— Essa é a realidade: eu tenho namorado e o amo... Não deixo ela terminar de dizer que ama o tal namoradinho dela; trato logo de virá-la de frente para mim e a beijo, calando a besteira que ela ia falar. Ela tenta me afastar, empurrando meus ombros, mas não consegue nem me mover um centímetro. Essa luta dela, toda vez que eu a beijo, é vã. A puxo mais para perto de mim e ficamos quase fundindo um no outro, de tão perto que estamos. Coloco uma mão na sua cintura e a outra na sua nuca, tocando em seus cabelos e puxando sem força, só para ela saber que sou eu quem está no comando. Aprofundo mais o beijo e ela, mais uma vez, cede ao beijo. Queria poder passar a eternidade beijando-a, mas tenho que parar porque já estou sem fôlego. Quando me afasto dela, sinto minha bochecha arder por causa de um tapa que recebi dela, e o que me mostrou é que ela tem muita força! Fico sem reação. Após ela me bater, aproveita a minha distração e foge. O que me deixa encabulado é que, em vez de ficar com
Corro como se minha vida dependesse disso. Cheguei em casa em questão de segundos, só que é como se eu tivesse corrido uma hora ou até mais. Ao chegar, entro em casa, fecho a porta, vou até o sofá, me sento e só então respiro. Coloco as mãos em meus cabelos e tudo começa a passar pela minha cabeça. Meu coração falta saltar pela boca de tão rápido que estão as batidas. Como ele pode me beijar de novo? Como eu deixei ser beijada daquela forma? Acho que, se não tivéssemos dado espaço para respirar, teríamos atacado um ao outro lá mesmo. Por que aquele idiota tem que ter um beijo tão bom? Como posso ficar fascinada com um gesto tão pequeno? E, pensando no beijo, minha ficha cai. — Eu bati nele? — Pergunto-me, abismada com a minha coragem de ter agredido meu futuro Alfa e meu ex-companheiro. — Sim, eu realmente bati nele, e foi bem forte. Uso agora as palavras de um pensador, Jhunner Luz: “Nem sei se choro ou se sorrio... sei lá, está tudo estranho mesmo.” Tudo está estranho. No dia da mi
Após aquele dia na floresta, não vi mais Helena. Isso já faz uma semana. Já fui a todos os lugares onde sei que ela costuma frequentar com seus amigos e nada. A única que vejo é Ana, futura companheira de Henry, e, às vezes, ela está acompanhada de Antony, o tal namoradinho de Helena. Mas nada dela. Uma semana sem vê-la já está até me preocupando. Tenho medo de algo ter acontecido com ela, pois ela sumiu logo após ver aquele homem na floresta. Onde será que aquela garota se meteu? Da alcateia, eu sei que ela não saiu, pois nenhum dos meus soldados a viu. Meu mau humor está à flor da pele. Sem notícias daquela garota e, além de não saber nada dela, tenho que suportar a Vanessa enfiada aqui na minha casa, enchendo o meu saco. Sério, parece que essa menina foi feita e enviada para testar a minha infinita paciência, que, com o sumiço da Helena, está quase no limite. Já conversei com a Valentina e disse que não quero mais ver a Vanessa por aqui, achando que a casa também é dela. Falei
Estou vivendo no paraíso: uma semana trancada em casa, uma semana sem ver ninguém, sem ser incomodada, somente eu e minhas séries. Termino uma e já começo outra. O ruim de ficar só em casa é que a comida acaba mais rápido do que o previsto. Mamãe deixou comida para um mês e eu já devorei tudo em menos de duas semanas. Creio que já aumentei uns cinco quilos só nesses dias. Não há coisa melhor do que acordar, comer, assistir e dormir de novo. E no outro dia, tudo começa novamente. Creio que já estou na minha quarta série do tanto que estou assistindo rápido. Tem algumas que assisto só em um dia, e nesse dia eu durmo tarde e, no outro, acordo mais tarde ainda. Ana e Tony me mandam mensagens diariamente perguntando como estou, como está a viagem, e eu sempre respondo que está tudo ótimo, pois estou com meus pais. Odeio ter que mentir para eles, mas não quero colocá-los em perigo. Se algo acontecer e eu estiver só, posso me defender bem, mas se estiver com mais alguém, aí terei que me
Em casa, esse tempo todo, ela esteve em casa, uma semana sem notícias, me preocupando e imaginando coisas horríveis. Mas ela estava em casa esse tempo todo, curtindo as férias. Só pode ser brincadeira daquela garota, mas, graças a Deus, está tudo bem com a minha mulher, com a qual só me preocupei à toa. — Ah! Agora ela é tua mulher, né? Por que não pensou nisso antes de fazê-la passar pelo que passou, hein? — Meu lobo reclama comigo. — Sério, Ryler, até quando eu me preocupo com ela, que fico doido sem notícias, você vem falar asneira. — Só que, se você não tivesse caído na besteira de rejeitá-la, ela não teria desaparecido, porque estaríamos ao lado dela agora. Sabe-se lá qual foi o motivo que ela teve para se esconder em casa e ainda mentir para todos. — Ele fala, se achando dono da razão. — Tá, pare de falar e vamos logo lá ver a “nossa companheira”, como você gosta de chamá-la. — Vamos sim! Mas não negue que você já está mais do que satisfeito em saber notícias dela, e isso te
Eu queria ter como pausar o tempo para continuar aqui com ela, aproveitando e provando seu beijo. O beijo de Helena é simplesmente fascinante. Quanto mais a beijo, mais vontade tenho de continuar provando seus lábios! Começamos o beijo lento e, aos poucos, fomos aprofundando. Pego em sua cintura e a puxo mais para perto do meu corpo, e escuto ela soltar um gemido quando toco em sua nuca, puxando seu cabelo. Desço o beijo até o seu queixo e lhe dou uma mordida de leve, deixo leves chupadas pelo seu pescoço e ela geme, e isso só me deixa mais louco ainda. Meu plano era fazer ela se apaixonar por mim e não ao contrário, mas é impossível ficar perto de Helena e não a querer mais e mais. Ela conseguiu me conquistar sem nenhum esforço; acho que só com um olhar dela eu já tinha me apaixonado, mesmo sem saber que ela era a minha companheira. Sim! Ela é a minha companheira, e não posso mais negar isso. Como consegui ser tão estúpido em pensar que poderia desistir dos planos que a Deusa Luna te
Dormi que nem percebi; estava sonhando com minha loba correndo em um campo cheio de girassóis. A cor dos matos estava viva, e isso só deixava o campo de girassóis mais bonito ainda. Vi um lindo rio com cachoeira, e minha loba estava ainda mais alegre; ela salta e corre como se não se cansasse. Quando estávamos chegando ao final do campo de girassóis, eu vi um lobo preto de olhos vermelhos me encarando. Minha loba nem pensou duas vezes antes de correr até ele. Ao nos ver correndo, ele também correu em nossa direção, e quando paramos frente a frente, um do outro, ele colocou seu focinho no da minha loba e roçou sua cabeça na dela. Rania, fazendo charme, saiu correndo na frente dele, e logo ele a seguiu. Corremos entre os girassóis e ficamos em frente ao rio. Minha loba se deitou, e ele veio e deitou na barriga dela. Rania passou a pata na cabeça dele como um gesto de carinho. Ele deitou de barriga para cima, chamando minha loba para fazer mais carinho nele. Ela levantou e esfregou a ca
Quando saí, ouvi ela trancar a porta e comecei a rir como um bobo. Ela realmente não quer dar chance para eu voltar para dentro da casa dela. Entro no carro e fico parado, olhando para a casa dela e tentando compreender tudo o que ela disse. Ainda não consigo acreditar em tudo. Sei que ela deve estar mentindo ou ocultando algo, e se ela estiver ocultando, deve ser algo que ou ela tem vergonha ou medo. Menti para ela quando disse que não estava dormindo, porque dormi sim e tive um sonho maravilhoso com nossos lobos em um campo florido, com umas flores amarelas que acredito que eram girassóis. Corremos um do lado do outro até chegar a um rio com uma cachoeira. Primeira, a loba branca de Helena, com a cor dos olhos mais lindos que já vi, parecendo duas pedras de ametista. Ela se deitou e Ryler colocou a cabeça em sua barriga e recebeu carinho da pata dela, só que isso não o deixou satisfeito e logo ele pede mais carinho. Ela levantou enquanto ele virou com a barriga para cima e ela enten