Estava tudo ocorrendo bem. Tivemos um bom almoço e, depois do almoço, fomos para o shopping. Eu jurei que minha oncinha teria a tarde que tanto queria por ficar trancada em casa por mais de um mês, mas não; tinha que acontecer algo para atrapalhar. Quando Vanessa entrou na loja, eu já sabia que ela iria aprontar, mas tudo ficou pior quando os olhos de Helena mudaram para a cor dos olhos da sua loba e a sua voz ficou de uma forma que parecia duas pessoas falando. Quando percebi que daria ruim, tentei correr para impedir Helena/Rania de quebrar o pescoço de Vanessa, pois sei que ela iria se sentir culpada por agir na hora da raiva. Mas, com uma ordem, ela fez com que nos voltássemos para o lugar em que estávamos e ficamos presos por uma força poderosa; não conseguimos nem mexer os braços de tão forte que foi a força. — Meu amor, olha para mim. — Eu a chamei e nada. Dá para ver a raiva que ela está de Vanessa, mas tenho que agir antes que seja tarde e que não tenha volta. Tenho que dar
Eu nasci para ser Luna. Não consigo ver outra coisa que caia melhor em mim do que governar, e ainda mais se eu me tornar Luna do Lobo dos Lobos, para me tornar a companheira de Theo. Eu tive que passar por muitas coisas, e vou contar um pouco da minha trajetória até hoje. Meu nome é Vanessa; sim, sou a vilã da história, se é isso que contam por aí. Eu nunca amei Theo; muito pelo contrário, sempre fui apaixonada por Antony. Aquele garoto mexe comigo de uma forma tão absurda que, por causa dessa paixão, eu comecei a odiar Helena. Meu sentimento por ele começou quando, um dia, eu estava correndo no corredor da escola que dava para minha sala de aula e escorreguei. Quando pensei que iria cair de cara no chão, alguém pegou minha mão e me puxou, me girando. Quando parei de girar, eu estava praticamente abraçada nele, e pelo meu corpo passou uma sensação de eletricidade. Afasto Antony para longe de mim; não queria sentir isso por ele. Não, eu tinha que gostar era do futuro Alfa, isso sim. Ma
Tivemos uma tarde muito agradável. Depois das compras, fomos para a lanchonete do shopping, comemos e depois fomos ao cinema assistir a um filme. Após uma votação, onde quatro pessoas queriam assistir a um filme de ação ou até mesmo uma comédia, e três queriam romance, perdemos por três a quatro. A verdade é que eles ganharam, mas não queriam irritar as namoradas. Sentamos Ana entre eu e Valentina, Theo ao meu lado, e Tony entre Artur e Henry. Como o cinema estava quase vazio, ficou perfeito. Eu e as meninas estávamos amando o filme, enquanto as crianças que estavam conosco quase nos fizeram ser expulsas do cinema. Eles começaram a jogar pipocas uns nos outros e, como estávamos no meio, acabamos cheios de pipocas. Quando o filme acabou, nos despedimos de Ana e Tony e fomos para casa. Quando Theo abriu a porta para eu entrar no carro, antes de entrar, vi Ana se despedindo das pessoas e dando um abraço em Henry. — Ele ganhou o dia com esse abraço. Como você acha que ela vai agir amanhã
Chegamos à festa e eu logo procuro a Ana; já a encontro na pista com o Tony. Vou até eles e abraço os dois; é como se estivesse vivendo um momento nostálgico, pois sempre comemoramos o aniversário um do outro juntos. — Como está a aniversariante mais linda de toda a alcateia? — pergunto à aniversariante. — Feliz porque a amiga mais maravilhosa dela chegou! Nós nos abraçamos novamente e os outros se aproximam de nós. — Parabéns, Ana! Felicidades! — diz Theo, segurando minha cintura por trás e me puxando para ele. — Parabéns, Aninha! Que a Deusa te conceda todos os teus desejos e que hoje você possa conhecer seu companheiro e ser feliz com ele — diz Valentina. E, na hora em que ela fala sobre o companheiro, Henry se engasga e começamos a rir dele. Minha amiga fofa, do jeito que é, não entende nada que a envolva. Ela se aproxima dele, passando as mãos em suas costas; ele pega a mão dela e deposita um beijo. — Parabéns, Ana. Te desejo toda a felicidade do mundo — diz ele, com a voz
É hoje o grande dia, o dia em que minha lobinha irá descobrir que eu sou o seu companheiro, que ela é o presente que a Deusa Luna me deu para amar e cuidar até o último dia da minha vida. Este mês que passou foi maravilhoso; desde que Helena começou a morar aqui na casa da alcateia, tudo mudou. Theo está mais alegre, mais comprometido com os deveres de Alfa, e o que melhorou para mim é que vejo mais Ana. Ela vem aqui diariamente para ver a amiga dela, e eu, que não sou besta nem nada, aproveitei para me aproximar mais dela. Nós nos tornamos, por assim dizer, “amigos”. Lembro do primeiro dia em que ela veio aqui; escutei uma conversa dela com Antony e Helena. Ela dizia ter medo de encontrar seu companheiro e sofria por ele não ser o homem de quem ela estava apaixonada e, nessa hora, meu coração quebrou em vários pedaços por imaginar que já tinha alguém de quem ela gostava. Senti até uma lágrima descer em meu rosto. Já estava até armando tudo em minha cabeça: se ela realmente gosta de o
Creio que, por estar tão ansioso, o dia passou muito devagar. Só queria que chegasse logo a hora da festa para eu matar a saudade da minha lobinha. Nem acreditei quando deu a hora de ir para a festa. Vou para o banheiro e tomo uma ducha. Começo a me arrumar e, então, visto uma camisa de gola V de manga longa da cor azul-marinho, uma calça jeans clara. Puxei a manga da camisa até a altura do cotovelo e, claro, não podia esquecer do perfume. Desço e encontro todos na sala. Valentina b**e palmas e diz que, se eu ainda não consegui conquistar o coração da minha mulher, com esse visual ela vai cair de joelhos aos meus pés. Não quero que chegue a tanto, só quero estar bonito para ela. Saímos de casa: em um carro vão Artur e Tina, e no outro, Helena e Theo. Eu vou no meu, sozinho. Ao chegar no local da festa, fico um pouco no carro respirando. Parece que minha ficha está caindo agora. Eu criei tanta expectativa para esse dia que agora não sei nem como agir. Saio do carro, respiro fundo mais u
Eu não sei o que está acontecendo que está deixando Helena tão agitada. Mal começamos a namorar e ela já vem com essa história de que temos que pensar no futuro. O que ela pensa? A única coisa que quero pensar é em ter ela aqui do meu lado, de construirmos uma família juntos. Quero poder acordar diariamente e ter ela ao meu lado, que ela seja minha primeira e última mulher. Estou vendo que ela está inquieta; já tem umas semanas que ela está assim. Ontem, quando ela me perguntou se eu vi algum homem estranho na festa e eu disse que não, ela falou que pode ter sido coisa da sua cabeça. Mas eu me conectei com o líder dos soldados e pedi para ele vasculhar o lugar todo atrás de alguém desconhecido, e eles não acharam nada. Mas sei que isso não é imaginação dela, só que não posso deixá-la assim. Ela não pode ficar tão agitada uns dias antes da nossa coroação. Quero que, quando chegar o dia, ela esteja relaxada e que ela se lembre desse dia como o melhor de nossas vidas, que possamos contar
Chego ao quarto e Helena está só de toalha, passando creme em sua pele. Eu fico admirando essa beleza rara à minha frente. Ela não percebeu minha presença, então eu caminho devagar até chegar perto dela e lhe dou um cheiro no pescoço. Ao se afastar, ela me dá uma cotovelada nos Países Baixos. Eu tenho que me ajoelhar de tanta dor; sei que é passageira, mas dói para cacete. Quando ela vira, me olha assustada e parece que só agora viu quem era. Sem vergonha, em vez de me ajudar, começa a rir da minha dor. Levanto a mão pedindo só um minuto, pois ainda não consigo nem falar nada por conta da dor na minha parte baixa. — É um ogro mesmo! Onde já se viu chegar tão calado assim e ainda me agarra por trás? — Ela fala quase chorando de tanto rir. — Tu que está desligada! Eu cheguei, abri a porta e você desligou, e ainda prejudica o meu carregador de filhos. — Carregador de filhos? — Ela pergunta sem entender. — Sim, Helena — digo, apontando onde ela bateu. Ela fica vermelha na mesma hora