"Manu"
Abri meus olhos sem saber onde estou, levo a mão a barriga instintivamente. O desespero me bate quando não sinto ela grande, me sento vendo um fio indo ao meu braço, estou em um hospital tomando soro.
Aos poucos as lembranças invadem minha mente. A porta do quarto foi aberta por uma enfermeira sorridente.
-Meus filhos? -questiono tentando me levantar.
-Não pode sair da cama, irei chamar seu acompanhate por favor volte pra cama. -ela diz calma.
-Quero meus filhos. Por favor. -digo em desepero ela sai do quarto e eu começo a me mexer de um lado ao outro, será que eles estão seguros.
A porta se abre de novo dessa vez vejo o cara que me salvou segurando um pacotinho rosa e uma enfermeira vindo com um azul. Eles são colocados nos pequenos bercinhos e tento me levantar para chegar perto deles mas o ca
"Diogo"Como é bom voltar pra casa. Assim que o jatinho pousou na minha cidade e respirei o ar quente, foi a melhor coisa que me aconteceu nesses últimos dias.Escuto o resmungo baixo da pequena em meu colo, praticamente veio o voo todo dormindo em meus braços. Não sei porque, mas gosto de ter ela juntinho comigo, esse bebê me mantém mais calmo.-Vamos enfrentar a fera maninho. -Maila diz ao meu lado.Olho para frente vendo meu pai, meu irmão e um homem moreno. Ele parece latino, com toda certeza não é daqui, desconfiado ando em direção a eles ainda com o pequeno bebê nos braços.-Você tem muito a nos explicar moleque. -meu irmão me abraça de lado mesmo brigando comigo. -De quem é essa bebê? Oi coisa linda.Ele já pega a bebê de meus braços e faço cara feia. Ela estava confortável aqui, porque tinha que mexer.-Uma das meninas que resgatei estava grávida
"Manu"Já faz dois dias que estamos em Roma, na casa de mafiosos. A família Wolker é como qualquer outra, cheia de brincadeiras e brigas, agitada e bagunceira.As mulheres da casa tem me ajudado muito com os gêmeos e tudo mais, me enchem de presentes para os dois e até pra mim.Mas o que vem me deixado meia encabulada é a demora para os exames de DNA que o senhor Ruan mandou fazer.Ele parece uma pessoa legal, gosta dos meus filhos, apesar de ser um gangster. As vezes me esqueço que essa família não é totalmente normal.-Menu? -aquela voz que vem atormentando meus pensamentos. Devo estar divagando de novo em meu mundo.-Manu. Tá tudo bem? -olho para o lado encontrando aqueles olhos azuis, minha respiração fica presa na garganta por ve-lo de tau forma.Usa uma bermuda e camisa regata, seus cabelos estão levemente bagunçados e há um sorriso em seus lábios.
"Manu"Todos estão sentados na sala como se nada tivesse acontecido, os mais assustados com tudo isso sou eu, Meri e Liza, os outros agem normalmente.-Está decidido, Manu e os gêmeos vão pra minha casa com Jinger e Davi. -escuto a voz de Diogo e levanto o olhar, enclino a cabeça para olhar melhor o homem alto com um sorriso largo no rosto.-Seria melhor que meus filhos fiquem em minha casa, afinal quero me aproximar deles. -Ruan fala me encarando, estou dando de mamar para Apolo sentada em um dos grandes sofás de sala.-Vai poder ir ve-la quando quiser, só que ela vai pra minha casa e pronto. -eles se encaram como se fossem se matar. Laura e Sebastian seu marido tem sorrisos enormes nos rostos que considero suspeito.-Deixe ela ficar com meu irmão, fomos descuidados de deixar todos juntos, se fizer isso agora tamb&eacut
"Diogo"Ter Manu por perto foi a melhor ideia que consegui ter desde que coloquei meus olhos sobre ela naquele dia.Quando senti seus lábios macios em contato com os meus foi a melhor sensação do mundo, nunca havia sentido tal coisa antes, nem mesmo em meus sonhos.Desde que segurei os bebês quando eles nasceram, ou quando a carreguei nos braços para todos os lados, meu coração já parecia estar querendo ela.Agora aqui deitado ao seu lado enquanto ela dorme tranquila depois de um dia cansativo fico imaginando o que fiz para merecer essa paz e serenidade.-Se continuar a me olhar assim não irei resistir. -escuto sua voz baixa e rouca de quem acaba de acordar.-É que você é muito linda quando dorme. -digo somente passando a mão em seus cabelos longos e macios.-Pare com isso. -diz se sentando é despreguiçando -Devo estar parecendo um zumbi.Dou risa
"Gael"Parado em frente a casa de Diogo não sei o que fazer, ele me mandou vir falar com ela mas não sei como falar com ela depois de tudo que fiz para magoa-la.Eu tinha que ser um desgraçado mesmo, porque não consigo me expressar direito. Falei todas aquelas merdas para a única mulher que me fez sentir uma coisa diferente desde sempre.Passo as mãos pelos cabelos antes de descer do carro e subir até a porta da casa batendo duas vezes na porta, me viro nervoso já desistindo.Quando vou sair vejo uma menina morena bonita me encarar assim que a porta se abre, deve ser a moça que me falaram sobre, os caras falaram que ela deixou Diogo de quatro.-Oi, a Jinger tá aí? -pergunto e ela me olha atenta, depois me avalia e ergue uma sobrancelha.-Está, mas não quer falar com voc&ecir
"Diogo"-Recolhemos o material genético para o exame. -um dos caras diz e confirmo com a cabeça entrando no quarto onde os dois caras foram levados para serem cuidados.Assim que entro vejo meu pai, meu irmão, o senhor Garbonera e meus cunhados, todos encarando os dois caras machucados, um deles deve ser um moleque.-Voltei família, o material foi recolhido. Vamos as perguntas. -sento ao lado da cama do cara que se diz Gustavo Meaty.-Só irei falar com você, não gosto desses caras. -Gustavo fala assim que me sento e sorrio.-Bom se você for mesmo quem diz ser terá que gostar deles pois seram sua família. -digo alto e todos abrem um sorriso. -Sou Diogo, seu nome é Gustavo Meaty e qual o do moleque?-Cazzo. Sim, esse é meu nome. -ele parece pensar olhando para o rapaz que aind
"Manu"Jinger estava conversando com um cara muito bonito la na sala, Gael. Se ele for mesmo pai de Davi ela está no lucro, o homem bonito da porra.Meus bebês, nem tinham uma semana de vida e já tinham vivido várias aventuras, nasceram em uma van, andaram de ambulância pro hospital, fugiram do hospital, andaram de avião e até já ficaram no meio de tiros.Sorri olhando as roupinhas que Diogo havia comprado, um exagero. Não tem como eles usarem tudo isso, vão crescer e as roupas não vão caber mais.Sorri como uma boba ao lembrar que dormimos juntinhos ontem, assim como nos outros dias que estive na casa ou seja ele deve estar interessado em mim.Eu também estou interessado nele, mas ainda tenho um pouco de medo do que esta por vir em meu futuro.Meus bebês vão completar uma semana de vida. Nesses dias tenho ficado na cama ou com os bebês, é preciso ficar de repouso por isso Diogo
"Manu"Acho que desde semana passada quando a casa de Diogo foi atacada eu não me sinto bem aqui dentro. Tudo me lembra o ataque, quase não entro no quarto dos gêmeos por lembrar de todo o sangue no chão.-Ei, tenho uma surpresa pra você. -me assusto com a voz de Diogo atrás de mim, não vi quando ele chegou atrás de mim, nem notei sua presença.-Quer me matar do coração. Não apareça do nada. -digo com a mão no peito, toda essa loucura de irmãos, pai, mortes, máfias e gangues tem me deixado um pouco perdida em meu mundinho.-Desculpa linda. -ele beija minha cabeça me abraçando, então apoia o queixo em minha cabeça e fico parada em seus braços, o único lugar em que realmente me sinto segura nos últimos dias é nesse abraço.