A indiana estava sonolenta, mas abriu os olhos e perguntou, com a voz fraca:— Onde está Mattia? Eu quero vê-lo.Felícia acariciou o rosto dela com ternura e disse de forma tranquila:— Não se preocupe, meu bem. O Mattia ficará bem.Essas foram as últimas palavras que Kalie ouviu antes de adormecer profundamente, seu corpo finalmente cedendo ao medicamento que foi lhe dado.Enquanto isso, na casa de praia, o clima estava extremamente tenso. Quando Antony chegou e entrou na sala de estar, Pietro perguntou ansiosamente:— Pai, como o Mattia está?Antony não respondeu de imediato. Ele olhou lentamente para todos na sala antes de dizer com firmeza:— Aline e Pietro, me acompanhem até o escritório.Os dois jovens se entreolharam, mas permaneceram em silêncio, seguindo os passos de Antony até o escritório. Quando entraram, Cleber fechou a porta por fora, ficando de guarda. Antony sentou-se, com um semblante ameaçador, e olhou fixamente para os dois à sua frente.— Quem vai falar primeiro? P
Ainda naquela noite, no hospital Meeting, Kalie estava sentada na cama, e a governanta, Felícia, estava ao seu lado. Ambas aguardavam ansiosamente por notícias de Mattia. A atmosfera estava carregada de tensão e esperança. Finalmente, uma enfermeira se aproximou delas e falou com uma voz calma: — Senhora Parganno, a cirurgia foi um sucesso. Conseguimos retirar a bala sem atingir nenhum órgão vital. O senhor Parganno está dormindo agora e vai precisar descansar bastante. Kalie olhou para Felícia, os olhos cheios de lágrimas de alívio e felicidade. Com uma voz trêmula, ela disse: — Oh meu Deus! Ele está vivo! Ela abraçou Felícia com alegria, sentindo um peso enorme ser aliviado de seus ombros. A notícia trouxe uma onda de felicidade e alívio. Imediatamente, elas seguiram a enfermeira até a sala onde Mattia estava. Ao entrarem, Kalie observou-o devagar, enquanto ele dormia profundamente, a respiração regular e tranquila. O quarto estava em silêncio, exceto pelo som suave das máquinas
Dois dias haviam se passado desde o acidente com Mattia. Surpreendentemente, ele parecia ter se recuperado de forma milagrosa e já caminhava pelo quarto, embora ainda com movimentos lentos. Kalie não se afastava dele por um momento sequer, mostrando-se extremamente carinhosa e dando toda a atenção necessária.No fim do terceiro dia, Antony entrou no quarto após Mattia terminar o jantar e perguntou:— Está pronto, Mattia?Mattia levantou-se devagar e respondeu com firmeza:— Sim.Naquele momento, Kalie olhou preocupada para os dois homens e perguntou:— Aonde vai levar o Mattia?Antony permaneceu em silêncio, mas Mattia se aproximou de Kalie e, beijando-lhe a testa com ternura, respondeu:— Vou ao galpão, minha bela dama. Preciso escolher algumas peças que irão para a boate de Milão. Caminhar vai me ajudar na recuperação, como você mesma disse.Kalie sorriu, aliviada, mas ainda preocupada, e voltou sua atenção para Antony, dizendo com um tom de solicitude:— Cuide bem dele.Antony sorr
Assim que os homens saíram levando Yasmim consigo, Mattia se voltou para Jk e continuou:— Você será o responsável pela carga. Quando chegar em Milão, mantenha Yasmim na sala que te falei até sábado. Eu devo chegar à noite. Pode sair agora.Quando Jk saiu, Mattia e Antony caminharam até outra sala, onde havia um homem amarrado em uma cadeira. Ao vê-lo, Antony disse:— Ele se chama Artur, é conhecido como Tuca. Tem uma ex-mulher e um filho de 7 anos.Mattia olhou devagar para o homem que se mexia na cadeira, como se quisesse dizer algo. No entanto, quem falou foi Mattia:— Você atira muito mal, mas tenho uma proposta. O que acha de trabalhar para mim e manter sua família em segurança?Artur tentou falar, mas o adesivo em sua boca o impedia. Antony se aproximou e tirou o adesivo de uma só vez, fazendo o homem soltar um grito de dor, mas permitindo que ele respirasse aliviado antes de dizer:— Me perdoe, senhor Parganno. Eu juro que não sabia que se tratava de você até chegar aqui. Receb
Quando Mattia voltou para o quarto, uma dor profunda o acompanhava, mas ele tentou disfarçar o desconforto. Ao abrir a porta e entrar, sentou-se na cama, esforçando-se para manter a compostura. No entanto, Kalie notou algo errado imediatamente e correu até ele, preocupada.— O que aconteceu? Perguntou ela, acariciando o rosto dele.— Você está pálido e quente, só pode estar com febre.Sem esperar por uma resposta, ela correu até o criado-mudo, pegou o termômetro e verificou a temperatura dele. Depois de alguns segundos, olhou para o aparelho e exclamou, preocupada:— Meu Deus, Mattia! Sua temperatura está 39°C. Você precisa tomar um remédio agora.Kalie correu até a mesinha e pegou o remédio. Ao retornar para ele, Mattia segurou seu braço com carinho e disse:— Calma, querida! Eu já passei por coisas piores e fiquei bem.Ela o olhou com preocupação, mas entregou-lhe o remédio. Mattia engoliu a medicação com um pouco de água, e Kalie voltou a falar, a voz tremendo de emoção:— Eu não s
Sem perder tempo, Kalie colocou a foto no álbum e correu pela casa à procura da governanta, seu coração acelerado com a descoberta. Ela precisava de respostas e sabia que Felícia poderia ajudá-la a desvendar o mistério.Quando encontrou Felícia, Kalie a pegou pelo braço, falando com urgência:— Venha comigo agora.Felícia, assustada, perguntou:— O que aconteceu?Elas caminharam apressadas e seguiram para a biblioteca. Assim que entraram, Kalie disse:— Você precisa ver isso.Ela pegou a foto dentro do álbum e entregou à governanta, perguntando:— Isso é realmente o que estou pensando?Felícia ficou parada diante da fotografia, o rosto assumindo uma expressão séria, e perguntou:— Onde encontrou isso?Kalie pegou a mão dela, os olhos fixos nos de Felícia, e insistiu:— Venha ver.Elas caminharam para a sala de pintura, onde Kalie mostrou o lugar onde encontrara a foto e as cartas. A expressão no rosto da governanta se tornou ainda mais grave. Kalie, percebendo a reação, disse:— Você
Enquanto isso, na cidade de Milão, na boate Tunnel Club, Mattia atravessava o salão em passos lentos, observando as luzes suaves e a decoração elegante. As pessoas ao redor o cumprimentavam alegremente, acenando e sorrindo, cientes da sua influência e poder. Ele retribuía os cumprimentos com um leve aceno de cabeça, mas sua mente estava focada em outra coisa.Quando chegou em frente ao elevador, Mattia olhou para Antony e perguntou:— O Brian já chegou?Antony, sempre atento e um passo à frente, respondeu prontamente:— Ainda não, mas já está a caminho.Mattia sorriu levemente, um sorriso que não chegava aos olhos, e disse:- É bom assim. Vamos ver a Yasmim, quero saber como ela está se adaptando à sua nova casa.Os dois homens trocaram um sorriso cúmplice antes de entrarem no elevador. O som suave da música e das conversas do salão ficou abafado quando as portas do elevador se fecharam. Eles subiram para o segundo andar, onde a atmosfera mudava, tornando-se mais privada e exclusiva.
Quando Mattia saiu da boate, ele foi direto para o aeroporto, deixando Antony responsável por manter a ordem naquela noite de domingo. Ao se sentar no banco confortável do jatinho particular, seus pensamentos imediatamente voltaram para Kalie. Ele se lembrava do seu sorriso encantador, do seu jeito único de falar, da forma intensa como ela o olhava. Tudo isso reforçava o quanto ele a amava e a desejava. Com esses pensamentos dominando sua mente, Mattia seguiu para a mansão na Toscana, ansioso para vê-la novamente.Assim que entrou na mansão, Felícia se aproximou para recebê-lo.— Bom dia, senhor! Fez uma boa viagem? Perguntou a governanta com um sorriso cordial.— Bom dia! Sim, a viagem foi tranquila. Respondeu Mattia, esboçando um leve sorriso. — Onde está a Kalie?— Ainda está dormindo, senhor. Informou Felícia, com um tom respeitoso.— Leve essas coisas para o escritório. Eu vou vê-la. Disse Mattia, entregando sua maleta a Felícia.Mattia seguiu imediatamente para o quarto, assim q