Três dias depois:

Disfarçado e escondido atrás de bigodes falsos e óculos escuros, Dário vigia ansiosamente o velho edifício onde vivem os seus filhos e Lara. O seu desejo de os ver era enorme, mas a presença de duas unidades policiais ali estacionadas mantinha-o cauteloso. Sabia que estavam à sua espera e qualquer passo em falso poderia colocá-lo em perigo.

Com um telemóvel descartável na mão, tentou ligar aos filhos, mas sempre que atendiam, desligavam imediatamente ao ouvir a sua voz. A angústia tomou conta dele, mas estava decidido a não desistir tão facilmente. Decidiu esperar que Mauro saísse do prédio, na esperança de abordá-lo num lugar mais discreto.

Quando o viu sair, esperou que ele se afastasse antes de se aproximar. No entanto, ele dirigiu-se rapidamente para um beco.

Quando chegou ao beco, ficou espantado ao ver Mauro usando drogas.

Raiva e preocupação se misturaram dentro dele, e sem pensar duas vezes, ele o agarrou pelo colarinho da camisa.

-O que é que estão a consumi