O noivado continua, com ou sem a noiva.

Duas horas e meia antes, na mansão Zadoglu:

A valsa clássica deslizava como uma melodia suave e elegante pelo ar do salão, misturando-se com os murmúrios das conversas e dos risos contidos.

Tinha chegado a hora de ponta, aquele momento crítico em que a excitação e a diversão da festa começavam a diminuir, concentrando a atenção em Damien. Ele estava empoleirado no canto da sala, segurando um copo de brandy numa mão e a bengala na outra, enquanto sentia os olhares de toda a gente a aumentarem o peso da raiva que fervia dentro dele.

Kevin aproximou-se com uma expressão de simpatia.

-Meu, está na altura de dizeres alguma coisa, despede esta gente toda.

Não olhes para mim com pena", queixou-se Damien a Kevin, que se riu e coçou o pescoço.

-Irrita-me quando fazes essa cara.

-Desculpa, mas é que há uns dias tive uma amostra de como é feio ser desprezado. Bem, acho que não é fácil ser abandonado a meio da nossa própria festa de noivado", murmurou Kevin.

As feições de Damien desfiguraram-se
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