Enquanto os convidados parabenizavam Mattia, ele segurava firmemente a mão de Kalie, caminhando entre as pessoas que lotavam a festa. Yasmim se aproximou, oferecendo-lhe um beijo no rosto de forma sedutora.— Excelente festa, Mattia! Disse ela com um sorriso provocante.Mattia sorriu de volta e respondeu:— E eu nem te parabenizei pelo desfile. Você estava espetacular, como sempre.Sem soltar a mão de Kalie, ele se retirou, continuando a circular pela festa. Havia muitas pessoas presentes, todas ansiosas para cumprimentá-lo. O lugar estava vibrante, com uma mistura de ritmos musicais enchendo o ar, entre eles a tarantela, uma dança popular que exigia ser dançada em pares.Conforme caminhavam, os convidados se aproximavam de Mattia para oferecer presentes e elogios. Ele retribuía com sorrisos calorosos e palavras gentis, demonstrando a elegância que lhe era característica. Kalie, observando tudo com atenção, ficava cada vez mais impressionada. A forma como as pessoas o tratava, com tan
Mattia tentou falar, mas a dor era intensa demais para que ele pudesse formar palavras. Em vez disso, ele apertou a mão de Kalie com força, como se quisesse assegurar a ela que estaria sempre ao seu lado, independentemente do que acontecesse.A situação era caótica. Mattia, ferido gravemente, estava em um de seus lugares mais seguros, tornando o ataque ainda mais desconcertante. Todos ao redor pareciam assustados e incrédulos com o que tinha acabado de acontecer. Com cuidado, Mattia foi levado para o carro, e a tensão no ar era palpável. Antony estava visivelmente furioso com o ataque inesperado e gritou para todos que estavam ali:— Ninguém sai até eu voltar!Voltando-se para os seguranças, ele ordenou:— Cleber, você e Pietro confisquem os celulares de todos e os coloquem em quarentena.Os seguranças acataram a ordem imediatamente, enquanto a governanta tentava consolar Kalie, que estava devastada e chorava sem parar. A preocupação de Kalie era evidente, e a governanta fez o seu mel
A indiana estava sonolenta, mas abriu os olhos e perguntou, com a voz fraca:— Onde está Mattia? Eu quero vê-lo.Felícia acariciou o rosto dela com ternura e disse de forma tranquila:— Não se preocupe, meu bem. O Mattia ficará bem.Essas foram as últimas palavras que Kalie ouviu antes de adormecer profundamente, seu corpo finalmente cedendo ao medicamento que foi lhe dado.Enquanto isso, na casa de praia, o clima estava extremamente tenso. Quando Antony chegou e entrou na sala de estar, Pietro perguntou ansiosamente:— Pai, como o Mattia está?Antony não respondeu de imediato. Ele olhou lentamente para todos na sala antes de dizer com firmeza:— Aline e Pietro, me acompanhem até o escritório.Os dois jovens se entreolharam, mas permaneceram em silêncio, seguindo os passos de Antony até o escritório. Quando entraram, Cleber fechou a porta por fora, ficando de guarda. Antony sentou-se, com um semblante ameaçador, e olhou fixamente para os dois à sua frente.— Quem vai falar primeiro? P
Ainda naquela noite, no hospital Meeting, Kalie estava sentada na cama, e a governanta, Felícia, estava ao seu lado. Ambas aguardavam ansiosamente por notícias de Mattia. A atmosfera estava carregada de tensão e esperança. Finalmente, uma enfermeira se aproximou delas e falou com uma voz calma: — Senhora Parganno, a cirurgia foi um sucesso. Conseguimos retirar a bala sem atingir nenhum órgão vital. O senhor Parganno está dormindo agora e vai precisar descansar bastante. Kalie olhou para Felícia, os olhos cheios de lágrimas de alívio e felicidade. Com uma voz trêmula, ela disse: — Oh meu Deus! Ele está vivo! Ela abraçou Felícia com alegria, sentindo um peso enorme ser aliviado de seus ombros. A notícia trouxe uma onda de felicidade e alívio. Imediatamente, elas seguiram a enfermeira até a sala onde Mattia estava. Ao entrarem, Kalie observou-o devagar, enquanto ele dormia profundamente, a respiração regular e tranquila. O quarto estava em silêncio, exceto pelo som suave das máquinas
Dois dias haviam se passado desde o acidente com Mattia. Surpreendentemente, ele parecia ter se recuperado de forma milagrosa e já caminhava pelo quarto, embora ainda com movimentos lentos. Kalie não se afastava dele por um momento sequer, mostrando-se extremamente carinhosa e dando toda a atenção necessária.No fim do terceiro dia, Antony entrou no quarto após Mattia terminar o jantar e perguntou:— Está pronto, Mattia?Mattia levantou-se devagar e respondeu com firmeza:— Sim.Naquele momento, Kalie olhou preocupada para os dois homens e perguntou:— Aonde vai levar o Mattia?Antony permaneceu em silêncio, mas Mattia se aproximou de Kalie e, beijando-lhe a testa com ternura, respondeu:— Vou ao galpão, minha bela dama. Preciso escolher algumas peças que irão para a boate de Milão. Caminhar vai me ajudar na recuperação, como você mesma disse.Kalie sorriu, aliviada, mas ainda preocupada, e voltou sua atenção para Antony, dizendo com um tom de solicitude:— Cuide bem dele.Antony sorr
Assim que os homens saíram levando Yasmim consigo, Mattia se voltou para Jk e continuou:— Você será o responsável pela carga. Quando chegar em Milão, mantenha Yasmim na sala que te falei até sábado. Eu devo chegar à noite. Pode sair agora.Quando Jk saiu, Mattia e Antony caminharam até outra sala, onde havia um homem amarrado em uma cadeira. Ao vê-lo, Antony disse:— Ele se chama Artur, é conhecido como Tuca. Tem uma ex-mulher e um filho de 7 anos.Mattia olhou devagar para o homem que se mexia na cadeira, como se quisesse dizer algo. No entanto, quem falou foi Mattia:— Você atira muito mal, mas tenho uma proposta. O que acha de trabalhar para mim e manter sua família em segurança?Artur tentou falar, mas o adesivo em sua boca o impedia. Antony se aproximou e tirou o adesivo de uma só vez, fazendo o homem soltar um grito de dor, mas permitindo que ele respirasse aliviado antes de dizer:— Me perdoe, senhor Parganno. Eu juro que não sabia que se tratava de você até chegar aqui. Receb
Quando Mattia voltou para o quarto, uma dor profunda o acompanhava, mas ele tentou disfarçar o desconforto. Ao abrir a porta e entrar, sentou-se na cama, esforçando-se para manter a compostura. No entanto, Kalie notou algo errado imediatamente e correu até ele, preocupada.— O que aconteceu? Perguntou ela, acariciando o rosto dele.— Você está pálido e quente, só pode estar com febre.Sem esperar por uma resposta, ela correu até o criado-mudo, pegou o termômetro e verificou a temperatura dele. Depois de alguns segundos, olhou para o aparelho e exclamou, preocupada:— Meu Deus, Mattia! Sua temperatura está 39°C. Você precisa tomar um remédio agora.Kalie correu até a mesinha e pegou o remédio. Ao retornar para ele, Mattia segurou seu braço com carinho e disse:— Calma, querida! Eu já passei por coisas piores e fiquei bem.Ela o olhou com preocupação, mas entregou-lhe o remédio. Mattia engoliu a medicação com um pouco de água, e Kalie voltou a falar, a voz tremendo de emoção:— Eu não s
Sem perder tempo, Kalie colocou a foto no álbum e correu pela casa à procura da governanta, seu coração acelerado com a descoberta. Ela precisava de respostas e sabia que Felícia poderia ajudá-la a desvendar o mistério.Quando encontrou Felícia, Kalie a pegou pelo braço, falando com urgência:— Venha comigo agora.Felícia, assustada, perguntou:— O que aconteceu?Elas caminharam apressadas e seguiram para a biblioteca. Assim que entraram, Kalie disse:— Você precisa ver isso.Ela pegou a foto dentro do álbum e entregou à governanta, perguntando:— Isso é realmente o que estou pensando?Felícia ficou parada diante da fotografia, o rosto assumindo uma expressão séria, e perguntou:— Onde encontrou isso?Kalie pegou a mão dela, os olhos fixos nos de Felícia, e insistiu:— Venha ver.Elas caminharam para a sala de pintura, onde Kalie mostrou o lugar onde encontrara a foto e as cartas. A expressão no rosto da governanta se tornou ainda mais grave. Kalie, percebendo a reação, disse:— Você