Marcos Albuquerque.— Você não tem noção do quanto foi difícil mentir para minha morena. Acredita que ela reparou até na minha roupa? — resmungo enquanto Luís dirige pelo trânsito carioca.— Tenho certeza que sim. A Ana é do mesmo jeito. Chegamos. — Luís avisa e estaciona o carro em frente a uma joalheria no shopping que fica em frente à praia. Tivemos que vir nesse shopping para não termos o azar de encontrar com as meninas, que foram para o shopping do centro fazer as compras de Natal. A vendedora me mostra muitos anéis de compromisso, mas eu procuro algo delicado, que seja mais a nossa cara. A dias que venho pensando em pedi-la em casamento e acho que esse é o nosso melhor momento. Sim. Eu finalmente estou preparado para fazer isso e quero muito fazer isso. Escolho um par de alianças em ouro branco. Um solitário cravejado com pequenas pedras pra ela e uma simples pra mim. Passo alguns poucos segundos admirando a peça delicada em minha mão e com um suspiro, entrego a joia a vendedor
Estou dirigindo para o nosso lugar especial e confesso que a minha concentração aqui é quase zero. Os sintomas são... Coração batendo acelerado, mãos suando demasiado e respiração retida nos pulmões e para piorar, tem o seu perfume impregnado no ambiente que está me deixando louco. O trânsito está um pouco lento e isso só piora a minha situação. Olho rapidamente para minha morena, que parece pensativa e distante. Tem algo está perturbando a minha menina e eu só queria saber, por que ela não se abre comigo? O que vou fazer essa noite também está me deixando dando desconfortável. Eu sei que estou preparado e eu sei que é isso o que eu quero, mas e ela? É isso o que ela quer? Ela está preparada para esse momento? Sinceramente eu não sei, mas preciso me arriscar. Escuto seu suspiro audível e desperto a olhando rapidamente outra vez.— Você está tão distante — comento. Ela parece não me ouvir. Decido deixar o clima mais leve para nós dois. —Terra chamando Mônica! — chamo sua atenção para m
Mônica SampaioMarcos está especialmente nervoso hoje. Na verdade, ele está esquisito, parece esconder algo. Ele toma uma taça de vinho tão rápido quanto um copo d'água. Enquanto comemos e conversamos, o observo por um tempo. É algo bem sutil e eu posso até dizer, quase imperceptível, mas como ele mesmo vive me dizendo, eu o conheço como a palma da minha mão. Ele respira fundo algumas vezes e o seu olhar as vezes foge do meu, em outras vezes tamborila os dedos no tampo da mesa e quando me olha, parece que quer dizer algo. Na minha inquietude, resolvo perguntar logo de uma vez.— Você parece nervoso — comento.— Impressão sua querida, mais vinho? — oferece e eu faço não com a cabeça.— Prefiro uma água se não se importa.— Água? Notei que quase não tocou na sua bebida — diz olhando rapidamente a taça quase intocada — É... tá... Tudo bem? Como foi o seu dia? — pergunta com fingido desdém, mas eu posso sentir que tem um pouco de nervosismo em sua voz... Dou de ombros. Se ele soubesse.—
— Tenho uma surpresa para você também. — É agora o momento certo para lhe contar. Estou com medo, cheia de receios, mas eu sei, que é algo que eu preciso lhe contar. Marcos para os beijos cálidos em minha pele e se afasta, abrindo um sorriso lindo de menino, me olhando com aquele olhar travesso e me beija rapidamente. Ele aguarda que eu continue e eu suspiro nervosa.— Onde está? — Inquire especulativo.Me afasto um pouco mais do meu noivo e sobre o seu olhar curioso, pego a minha bolsa de mão que ficou largada no chão e com as mãos um pouco trêmulas, eu tiro de dentro o papel branco dobrado ao meio e lhe estendo, ficando séria. Marcos encara o papel em minha mão por um tempo, questão de segundos, eu acho, mas que para parecia uma eternidade. Então os seus olhos voltam a encarar os meus e com um sorriso que eu não sei descrever, ele pega o papel da minha mão e o abre com ansiedade. Estou com os nervos à flor do pano. Enquanto ele ler o papel, em pé na minha frente, um turbilhão de pen
Marcos AlbuquerqueDepois de pedir a mulher da minha vida em casamento e de receber a notícia que mudou a minha vida para melhor, não paro mais de sorrir. Bobo né? Eu sei. Sou mesmo um bobo apaixonado. Um pai bobão que sonha com a chegada do meu moleque. É isso mesmo. Já tenho certeza absoluta de que é um menino e estou tão ansioso que sempre que pego o meu notebook, só consigo acessar sites de compras para bebês. Já comprei umas dez revistas de pais & filhos, eu quero estar pronto para quando ele chegar. Sem falar que a Mônica vive empanturrada de comida. Claro que sim. Não quero que o meu menino sinta fome em momento algum. Não mesmo!— Ai meu Deus, não vejo a hora de pegar a minha bebê nos braços. — Mônica fala assim que sai do carro me tirando dos meus pensamentos malucos. Estamos indo para o aeroporto. Entrando nele na verdade para aguardar a chegada de Isabelly, Juliana e a tia Lupi que estão vindo passar o Natal conosco e quando as avistamos adentrando no imenso salão do aerop
A Ana e a Mônica eu até entendo, mas a Gisele? A família está grande. Muito grande. Antes éramos apenas eu, meus pais, meu irmão e a família dele e Luís e seus pais, agora acrescentamos a Ana e os gêmeos, a Mônica e a sua pequena família. De onde estou, observo todos animados, conversando e rindo, se confraternizando... A minha Amanda agora brinca com a Belly e com os gêmeos, não é mais a única pequena da família. Um sorriso enorme toma conta do meu rosto. Estou feliz pra cacete! Estou muito feliz mesmo! Antes os natais eram festas rotineiras para mim, eu me forçava a participar de cada festa por causa dos meus pais, era um saco me reunir com a família, mas agora tudo está diferente. Eu sinto um prazer imenso em estar aqui, com toda a minha família...Algumas horas depois, nos acomodamos a mesa e antes de começarmos o jantar, fazemos a rotineira oração de agradecimento. Coisas da minha mãe, ela diz que em 365 dias temos muito para agradecer a Deus. Bom, em particular, eu tenho muito o
Mônica SampaioMinha semana foi uma loucura atrás da outra. A Ana e a Gisele me fizeram experimentar pelo menos uns dez vestidos de noiva, coroas, véus e grinaldas, sapatos e joias durante um dia inteiro. Foi muito exaustivo! Me senti como uma boneca nas mãos delas. Tira isso, põe aquilo, vai pra lá, vem pra cá, gira, para, ficou, talvez e assim foi até finalmente as duas entrarem em comum acordo. Mas valeu a pena. Escolhemos um vestido longo, branco e rendado, do tipo tomara que caia, com uma faixa larga e prateada na cintura. Quando o vi abraçado ao meu corpo, diante do espelho de corpo inteiro da loja, me apaixonei! Ele é simplesmente lindo e ficou perfeito no meu corpo. Ao invés de uma coroa, optamos por um arranjo floral branco, que combinou perfeitamente com o vestido, assim como um colar feito com o mesmo tecido. Tudo escolhido por mim e aprovado pelas madrinhas, claro. O dia seguinte foi dedicado inteiro a um SPA, o que eu achei um exagero, mas não contestei. Não gosto de muit
— Obrigada Laura!— Eu já vou indo para a igreja querida. Alberto está lá embaixo te esperando. — Ela diz e eu apenas faço sim com a cabeça em concordância, mas antes de sair do quarto ela a torna a me abraçar e deixa um beijo no meu rosto. Quando chego finalmente a igreja, já estou para lá de nervosa. As mãos estão suando frio, a garganta está seca e o coração batendo a mil. Seu Alberto segura em meu braço e me lança um olhar que me encoraja a seguir em frente. A igreja está lotada. Há os amigos do meu ex trabalho, alguns poucos familiares meus e do Marcos também, amigos do trabalho dele e entre outras pessoas importantes que ainda não conheço. Algumas até conheço, outros eu nunca vi na vida. Daqui da porta, olho para o meu futuro marido no altar. Ele sorri feliz para mim e ao contrário de mim, Marcos parece bem à vontade no altar me esperando. Ando pela nave da igreja pequena, que mais parece não ter fim e quando chego perto de Marcos, recebo um beijo paterno do seu Alberto. Ele me