Vlad
Estou contando os minutos para sair desse lugar. Pela primeira vez estou me sentindo sufocado no meio da minha própria família. O olhar reprovador do meu pai, as insinuações da minha mãe, as provocações da Iara e a insistência do Lucas. O que há de errado com eles? Por que não me deixam em paz?
— Vladmir Mazza, meus parabéns, rapaz! — Desperto dos meus pensamentos, encontrando o olhar orgulhoso de James Richard, um dos sócios majoritários do grupo Mazza. Imediatamente me levanto para apertar a sua mão e aponto uma cadeira para ele na ampla mesa retangular, onde grandes homens de negócios estão reunidos com as suas esposas. — Olha, Vidal esse seu filho tem futuro. Quem diria que alguém tão jovem atuaria em dez casos e sairia completamente invicto de todos eles?
É claro que o meu coração se aqueceu
Quase uma hora depois... O que há de errado com você, Anne? Por que todos esses desmaios? Será que você está doente? Me pergunto com a cabeça prostrada na ponta do colchão, bem do seu lado, enquanto seguro na sua mão. Um leve aperto nos meus dedos me faz erguer a cabeça para olhá-la e encontro o seu olhar perdido. — O que aconteceu? — Você desmaiou. — Respiro fundo. — E me deixou muito preocupado. — Sem falar nada, ela se senta no colchão e tenta se livrar do soro. — O que pensa que está fazendo?! — interpelo, a impedindo de fazer tal loucura. — Eu quero ir para casa, Vladmir. — Não antes de receber o resultado dos exames. — Ela bufa. — Eles não vão encontrar nada. — Como assim, eles não vão encontrar nada? — Eles não vão, Vladmir! — O que está acontecendo, Anne? — Ela puxa a respiração, parece frustrada. — Isso começou logo depois que o meu pai saiu das nossas vidas. Sempre que tinha uma
Vlad— Você está bem? — Anne pergunta baixinho quando já estou mais tranquilo e sou forçado a me afastar dela. Contudo, não me afasto muito porque eu simplesmente não consigo fazer isso. A pouca distância me faz fitar a sua boca e observo atentamente quando o ar passa por ela. Sem dizer qualquer palavra inclino a minha cabeça na sua direção e o meu coração dispara em vida quando ela fecha os olhos ansiando por um beijo meu. Impulsivo, a puxo para o meu colo e torno o nosso beijo mais envolvente, tão gostoso quanto intenso. Suas mãos correm para atrás da minha nuca e seus dedos penetram nos meus cabelos. Aperto a sua cintura e colo ainda mais o seu corpo no meu.— Ah! — Ela geme baixinho e ofegante.— Ah, Anne! — grunho, levantando-me da cadeira executiva e a faço sentar-se em cima da minha mesa. Como se estivesse seden
AnneEle dormiu e eu não consigo parar de olhá-lo. Simplesmente não consigo. Vladmir Mazza se tornou o meu mundo já tem muito tempo, embora a minha mente lute para me convencer do contrário, mas esse último evento mudou tudo. Eu estou descobrindo a sua história e ela não é nada bonita. Um pobre garotinho rico que veio ao mundo para ser usado e o pior, não é só os seus pais, são todos que estão ao seu redor. Vlad sempre esteve sozinho e sempre lutou só. Uma lágrima escorre pela lateral do meu rosto quando esse pensamento se passa pela minha cabeça.— Eu te amo! — sussurro mesmo sabendo que ele não pode me ouvir e na sequência, toco no seu rosto com as pontas dos meus dedos.Sorrio. É um sorriso tão pequeno, mas bem significativo.Agora entendo a sua raiva, toda essa revolta, essa vontade de exterminar
Vlad— Bom dia, seu Vlad! — Lana fala assim que adentra a sala de visitas. — Acordou tão cedo, deu formiga na sua cama?— Digamos que eu tenho uma série de coisas para resolver essa manhã, Lana.— Hum. E esse rolo de pau aí na sua mão?— Isso é um taco de baseball autografado por Babe Ruth em uma das viagens que o meu pai fez para os estados Unidos — explico sem tirar os meus olhos da madeira roliça.— O seu pai te deu isso? Hum, rico tem cada ideia, não é? — Ela resmunga, me fazendo sorrir.— É um presente de um valor inestimável, Lana. Eu tinha onze anos quando ele me deu e foi a primeira vez que ele me abraçou na vida — lamento esse final de frase.— E o que o Senhor pretende fazer com esse rolo de pau, Seu Vlad? — Não seguro o riso.—
VladMeia hora depois...— O Artêmis não vem? — inquiro assim que me acomodo em uma cadeira do Café que eu conheço muito bem.— Ele já está a caminho. O que você quer agora, Vladmir? Qual é a armação dessa vez? — Athos me ataca sem qualquer cerimônia.Devo dizer que mereço tal atitude, a final, eu fiz por merecer essa sua atitude.— Não tem jogada e nem armação nenhuma, Athos. Eu só quero ter uma conversa esclarecedora com vocês.— Uma conversa esclarecedora? — Ele arqueia as sobrancelhas e sei que não acredita em mim.— Que tal um café? — sugiro mantendo um tom brando na minha voz, fazendo um gesto para a garçonete se aproximar, enquanto o meu irmão me fita duramente e desconfiado. — Quero aproveitar que Artêmis a
Anne— Obrigada! — falo para o taxista após pagá-lo e saio do carro em seguida. Contudo, antes de passar pelos portões da mansão respiro fundo algumas vezes, porque não quero que a minha mãe perceba toda essa tensão ao meu redor. Outra vez os gritos animados das crianças do outro lado do jardim me animam. Confesso que é estimulante vir aqui. Esse lugar está sempre cheio de alegria e é impossível não se sentir bem sempre que venho aqui.— Bom dia, Anne! — Uma empregada diz abrindo a porta para mim.— Bom dia, e a minha mãe?— Ela está na cozinha. — Sorrio amplamente e logo os meus passos ansiosos me levam para o cômodo. No entanto, não entro. Apenas me encosto no espaldar da porta e a observo por alguns instantes. Victória Summer é mesmo uma mulher surpreendente. Confesso que às
VladEla é tão viciante! Penso, saboreando cada centímetro da sua pele na ponta da minha língua. Anne, me envolve de uma forma espantosa e irreversível. De certo que jamais me livraria dela. Essa mulher simplesmente penetrou no meu sistema e o contaminou inteiro. Dificilmente escolheria viver dentro da minha prisão de ouro e viver longe dela agora não é mais uma opção.— Oh! — Ela geme inebriada, completamente absorvida pelo meu prazer, embebida com o seu desejo querer mais de mim e eu lhe dou sempre mais. Um grunhido abafado pelo suor da pele escapa da minha garganta quando chego mais fundo dentro dela e no ato, a sua cabeça pende para traz oferecendo-me mais do seu corpo.— Vem comigo, amor! — peço prestes a explodir, mas não antes de assisti-la mergulhar de cabeça nas sensações extremas do seu orgasmo.—
Anne O toque do meu telefone me faz abrir os olhos de uma forma tão preguiçosa e no ato, solto um resmungo de desgosto, então percebo o dia já claro lá fora, abrindo um sorriso languido ao me lembrar de uma noite intensa e bem calorosa nos braços do meu marido. Pois é, o Vlad não desanimou após a saída de sua mãe desse apartamento. E falando nele... Me viro na cama para olhá-lo e com sorte poderei acordá-lo com os meus beijos, porém, ele não está aqui. Frustrada, ergo parcialmente o meu corpo para procurá-lo dentro do quarto. O encontro devidamente arrumado e pronto para sair. Suspiro um tanto desejosa ao observar o jeito como o conjunto de terno caro abraça tão perfeitamente o seu corpo alto e forte, e decido me sentar no colchão para apreciá-lo melhor. — Bom dia, dorminhoca! — Vladmir cantarola ajeitando a sua gravata, enquanto me olha me através do reflexo. Sorrio. — Bom dia! — Me espreguiço, fazendo o lençol escorregar para baixo revelando parcial