Como está minha agenda hoje? - Perguntou sentando e abrindo seu Mac book.
- Bom, se já podemos começar... - Disse conectando seu Ipad.
- A videoconferência que seria agora às 08:30 com a filial da China foi reagendada para às 11h. - Disse olhando para seu aparelho. - Por qual motivo? - Indagou arqueando as sobrancelhas. - O diretor financeiro disse que os relatórios não ficaram prontos a tempo porque sua secretária entrou em trabalho de parto e ele precisou socorrê-la, então como eles não tem uma segunda assistente. - E nosso diretor não tem os relatórios em seu computador para essas emergências? - Indagou Jason a sua frente. - Se eu for depender única e exclusivamente do que você me enviaria serei o pior gestor que já se conheceu na face da terra. - Está dizendo que meus relatórios não são bons e suficientes? - Indagou surpresa. - Não, estou dizendo que tenho uma cópia de absolutamente todos os relatórios que você faz e que por isso sempre estou preparado para alguma emergência, além de eu também preparar meus próprios relatórios baseado nos seus. - Falou tomando seu café. - Envie flores para a assistente do Yak
- Por que diabos a campanha do diamante azul ainda não está pronta Brian? - Indagou assim que viu seu amigo entrar pela sala. - Bom dia para você também. - Bom dia? - Devolveu cínico. - Agora me responde o que te perguntei. Nós temos um prazo e meu pai não vai ficar satisfeito se não entregarmos essa campanha no prazo. - Relaxa cara. - Falou sentando a sua frente. - Hoje daremos início aos preparativos finais do anúncio e já estamos rodando o teaser, só não fiz isso antes porque precisava da sua opinião para um ponto em questão. - Você é o diretor de marketing dessa empresa e eu preciso dá opinião no seu trabalho? - Falou irritado. - Uau! Mas o que diabos aconteceu com você para estar assim tão grosseiro? - Agora pedir que todos façam seu trabalho é ser grosseiro? Só estou agindo como um homem de negócios, o empresário que sempre fui e que paga a todos muito bem por sinal para que tudo saia como planejado. -Nossa! Acabou de falar igual ao seu pai. - Não me compare ao meu pai,
Quando seu despertador tocou Lana sabia que eram 5h da manhã, mas sentia como se tivesse ido dormir a cinco minutos atrás. Estava se sentindo cansada mentalmente, porém se espreguiçou, olhou para o lado e o invés de levantar e sair para correr, decidiu matar as saudades do seu noivo para compensar pela noite passada. Se aproximou dele e começou a beijá-lo para o acordar. - Bom dia amor! - Disse com uma voz rouca. - Bom dia! - Falou abrindo os olhos devagar. - Sinto muito por ontem. - Disse puxando os lençóis de cima dele. - Tudo bem. Não tem porque pensarmos nisso novamente. - Falou se espreguiçando. - Eu estava pensando. - Falou beijando seu pescoço. - Já que não tivemos um tempinho ontem, em dispensar minha corrida matinal e ficar com você antes de ir para o trabalho. O que acha? - Disse puxando sua camisa. - Nossa! Amor, desculpa. Mas, é que eu tenho uma reunião muito cedo esta manhã e não quero ficar cansado, preciso me preparar e.... - Está me punindo por ontem Gregory? - P
Lana foi abrindo os olhos aos poucos para ir se acostumando com aquela claridade. Era obvio que não estava em sua casa. Não tinha morrido, pois a julgar pelo ambiente estava em um hospital. Quando abriu os olhos por completo viu sua irmã deitada dormindo no sofá cama e seu irmão sentado ao seu lado em uma poltrona folheando uma revista. - Gael. - Sussurrou a garota chamando a atenção do seu irmão. - Lana, você acordou. - Disse largando a revista e pegando na mão da sua irmã. - Como se sente? - Sonolenta. - Disse a garota. - Minha boca só tem gosto de remédio. - É normal. – Falou mais tranquilo vendo sua irmã acordada. - Deve ser o efeito dos remédios. - Lana? - Você acordou. - Disse sua irmã acordando e levantando apressada para perto dela. - Fiquei tão preocupada. - Estou bem. - Falou por fim. - Não, não está. Você nos deu um susto. - Falou sua irmã com lágrimas nos olhos. - Por um instante pensei ter perdido você... - Ei, está tudo bem agora. - Disse seu irmão tentando acalma
-- Acorda seu idiota. - Disse Jason jogando água em cima do seu amigo.- O que? Jason seu babaca, o que diabos você pensa que está fazendo? - Perguntou irritado.- Isso são horas de estar dormindo? - Indagou pegando uma toalha e entregando ao Brian.- Hoje é sábado seu idiota e não me respondeu o que está fazendo aqui? Aliás, como foi que conseguiu entrar na minha casa?- Você me deu a chave para emergências lembra?- Isso mesmo, para emergências e caso não tem algum lugar pegando fogo nessa cidade ou alguém precisando da minha ajuda, dá um fora daqui. - Disse deitando novamente e colocando um travesseiro na cara.- Eu não vou a lugar nenhum. - Disse puxando o travesseiro. - E você não vai voltar a dormir.- Qual é Jason? Você não tem outra pessoa para perturbar não? - Falou zangado. - Além do mais você me expulsou da sua sala ontem lembra? Gritou comigo e quase me socou na cara. Estou puto com você ainda.- Você me desautorizou na frente de um funcionário e eu sou o vice-presidente d
Quando Lana acordou sentiu-se enjoada e um pouco tonta. Olhou para o lado e viu sua irmã dormir pesado na cama gigante deixada só para ela na noite anterior. Percebeu que seu irmão não estava mais com ela e resolveu se levantar. Ao pisar os pés no chão sentiu frio e que com certeza sentiu que tinha uma banda de rock tocando pesado dentro da sua cabeça. Saiu nas pontas dos pés em direção ao banheiro como se isso resolvesse seu problema, tirou sua roupa, aumentou a temperatura do chuveiro para o mais quente possível bem como gostava e se jogou debaixo dele. Encostou as palmas de suas mãos no azulejo branco e impecável do banheiro e deixou a água escorrer lentamente pelas suas costas fazendo seus músculos relaxarem instantaneamente. Pegou o shampoo e tentou lavar seus cabelos silenciosamente, então olhou para o seu pulso ainda com a atadura e o arrancou delicadamente deixando a mostra os pontos que denunciavam o que tinha acontecido na noite anterior. Então, se encolhendo no chão chorou
- Sim amor, estamos bem. Carolyne está dormindo e eu acho que ouvi o chuveiro ligando, então a Lana deve ter acordado e está tomando.... Ah! Era ela sim. Acaba de sentar aqui do meu lado. - Diga que mandei um beijo. - Sussurrou Lana para seu irmão enchendo uma xícara com café preto. - July manda outro e está reclamando que não lhe vê em Cork desde o nosso casamento. Ela disse que está ansiosa para lhe ver de novo. - Disse ao ver sua irmã resmungar algo inaudível. - Amor, tenho que ir, nos falamos mais tarde. Também te amo e diga ao Michael quando ele acordar que vá direto para o banho antes de tomar café. Bom dia! - Falou seu irmão beijando sua irmã carinhosamente no rosto. - Como a July está? - Perguntou tomando seu café. - Está ótima. Disse que só a vê quando vem a Nova York. Essa segunda gravidez está mais tranquila. Parece que depois do primeiro filho todos os mitos viram lendas a respeito de gravidez. Não vai comer? - Indagou seu irmão preocupado. - Não estou com fome mamãe.
- Bom dia! - Disse Carolyne sentando despretensiosa numa cadeira na frente dos irmãos.- Bom dia! - Disse Gael ajudando sua irmã a disfarçar as lágrimas.- Bom dia! - Falou Lana se ajeitando na cadeira e enchendo sua xícara pela quarta vez. - Meu Deus como você consegue acordar tão linda e disposta desse jeito? - Falou tocando nos cabelos da irmã bagunçados. - Como ela consegue? - Indagou virando para o irmão.- Eu já nasci pronta. - Respondeu Carol aceitando um copo de suco do seu irmão. - Apesar que eu prefiro quando meus cabelos estão lisos.- O que? Tá brincando? Carol seus cabelos são lindos assim, esse ar que acabei de acordar diva como sempre. - Disse Lana rindo ao ver sua irmã morder um pedaço generoso de croissant.- Pelo menos é uma diva com fome, diferente de você. - Reclamou seu irmão colocando um pedaço de bolo na frente de Lana. - Agora coma.- Gael... - Chorou Lana. - Mas, que droga. - Bufou vendo a cara do seu irmão denunciando que ela estaria em maus lençóis se não com