Ah, que dia lindo! Dá para perceber que hoje eu já acordei de bom humor apenas ao lembrar de Helena e do beijo que dei nela. Será que foi o primeiro dela? Achei-a tão inexperiente no beijo e, mesmo sendo tão inexperiente, foi o melhor beijo que já dei na vida toda. Aí vocês me perguntam: “Nossa, Theo, você já namorou muito?” Não, mas já dei alguns beijos e alguns amassos, nada a mais, justamente porque estou me guardando para a minha companheira. Sempre achei a união feita pela Deusa Luna sagrada, até ela me dar Helena como companheira e eu a rejeitá-la. Não posso negar que, após o beijo de ontem, eu fiquei meio balançado. Só que não posso me deixar levar por esses sentimentos ou até mesmo por esses desejos; tenho que me concentrar no meu plano. Ela tem que voltar para mim e, depois, eu lhe despedaço o coração. Será que ela está sentindo esse desejo também? Tenho que deixar isso para lá e levantar logo dessa cama para fazer aquilo que minha obrigação como alfa exige. Agora que meus pai
Viro-me e à minha frente tem um homem que não é daqui da nossa alcateia. Ele fica me olhando como se eu fosse alguém conhecida para ele, me encara e tenta chegar perto de mim. Rania rosna para ele e ele diz: — Nossa, lobinha, meu chefe vai ficar feliz da conta quando souber que eu te encontrei. — Ele diz, chegando perto e querendo colocar suas mãos em meus pelos, e eu rosno mais alto para ele, mostrando minhas presas. — Calma, lobinha, não vou te fazer nenhum mal, não. Só vou te levar para alguém que vai amar te fazer mal. Vem aqui, lobinha, vem. Estou me preparando para atacá-lo quando Theo pula, se colocando entre mim e ele. Só pode ser brincadeira! O que será que esse cara está fazendo aqui? Será que ele me seguiu? Agora tenho que fingir ser frágil, uma loba fraca, senão meu segredo já era. E só espero que esse lobo não abra a boca e fale demais, senão não irei me importar em arrancar a cabeça dele. Porque se tem alguém que não quero que saiba sobre mim, esse alguém é Theo, esse
— Essa é a realidade: eu tenho namorado e o am... Não deixo ela terminar de dizer que ama o tal namoradinho dela; trato logo de virá-la de frente para mim e a beijo, calando a besteira que ela ia falar. Ela tenta me afastar, empurrando meus ombros, mas não consegue nem me mover um centímetro. Essa luta dela toda vez que eu beijo é vã. A puxo mais para perto de mim e ficamos quase fundindo um no outro de tão perto que estamos. Coloco uma mão na sua cintura e a outra eu coloco na sua nuca, tocando em seus cabelos e puxando sem força, só para ela saber que eu sou quem está no comando. Aprofundo mais o beijo e ela, mais uma vez, cede ao beijo. Queria poder passar a eternidade beijando-a, mas tenho que parar porque já estou sem fôlego. Quando me afasto dela, sinto minha bochecha arder de um tapa que recebo dela, e que o omegazinha que tem força! Fico sem reação. Após ela me bater, ela aproveita a minha distração e foge. O que me deixa encabulado é que, em vez de ficar com raiva pelo que
Corro como se minha vida dependesse disso. Cheguei em casa em questão de segundos, só que é como se eu tivesse corrido uma hora ou até mais. Ao chegar, entro em casa, fecho a porta, vou até o sofá, me sento e só então respiro. Coloco as mãos em meus cabelos e tudo começa a passar pela minha cabeça. Meu coração falta saltar pela boca de tão rápido que estão as batidas. Como ele pode me beijar de novo? Como eu deixei ser beijada daquela forma? Acho que, se não tivéssemos dado espaço para respirar, teríamos atacado um ao outro lá mesmo. Por que aquele idiota tem que ter um beijo tão bom? Como posso ficar fascinada com um gesto tão pequeno? E, pensando no beijo, minha ficha cai. — Eu bati nele? — Pergunto-me, abismada com a minha coragem de ter batido no meu futuro Alfa e meu ex-companheiro. — Sim, eu realmente bati nele, e foi bem forte. Uso agora as palavras de um pensador, Jhunner Luz: “Nem sei se choro ou se sorrio... sei lá, está tudo estranho mesmo”. Tudo está estranho. No dia da m
Após aquele dia na floresta, não vi mais Helena. Isso já faz uma semana. Já fui a todos os lugares onde sei que ela é acostumada a frequentar com seus amigos e nada. A única que vejo é Ana, futura companheira de Henry, e às vezes ela está acompanhada de Antony, o tal namoradinho de Helena. Mas nada dela. Uma semana sem vê-la já está até me preocupando. Tenho medo de algo ter acontecido com ela, pois ela sumiu logo após ver aquele homem na floresta. Onde será que aquela garota se meteu? Da alcateia, eu sei que ela não saiu, pois nenhum dos meus soldados a viu. Meu mau humor está à flor da pele. Sem notícias daquela garota, além de não saber nada dela, tenho que suportar a Vanessa enfiada aqui na minha casa, enchendo o meu saco. Sério, parece que essa menina foi feita e enviada para testar a minha infinita paciência, que, com o sumiço de Helena, está quase no limite. Já conversei com Valentina e disse que não quero mais ver Vanessa por aqui, achando que a casa também é dela. Falei que,
Estou vivendo no paraíso: uma semana trancada em casa, uma semana sem ver ninguém, sem ser incomodada, somente eu e minhas séries. Termino uma e já começo outra. O ruim de só ficar em casa é que a comida acaba mais rápido do que o previsto. Mamãe deixou comida para um mês e eu já devorei tudo em menos de duas semanas. Creio que já aumentei uns cinco quilos só nesses dias. Não tem coisa melhor do que acordar, comer, assistir e dormir de novo. E no outro dia, tudo começa novamente. Creio que já estou na minha quarta série do tanto que estou assistindo rápido. Tem delas que assisto só em um dia, e nesse dia eu durmo tarde e no outro acordo mais tarde ainda. Ana e Tony me mandam mensagens diariamente perguntando como estou, como está a viagem, e eu sempre respondo que está bem melhor impossível. Odeio ter que mentir para eles, mas não quero colocá-los em perigo. Se algo acontecer e eu estiver só, posso me defender bem, mas se estiver com mais alguém, aí teria que me preocupar com eles. P
Em casa, esse tempo todo, ela esteve em casa, uma semana sem notícias, me preocupando e imaginando coisas horríveis. Mas ela estava em casa esse tempo todo, curtindo as férias. Só pode ser brincadeira daquela garota, mas graças a Deus está tudo bem com a minha mulher, que só me preocupei à toa. — Ah! Agora ela é tua mulher, né? Por que não pensou nisso antes de ter feito ela passar pelo que ela passou, hein? — Meu lobo reclama comigo. — Sério, Ryler, até quando eu me preocupo com ela, que fico doido sem notícias, você vem falar asneira. — Só que se você não tivesse caído na besteira de rejeitar ela, ela não teria desaparecido, porque estaríamos ao lado dela agora. Sabe-se lá qual foi o motivo que ela teve para se esconder em casa e ainda mentir para todos. — Ele fala, se achando todo na razão. — Tá, pare de falar e vamos logo lá ver a “nossa companheira”, como você gosta de chamá-la. — Vamos sim! Mas não negue que você já está mais que satisfeito de saber notícias dela, e isso tem
Eu queria ter como pausar o tempo para continuar aqui com ela, aproveitando e provando seu beijo. O beijo de Helena é simplesmente fascinante. Quanto mais a beijo, mais vontade tenho de continuar provando seus lábios! Começamos o beijo lento e, aos poucos, fomos aprofundando. Pego em sua cintura e a puxo mais para perto do meu corpo, e escuto ela soltar um gemido quando toco em sua nuca, puxando seu cabelo. Desço o beijo até o seu queixo e lhe dou uma mordida de leve, deixo leves chupadas pelo seu pescoço e ela geme, e isso só me deixa mais louco ainda. Meu plano era fazer ela se apaixonar por mim e não ao contrário, mas é impossível ficar perto de Helena e não a querer mais e mais. Ela conseguiu me conquistar sem nenhum esforço; acho que só com um olhar dela eu já tinha me apaixonado, mesmo sem saber que ela era a minha companheira. Sim! Ela é a minha companheira, e não posso mais negar isso. Como consegui ser tão estúpido em pensar que poderia desistir dos planos que a Deusa Luna te