Sai do colégio com Elie ao meu lado e fomos para o estacionamento onde seu carro estava. Ainda não tirei minha carteira por que minha aula de direção foi um desastre. Eu mal saí do lugar e o professor me deu zero. Mas claro, se ele não tivesse gritado e me deixado nervosa aquilo não teria acontecido. Nunca mais pego em um volante.
— Então, sobre o que queria conversar. — Colocou o sinto e jogou sua mochila no banco de traz, fiz o mesmo e depois coloquei meu sinto. Antes de dar partida ela tirou um gloss do bolso traseiro e começou a passar.
— Você não voltou com o Warren, certo? — Perguntei e ela parou de passar o gloss me encarando em seguida.
—Claro que não. A minha vontad
Entrei no carro de Harvey já sentindo o familiar cheiro de menta misturada com cigarro. Ele da partida no carro e começa a sair da minha rua. Odeio sentar no banco de traz do carro dele por que provavelmente ele já ficou com alguém lá.—Não se preocupe Day, meu carro é o lugar mais limpo e sagrado que você vai estar. — Ele passou a língua nos lábios e sorriu mostrando os dentes.— Pensei que você tivesse parado de fumar. — Ele parou de sorrir e ficou sério. Os olhos perdendo um pouco do brilho habitual.— Eu tentei— Ele diz com a voz baixa tirando os olhos da estrada para me olhar.. — Mas não é tão fácil Day.
Me virei para olhar o dono da voz e encontrei um Harvey confuso. Ele se aproximou em passos largos e parou do meu lado olhando meio estranho para o garoto a minha frente que sorria para ele. Ele se virou para mim e perguntou:— Tudo bem? — Balancei a cabeça que sim e olhei para Alex a minha frente que agora estava apoiado a parede com as pernas cruzadas. — Você demorou, pensei que tivesse acontecido algo.— Alguns contratempos, mas nada demais. — Contei passando a mão por seus ombros. — Onde está a Elie?— Quem é ele? —Perguntou ignorando totalmente minha pergunta. Examinei seu rosto sério e depois olhei novamente para Alex que parecia não estar nem aí. Harvey adotou uma postura ereta
Alex parou em frente ao meu colégio e percebi a entrada ainda cheia. Felizmente as aulas ainda não tinham começado. Destravei o sinto e peguei a mochila preta no banco de trás.— Obrigada pela carona. — Agradeci e ele examinou meu rosto. O cabelo loiro escuro e meio ondulado bagunçado caindo sobre os olhos. Ele é irritantemente bonito. — O que foi?— Nada. — Ele tirou o celular do bolso e me entregou. — Seu número. Sei que te passei o meu, mas é só por precaução para no dia você não me deixar plantado lá. — Eu sorri. Por que isso realmente podia acontecer. Salvei meu número no seu celular e desci do carro com alguns olhares direcionados para mim. Odeio chamar muita atenç
Amanhã seria festa de Harvey, e por coincidência a formatura de Alex. Eu devia ter pensado mais antes de aceitar fazer uma coisa dessas. Ahhh, e agora? Talvez eu consiga conciliar os dois, afinal, Alex disse que seria só por duas horas e esse tipo de festa que Harvey costuma frequentar só começa as dez. Tudo bem. Da tempo.Olhei para Elie que penteava o cabelo no espelho em frente a sua cama. Ela não sabia de nada, exceto que Alex era meu "amigo". Talvez eu devesse contar certo? Ou não já que ela conta tudo para o Harvey. Suspirei e ela me olhou pelo espelho.— Tudo bem?— Sim. Estava apenas pensando. — Ela balançou a cabeça e voltou a pentear os cabelos cheios. — Ta com fome?
Desci do carro e fui para o gramado da casa. Dei uma olhada na casa de Harvey por fora antes de entrar. A casa dele é de dois andares e a parede é de cor bege com enormes janelas de vidro e uma porta grande, preta e quadrada, bem moderna. A casa não estava cheia, mas daqui de fora consegui ver algumas pessoas, o som da musica também não estava alta mas dava para ouvir de fora. Eu perdi a conta de quantas vezes já vim a casa de Harvey, mas eu sempre fico admirada com o seu tamanho.Depois de alguns segundos me imaginando com um príncipe naquela linda fachada, ouvi Alex falar e olhei para seu rosto pálido por conta do vento frio. Ele caminhou até mim dançando na batida da musica o que me fez ri.— Bela casa. — Concordei e entramos juntos na enorme casa.
Ah, se a vida fosse como o filme Curtindo a vida adoidado seria tão mais fácil e tão incrível. Por que a nossa vida não pode apenas se basear a um filme? Ou livro? Queria ter um roteiro para seguir, assim eu não faria besteiras sem pensar.— Finalmente caiu em você Dayse. — A garota ruiva que eu descobri ter o nome de Samantha falou. A voz irritantemente fina e melodiosa, ela é do nosso colégio mas nunca a vi. Ela devia se valorizar mais, ficou o jogo todo dando em cima de todos os caras que estava na roda. Eu realmente não entendo esse tipo de relacionamento dos adolescentes hoje em dia. Prefiro ter uma atitude de velhos do que ser assim. — Então Day...— Dayse. — corrigi, apenas amigas e pessoas mais próximas me chama
Acordei e abri um olho de cada vez. Ainda com o rosto no travesseiro senti um cheiro familiar vindo do mesmo. Me espreguicei e so então lembrei de ontem.Me levantei num pulo vendo tudo ao meu redor girar. Olhei ao redor e meu coração errou as batidas quando percebi não estar em meu quarto.Meu Deus, o que eu fiz? Levantei o lençol de uma vez para ver se estava vestida e graça aos céus eu estava. Deu uma forma ou de outra isso sempre acontecia nos filmes, e eu precisei checar se não aconteceu comigo. Coloquei os pés no chão e uma vontade absurda de vomitar me atingiu. Deixei a cama e corri para o banheiro entrando no mesmo com tudo. Me curvei e coloquei tudo o que bebi ontem para fora.Nunca mais na minha vida eu beb
Já eram seis horas quando saí de casa e caminhei pelas ruas quase vazias de Cape Cod. Ao longe, consegui avistar a lua quase cheia e brilhante. Por morarmos perto do mar, conseguia escutar o barulho das ondas se quebrarem na areia da praia.Caminhei mais um pouco e avistei a lanchonete mais a frente. Consegui encontrar Alex também que estava nas mesas de fora, sentado despojadamente. Me aproximei do mesmo e toquei seu ombro.— Hey. Tudo bem? — Passei por ele e me sentei na cadeira à sua frente. Coloquei o celular em cima da mesa e notei ele se endireitar. — Como está sua avó?— Ela está bem, machucou apenas o braço. — Sorri aliviada porque sua avó está bem. — Sobre o que queria con