Russell Volkov. Retirei o meu paletó e arregaço as mangas da minha camisa social. Vou andando até o Michael e sem cerimônia alguma agarro o seu maxilar com força. — Eu não irei mais perguntar nada, porque a única coisa que eu quero nesse momento é te fazer gritar de dor. Irmão? — Bóris me passou a fita, passo a fita na boca do maldito bem apertado. — Deixe o primeiro turno comigo, depois você se diverte com ele. Ele deu um pequeno sorriso de lado e foi se sentar em uma cadeira que o Harry trouxe para ele, cruzou as pernas e ficou observando sem desviar os olhos. Eu sei muito bem que ele ama me ver torturando alguém, porque ele sabe que eu não torturo tão bem como ele. Esse maldito. Caminho em direção a mesa de ferramenta de tortura. — Harry, Dylan e Max, prendam ele no alto. — Ordeno sem olhar para trás. — Qual arma devo escolher, irmãozinho? — Aquela que dói mais. — Falou sem hesitar. Peguei um alicate e fui caminhando até o Michael. — Por onde devemos começar? — Pergunto a m
Terça-Feira.Scarlett Wilson.Depois que nós tínhamos chegado em casa.... Eu já estou chamando esse lugar de casa, confesso em dizer que realmente me sinto confortável nesse meu novo ambiente. Mas enfim, como eu estava dizendo, quando chegamos em casa, nós fomos almoçar bem tarde, mas logo os dois tiveram que sair para resolver suas coisas relacionadas ao seus trabalhos. Fui dormir bem cedo, acho que era no máximo umas oito e meia da noite, sinto que estou ficando cada vez mais cansada, sinto uma grande necessidade de querer me deitar e poder dormir até o outro dia.Eu fui acordar era umas duas horas da manhã por conta de um pesadelo, detesto sonhar com o meu passado, lembrar das vezes que eu fui humilhada, odeio sonhar porque parece que estou vivendo lá de novo, sentindo tudo novamente. É horrível essa sensação. Eu até cogitei a hipótese de ligar para eles dois, mas não queria atrapalhá-los por causa do meu pesadelo, sei que eles tem melhores coisas para fazer. Simplesmente fui até a
Terça-Feira.Scarlett Wilson.O caminho todo foi bem silencioso, confesso que estou muito nervosa, espero que não tenha nada de errado com a minha saúde.O Harry estacionou o carro em uma garagem e logo fomos descendo do carro.— Por aqui, minha senhora. — Ele realmente voltou com esse tal de senhora.Ele foi me guiando para dentro desse enorme hospital, notei que as pessoas no local começaram a nos observar. O Harry foi em direção a recepcionista e falou alguma coisa com ela, já nem faço mais questão em continuar tentando entender o que eles estão falando.— Por aqui, minha senhora. — Segui ele.Andamos pelo enorme corredor até ele parar em uma porta, deu duas batidas e escutei uma voz bem rouca, o Harry abriu a porta e deu passagem para eu entrar primeiro. O homem na minha frente é bem idoso, mas ele tem uma aparência bem conservada.Ele é branco, a sua altura deve ser um metro e setenta, os seus cabelos estão brancos, a cor dos seus olhos são azuis claros, o formato do seu rosto é
Quatro dias depois.Sábado.Scarlett Wilson.Hoje está completando quatro dias que eu descobri sobre a minha anemia e também das minhas fraturas. Ainda fico me questionando, como eles tiveram coragem de ferir uma criança desse jeito? O que eu fiz de tão errado para ter que passar por aquilo? Mesmo me negando acreditar, já tinha uma pequena noção que eu tinha alguns ossos quebrados. Meu maior desejo sempre foi ter uma família, uma família que me amasse do jeito que eu sou. Só queria ser amada por eles, mas foi pedir muito. Mesmo quando eles me batiam sem parar, dentro de mim ainda tinha esperança que tudo aquilo ia passar, e nós seríamos uma família perfeita. Fui ingênua demais. Agora parando de lembrar do passado, reparei que durante esses quatro dias os dois estão agindo bem estranhos comigo, acho que eles ainda estão chateados por eu não ter dito nada. Admito em dizer que mesmo eu achando que está tudo bem, na real não está nada bem. Queria ter coragem de questioná-los, mas sou co
Quatro dias depois.Sábado.Scarlett Wilson.Levantei do sofá indo rapidamente para fora da biblioteca, quase que eu caia por ter tropeçado nos meus próprios pés por causa da velocidade. Desci os degraus bem rápido, vejo o Harry sentado no sofá enquanto mexia em seu celular. — Harry, onde eles estão nesse momento? — Perguntei bem alto o assustando um pouco. Ele me olhou um pouco surpreso. — Eles se encontram na boate Volkov neste momento, estão resolvendo as coisas por lá. — Respondeu suavemente. Respirei fundo várias e várias vezes para poder tomar coragem. — Eu quero que você me leve até lá. — Seus olhos se arregalaram. — Você está louca!!? — Ergueu a voz. — Neste momento eles estão uma fera, se eu te levar para lá, é capaz deles arrancar a minha cabeça. — Acabei fazendo uma expressão de nojo ao imaginar essa cena. Respirei mais uma vez fundo. — Harry, eu não estou te pedindo e sim te dando uma ordem. Me leve até lá! — Falei bem firme para ele entender. Percebi que ele fico
Quatro dias depois.Sábado.Scarlett Wilson.Arregalei os olhos ao sentir o líquido do meu gozo preencher a minha calcinha. Meu santo Deus!!! Eu gozei!! Eu gozei apenas com esse delicioso beijo triplo?— Scarlett? Algum problema? — Russell perguntou se afastando um pouco. Senti o meu rosto quente demais. — Eu.... Eu sinto muito. — Cobri o meu rosto de tanta vergonha. — Realmente sinto muito. Percebi que os dois ficaram sem entender. — Do que você está falando, baby? — Russell segurou minhas mãos e as puxou para fora do meu rosto. — O que foi? Não gostou do beijo?Senti o meu rosto ficar ainda mais vermelho. — Gostei! Gostei muito do beijo! — Falei um pouco alto por conta do nervosismo. — Então, qual é o problema, amor? — Bóris perguntou sem entender. — Eugozeinacalcinha! — Falei rápido demais, os dois me olharam sem entender nada. — O que? — Questionaram sem entender.— Fale um pouco devagar, minha princesa. — Russell falou suavemente. Respirei fundo várias vezes, olhei para
Quatro dias depois.Sábado.Bóris Volkov.A minha história não é algo bom de se lembrar ou de estar comentando. A vida que eu tive não desejo para ninguém, talvez eu possa desejar para o meu inimigo. Eu e o meu irmão nunca fomos amados pelo o nosso pai, na verdade ninguém nos amou, às vezes eu penso que até a nossa mãe não nos amou. Infelizmente ela foi deixada para morrer pelo o nosso pai, o Russell sempre disse que ela foi a única que nos amou. Mas eu questiono se isso é verdade. — O treinamento do meu irmão começou bem cedo, eu vi o quanto ele sofria nas mãos do nosso pai, nós éramos proibidos de nos falarmos até eu começar o meu treinamento. Esse maldito realmente nos transformou em monstros. Nós nunca fomos ajudados pela nossa família, nós precisávamos de ajuda, precisávamos deles. Mas ninguém veio nos socorrer, suas desculpas eram que tinham medo do nosso pai só porque ele era o líder da máfia russa. Mas eram somente desculpas, porque se eles realmente quisessem nos ajudar, te
Quatro dias depois.Sábado.Bóris Volkov.Reparei que todos na sala ficaram tensos. — É... Está tudo bem em revelar isso? — Perguntou ele bem nervoso. Fiquei um pouco nervoso ao ver o sorriso macabro do Russel, percebi que todos na sala ficaram assustados. — Claro que sim, porque ninguém seria idiota o suficiente para mim trair de novo. Porque todos sabem do que eu sou capaz de fazer quando mexem com quem me pertence. Notei que suas pupilas dilataram, admito em dizer que meu irmão neste momento parecia um monstro de tão assustador que ele está. Mas confesso que eu amo esse lado psicopata dele. — Mas enfim, foi por isso que você veio até aqui? — Cruzou as pernas parecendo um rei. O Hugo faz um barulho na garganta e melhora a sua postura. — Sim. Quando soube desta notícia que ele vinha até aqui, eu realmente tinha que avisá-los o mais rápido possível. — Bom, nós agradecemos por ter feito isso. Só não morre aqui por ter feito algo útil. — Falou o meu irmão com um sorriso bem ass