Raquel narrandoComo sabem, sou Raquel. Tenho 26 anos e fui adotada assim que nasci. Cresci no meio da alta sociedade, com muito luxo. Meus pais adotivos são muito ricos, então nunca me esforcei muito para ter as coisas. Bom, até conhecer Olívia.Com 18 anos, decidi encontrar meus pais biológicos. Foram longos 8 meses de investigação até encontrar um nome: Samuel Santiago. Sim, esse é o nome do pai de Olívia e Samantha. Descobri que fui um caso de uma noite. Minha mãe era uma mulher casada, porém, seu marido não podia lhe dar filhos, mas ela não sabia disso.Samuel era jovem naquele tempo, solteiro e muito bem colocado no mundo imobiliário. Ele não sabia que minha mãe era casada, pois ela nunca foi vista com seu marido até então. Joelma engravidou e disse que o filho era do seu marido, onde ele falou que não poderia ser, pois ele não podia ter filhos. Dizem que no mesmo dia ele foi embora. Minha mãe não sabia o telefone, nem mesmo o nome do meu pai biológico.Com 19 anos, fui atrás de
OlíviaHoje, ao ver Zaian levando o meu filho, fiquei com uma sensação estranha. Meu peito está apertado. Toda vez que penso no Samuel, seus pesadelos estão constantes. Meu menino já não é mais o mesmo.— Calma, Livy, eu fiz algo sem a sua autorização. Espero que me perdoe. — Pablo fala um pouco envergonhado.— O que?— Quando ele chegar, você vai ver...— Ainda bem que o Samuel vai ficar só até o almoço. Estou com um mau pressentimento. Eu quero o meu pequeno.— Quer ir buscar? Vamos, eu te levo. — Pablo fala pegando as chaves do carro.— Para com isso. Pode ser coisa da sua cabeça. Dizem que as mães não confiam em ninguém para cuidar dos seus filhos, a não ser elas mesmas. — Guilherme fala se jogando no sofá da recepção.— Eu ainda acho que o certo é buscar ele. Não confio nessa Raquel. Ela nunca me desceu. E saber que o pequeno está lá, não acho uma boa ideia. — Fernanda se aproxima e coloca a mão no meu ombro. — Siga o seu coração.— Eu estou com a Fernanda. Acho que ela não é uma
OlíviaDepois de todo aquele desespero, finalmente ter meu filho nos meus braços, foi como ter um grande peso tirado das minhas costas. Aquela sensação estranha que estava me consumindo também se dissipou assim que o vi entrar.Terminei de atender os clientes e fiquei surpresa quando eles concordaram em sair conosco. Decidimos levar o Samuel para tomar sorvete e, no começo, ele fez sua típica careta ao provar, mas ao nos ver saboreando o sorvete, ele acabou tomando tudo e até repetiu.Até consegui esquecer um pouco da preocupação que estava sentindo. Porém, notei que Pablo estava um pouco estranho. Ele nunca mexia no celular quando estávamos juntos, nem quando estava falando com alguém. Ele olhava para a tela com uma expressão brava ao mesmo tempo triste. Não quis perguntar na frente do Samuel ou dos nossos convidados, mas fiquei observando seu comportamento. Ele fazia carinho no rosto do meu filho e dizia que ninguém iria machucá-lo.Chegamos em casa, dei um banho no Samuel e ficamos
Olívia se encolhe, vendo o que o seu filho passou. Nada do que Pablo fala faz ela parar de chorar. A única coisa que ele consegue fazer é abraçá-la.Até que ela se levanta com raiva. Seu coração está disparado, e ela sente que se não fizer nada agora, vai surtar. Olívia pega um casaco, seu corpo intriro tremia. Pablo corre atrás dela, nervoso por ter mostrado a gravação. Ele julga que não deveria tê-las mostrado, apenas falado sobre o assunto. Seu maior medo é magoar a mulher que ama, mas ele sabe que ela precisava saber. Por mais doloroso que seja, ela é a única que pode ir atrás e fazer alguma coisa.Olívia bate na porta do quarto de sua mãe e, sem receber resposta, decide abrir a porta e acordá-la.— Mãe...— Oi? O que aconteceu? — Cecília fala assustada, pulando da cama ao ver a filha chorando e tremendo.— Desculpa, não quis te assustar, mãe! Pode ficar com o Samuel para mim, por favor?— Claro, mas me diz o que está acontecendo.Olívia não responde. Antes de sair, ela volta para
Olívia e Pablo entram no carro, ela dirige o mais rápido que consegue, nele está um silêncio, Pablo conhece ela como ninguém, ele sabe que a única coisa que tira Olívia do seu estado normal é mexer ou prejudicar quem ela mais ama.Eles chegam no apartamento do Zaian passando pela recepção que estava vazia, ao chegar no andar, Olívia aperta a campainha sem para, já é tarde da madrugada, eles já estão na cama, depois de uns minutos Zaian abre a porta, passando a mão nos cabelos, somente com uma bermuda de moletom, a olha surpresa.— Olívia? O que faz aqui?— Ainda pergunta seu idiota? Mas depois resolvo com você, agora minha conversa é com sua mulher, cadê ela?— Ela está na cama, me diz do que se trata?Olívia empurra ele e entra em direção ao quarto, mas Raquel já estava vindo para a sala, ver o porquê da voz alterada.— O que faz aqui amiga...— Raquel vai abraçar Olívia. Que não pensa duas vezes e desfere dois tapas na cara de Raquel, um de cada lado, ela a olha assustada e leva a m
Estou dentro do carro olhando para ele, ouvir essas palavras que a um tempo já sabia, mas que nunca foram realmente ditas, me deixou muito nervosa. Pablo sempre foi meu confidente, minha âncora, minha alegria de todos os dias, mas eu nunca me permiti enxergar outro alguém, enxergar o que estava bem na minha frente. Não tem como negar que já me imaginei algumas vezes sentindo seus lábios nos meus. O que acontece é que me amargurei com o abandono, revivi por anos aquela decepção é por medo de me ferir, preferi não dar chances para me apaixonar de novo, apesar que Pablo dia a pós dia me conquistava sem muito esforços, mas nunca deixei demonstrar esse sentimento.— Em todos esses anos eu me contentei em te ter só como amiga, mas esses dias com você está sendo uma tortura, eu quero beijar seus labios, acariciar seu rosto, mostrar que te amo, não só em palavras, mas também com minhas ações, quero sentir seu coração em compasso ao meu. Olívia, me de a oportunidade de te conquistar, eu sei q
O sol raiou e continuei nos seus braços, dando um beijo leve em seus lábios antes de me dirigir para o banho. Sabia que o dia seria tenso, então aproveitei o momento de intimidade com ele.Enquanto eu estava no chuveiro, ouvi a porta se abrir e percebi que era ele. Ao notar que eu estava no banho, ele imediatamente virou de costas, claramente nervoso.— Desculpa, amor. —ele disse, e saiu do banheiro.Fiquei impressionada com o respeito que ele demonstrou. Sabíamos que éramos adultos, mas eram os pequenos gestos como esse que faziam toda a diferença. Ele poderia facilmente ter me levado para a cama na noite anterior, e eu não teria negado, mas ele optou por me abraçar, sem pressa para ultrapassar qualquer limite.Encostei-me na parede, apreciando o fato de ele me chamar de amor e gostando da sensação de ser amada por ele.Terminei o banho e saí enrolada em um roupão.— Sua escova está dentro do armário. — disse a ele.— Olha só, já dividimos o local das escovas?.— ele brinca, enquanto
Após uma semana conturbada, com total atenção para o meu pequeno, entre o escritório e o psicólogo, as insistentes visitas de Zaian, com a intenção de reconquistar Samuel, mesmo sabendo que ele ainda não está preparado para vê-lo, sinto que meu menino quer dar uma nova chance, mas por medo ele não se arrisca. Sofro a cada crise de choro que ele tem e, se eu pudesse com certeza, pegaria meu filho e iria para bem longe, longe de tudo que o machucou. Infelizmente, não posso fazer isso no momento. Mas diante de tudo isso, tenho o apoio de Pablo, que ama meu filho de maneira incondicional e é surpreendentemente correspondido na mesma proporção.Chego ao meu escritório e percebo que Fernanda está um pouco nervosa.— O que aconteceu, Fer?— Livy, Raquel não quis outra pessoa para fazer a sua cerimônia, mesmo eu tentando devolver o dinheiro. Sempre que a devolução é feita em sua conta, ela transfere novamente para a sua e sempre com valor a mais. — Fernanda fala nervosa. Depois de saber tudo