Prólogo - cont.

Suas amigas sempre mexiam com ela dizendo que perderia o bom da vida. E talvez ela perdesse mesmo algumas coisas aqui e ali, mas com certeza encontraria outras no lugar que seriam tão boas quanto as que ela perdesse.

Era só saber esperar. Ter calma que cada coisa acontecia no seu tempo certo.

Mas em respeito á educação recebida dos pais, achava que deveria se formar antes de perder a cabeça com homens. Entretanto, seu corpo pedia que ficasse com Luís. A atração era forte demais e ela vinha se segurando desde o primeiro dia.

Não iria ficar virgem para o resto da vida. Se era para começar, que fosse com alguém como ele, que a atraía muito, era gentil e educado.

_ Não quero me separar de você – ele acariciou seu rosto _ Não quero que isso acabe.

_ Eu também não – ela mordeu o lábio.

Ele levantou e deu a mão para ela. Sorriu quando pegou sua mão e subiram abraçados para a suíte. Assim que fechou a porta ele a prendeu contra a parede e a beijou quente e demorado, se esfregando nela para que sentisse como estava excitado.

Eliana sentia o corpo derreter por dentro. Estava acontecendo e ela só conseguia pensar em estar com ele pra sempre. Luís era o homem que despertava o desejo em seu corpo e sua mente.

_ Eu quero você agora, Eliana – puxou-a para dentro _ Tudo bem?

_ Tudo bem – ela repetiu olhando para a cama de casal.

Eles voltaram a se beijar e aos poucos as roupas foram sendo largadas no piso do quarto, enquanto se acariciavam. Sentiu os dedos dele se enroscarem em sua calcinha e ela segurou sua mão.

Estava com um pouco de receio. 

_ Não quero que se decepcione – engoliu em seco _ Nunca fiz sexo antes.

Ele congelou por um instante. Não podia ser tão sortudo. Porém não iria reclamar.

Ela tinha sido uma surpresa maravilhosa em seu caminho. Quando chegou ali só queria poder ser feliz por uns dias, mas agora ao lado dela sentia que isso poderia durar muito e muito tempo.

_ Eu vou ser cuidadoso – acariciou seu cabelo _ Não fique com medo.

_ Não estou. Só um pouco nervosa.

_ Confie em mim – correu o dedo nos lábios dela _ Quero você pra sempre.

E ele foi calmo e carinhoso com ela como disse.

Não havia porque perder a chance de curtir esse momento da forma certa.

Era a primeira vez dele também com uma garota que realmente o queria e não seu nome. Eliana sabia que ele era um cara normal, não sabia de seu passado e ainda assim o queria para ser seu primeiro amante.

Algo no fundo de seu peito o encheu de orgulho e sua mente registrou que não queria ser só o primeiro. Queria continuar sendo e queria que ela sentisse o mesmo por ele.

A melhor coisa tinha sido chegar ali anônimo. Não ter o peso de seu sobrenome era a melhor saída. Assim poderia saber quem gostava dele de verdade, não do que poderia comprar.

Júlio fez amor com ela devagar, seduzindo-a com as mãos e com a boca, arrancando suspiros e gemidos que também lhe causaram arrepios. Quando a penetrou foi como se sua alma finalmente encontrasse o que buscava.

E durante aquela noite ele se perdeu no corpo dela e fizeram amor mais duas vezes até a madrugada chegar.

Eles foram carinhosos, apaixonados e até delicados um com o outro. Foi algo muito diferente do que ele estava acostumado e ela muito mais. Júlio estava acostumado com mulheres mais experientes e ela lhe mostrou uma faceta que o deixou encantado.

Fizeram alguns planos para os dias que ainda viriam até que eles caíram no sono abraçados.

Felizes e realizados por terem se encontrado.

**********

Eliana acordou com o barulho de um celular que não parava.

Sentou na cama atordoada e levou um tempo para se encontrar naquela cama estranha e no quarto escuro. Ficou um tempinho perdida por causa do sono. Então a luz se acendeu e ela viu Luís andando de um lado para outro pelo quarto, parecendo nervoso e preocupado.

_ Meu Deus – passou a mão pelo cabelo _ E como ela está?... Sei, eu entendo...

Ele parecia muito agitado e isso a deixou alerta.

_ O que houve? – perguntou e ele levantou o dedo para que esperasse.

_ Não, eu vou agora mesmo pegar o jato – pausou _ Faça o possível para ajuda-lo, por favor! – ele desligou o celular nervoso e parou em frente a ela _ Tenho que ir embora urgente – respirou fundo _ Meus pais sofreram um acidente de carro e estão sendo operados enquanto falamos – segurou a vontade de gritar.

_ Oh, meu Deus! – ficou ajoelhada na cama _ Que horrível, eu sinto muito – viu que ele estava indeciso _ Você precisa ir agora, eu entendo – saiu da cama e pegou a roupa espalhada pelo chão e se vestiu _ Posso ajudar em algo? – ele começou a jogar as roupas dentro das malas _ Luís – chamou e ele não respondeu _ Luís? – chamou mais alto.

_ Ah, desculpe – balançou a cabeça _ Eu vou te levar em casa.

_ Não precisa. Eu chamo um táxi. Vá para o aeroporto – tocou o braço dele.

Sua pele estava fria e levemente trêmula. Não queria que ele perdesse mais tempo em ir ajudar a família por causa dela. Era capaz de pegar um táxi sozinha.

_ Eu sinto muito – ele disse perturbado _ Vou ligar pra você assim que possível - engoliu em seco.

Ela sentiu o medo chegar e grudar em seu corpo, mas não era o momento de insegurança e cobranças. Ele estava visivelmente transtornado. Se fosse com ela também ficaria louca de ansiedade para chegar em casa e ver os pais.

_ Eu sei que vai – se forçou a dizer e o abraçou _ Espero que fiquem bem. E quando der me ligue. Espero que tudo fique bem.

Ela não sabia que era a última vez que o veria. E mesmo se soubesse, o que poderia fazer?

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