OliviaE assim passaram 4 meses, quase todos os dias Zaian vem ver o meu príncipe ou leva ele consigo. Fizemos um teste de DNA para que não haja dúvidas de nenhuma das partes, já que Raquel insistia em dizer que ele não era o pai. Com o resultado positivo, Zaian registrou o Samuel em seu nome.A louca da Raquel bate o pé dizendo que quer que eu faça o seu casamento, e para ser bem sincera, não vejo empecilho para não realizar isso. O único problema é que Zaian não desiste, fica insistindo para voltarmos, muitas vezes me controlando. Liga um milhão de vezes para saber onde estou, e confesso que isso está me incomodando. Algo em mim mudou, acredito que fiquei tantos anos dizendo que o amava, me culpando por tudo o que aconteceu, que agora não vejo mais nós dois juntos.Não sei o que sinto em relação a ele, mas sei que não é amor. Ficar perto dele já não me causa aquele friozinho na barriga como antes. Acho que estou magoada por ele simplesmente não ter lutado por nós. Sei dos seus medos
Pablo narrandoEstamos no carro a caminho da casa da Lívia. Ela coloca uma música e começa a cantar. Fico admirando-a. Há anos que sou apaixonado por Olívia, mas nunca falei nada. Tentei me envolver com algumas mulheres. Eu até curtia ficar com elas, chegava a sentir alguma coisa por elas, mas nunca o suficiente para amar. Quando fiquei com Vanessa, uma enfermeira da clínica, estava indo tudo bem, mas ela sabia que eu não estava 100% na relação. Surpreendi-me quando ela me disse que já sabia dos meus sentimentos por Olívia. Tentamos ficar mais um tempo, até que decidi que não dava para ficar nos enganando. Resolvemos nos separar, pois Vanessa tem o sonho de se casar e ter filhos, e comigo não seria possível.Mesmo ela sendo uma garota incrível, eu não iria me casar com alguém que não amo. Casamento é bem mais que cama e diversão. Você tem que estar 100% com a sua cabeça naquela pessoa. Não podia fazer isso com ela nem comigo, pois nós iríamos ser infelizes juntos. No fim, ela pediu pa
OlíviaPassei um dia perfeito com Pablo até a tal da Josy aparecer. Ela olhava para ele como se estivesse prestes a pular no seu colo. Fiquei com ódio disso. Ciúmes? Talvez.Chegamos em casa e ouço vozes alteradas. Escuto Zaian reclamando que eu não estava na minha casa. Seguro na mão do Pablo e subimos as escadas em direção à sala. Entro e minha mãe está prestes a pegar a vassoura e dar na cabeça dele.— Ela é mãe, não pode ficar até essa hora na rua.— Ele fala gritando com a minha mãe. Isso me sobe um ódio.— Você acredita mesmo nisso? — Falo entrando e encostando no sofá.— Você não está na sua casa para ficar gritando desse jeito.— Olívia! — Zaian me olha assustado, vem querendo me abraçar. Eu o paro com a mão. Faz tempo que ele tenta se aproximar, me abraçar, segurar nas minhas mãos. Esses dias até tentou forçar um beijo. Sou bem grandinha e sei me defender.No dia da balada, eu estava confusa. Fiquei em choque e acabei fazendo burrada de deixar ele me beijar e me levar para a ca
Raquel narrandoComo sabem, sou Raquel. Tenho 26 anos e fui adotada assim que nasci. Cresci no meio da alta sociedade, com muito luxo. Meus pais adotivos são muito ricos, então nunca me esforcei muito para ter as coisas. Bom, até conhecer Olívia.Com 18 anos, decidi encontrar meus pais biológicos. Foram longos 8 meses de investigação até encontrar um nome: Samuel Santiago. Sim, esse é o nome do pai de Olívia e Samantha. Descobri que fui um caso de uma noite. Minha mãe era uma mulher casada, porém, seu marido não podia lhe dar filhos, mas ela não sabia disso.Samuel era jovem naquele tempo, solteiro e muito bem colocado no mundo imobiliário. Ele não sabia que minha mãe era casada, pois ela nunca foi vista com seu marido até então. Joelma engravidou e disse que o filho era do seu marido, onde ele falou que não poderia ser, pois ele não podia ter filhos. Dizem que no mesmo dia ele foi embora. Minha mãe não sabia o telefone, nem mesmo o nome do meu pai biológico.Com 19 anos, fui atrás de
OlíviaHoje, ao ver Zaian levando o meu filho, fiquei com uma sensação estranha. Meu peito está apertado. Toda vez que penso no Samuel, seus pesadelos estão constantes. Meu menino já não é mais o mesmo.— Calma, Livy, eu fiz algo sem a sua autorização. Espero que me perdoe. — Pablo fala um pouco envergonhado.— O que?— Quando ele chegar, você vai ver...— Ainda bem que o Samuel vai ficar só até o almoço. Estou com um mau pressentimento. Eu quero o meu pequeno.— Quer ir buscar? Vamos, eu te levo. — Pablo fala pegando as chaves do carro.— Para com isso. Pode ser coisa da sua cabeça. Dizem que as mães não confiam em ninguém para cuidar dos seus filhos, a não ser elas mesmas. — Guilherme fala se jogando no sofá da recepção.— Eu ainda acho que o certo é buscar ele. Não confio nessa Raquel. Ela nunca me desceu. E saber que o pequeno está lá, não acho uma boa ideia. — Fernanda se aproxima e coloca a mão no meu ombro. — Siga o seu coração.— Eu estou com a Fernanda. Acho que ela não é uma
OlíviaDepois de todo aquele desespero, finalmente ter meu filho nos meus braços, foi como ter um grande peso tirado das minhas costas. Aquela sensação estranha que estava me consumindo também se dissipou assim que o vi entrar.Terminei de atender os clientes e fiquei surpresa quando eles concordaram em sair conosco. Decidimos levar o Samuel para tomar sorvete e, no começo, ele fez sua típica careta ao provar, mas ao nos ver saboreando o sorvete, ele acabou tomando tudo e até repetiu.Até consegui esquecer um pouco da preocupação que estava sentindo. Porém, notei que Pablo estava um pouco estranho. Ele nunca mexia no celular quando estávamos juntos, nem quando estava falando com alguém. Ele olhava para a tela com uma expressão brava ao mesmo tempo triste. Não quis perguntar na frente do Samuel ou dos nossos convidados, mas fiquei observando seu comportamento. Ele fazia carinho no rosto do meu filho e dizia que ninguém iria machucá-lo.Chegamos em casa, dei um banho no Samuel e ficamos
Olívia se encolhe, vendo o que o seu filho passou. Nada do que Pablo fala faz ela parar de chorar. A única coisa que ele consegue fazer é abraçá-la.Até que ela se levanta com raiva. Seu coração está disparado, e ela sente que se não fizer nada agora, vai surtar. Olívia pega um casaco, seu corpo intriro tremia. Pablo corre atrás dela, nervoso por ter mostrado a gravação. Ele julga que não deveria tê-las mostrado, apenas falado sobre o assunto. Seu maior medo é magoar a mulher que ama, mas ele sabe que ela precisava saber. Por mais doloroso que seja, ela é a única que pode ir atrás e fazer alguma coisa.Olívia bate na porta do quarto de sua mãe e, sem receber resposta, decide abrir a porta e acordá-la.— Mãe...— Oi? O que aconteceu? — Cecília fala assustada, pulando da cama ao ver a filha chorando e tremendo.— Desculpa, não quis te assustar, mãe! Pode ficar com o Samuel para mim, por favor?— Claro, mas me diz o que está acontecendo.Olívia não responde. Antes de sair, ela volta para
Olívia e Pablo entram no carro, ela dirige o mais rápido que consegue, nele está um silêncio, Pablo conhece ela como ninguém, ele sabe que a única coisa que tira Olívia do seu estado normal é mexer ou prejudicar quem ela mais ama.Eles chegam no apartamento do Zaian passando pela recepção que estava vazia, ao chegar no andar, Olívia aperta a campainha sem para, já é tarde da madrugada, eles já estão na cama, depois de uns minutos Zaian abre a porta, passando a mão nos cabelos, somente com uma bermuda de moletom, a olha surpresa.— Olívia? O que faz aqui?— Ainda pergunta seu idiota? Mas depois resolvo com você, agora minha conversa é com sua mulher, cadê ela?— Ela está na cama, me diz do que se trata?Olívia empurra ele e entra em direção ao quarto, mas Raquel já estava vindo para a sala, ver o porquê da voz alterada.— O que faz aqui amiga...— Raquel vai abraçar Olívia. Que não pensa duas vezes e desfere dois tapas na cara de Raquel, um de cada lado, ela a olha assustada e leva a m