Vlad
— Você está bem? — Anne pergunta baixinho quando já estou mais tranquilo e sou forçado a me afastar dela. Contudo, não me afasto muito porque eu simplesmente não consigo fazer isso. A pouca distância me faz fitar a sua boca e observo atentamente quando o ar passa por ela. Sem dizer qualquer palavra inclino a minha cabeça na sua direção e o meu coração dispara em vida quando ela fecha os olhos ansiando por um beijo meu. Impulsivo, a puxo para o meu colo e torno o nosso beijo mais envolvente, tão gostoso quanto intenso. Suas mãos correm para atrás da minha nuca e seus dedos penetram nos meus cabelos. Aperto a sua cintura e colo ainda mais o seu corpo no meu.
— Ah! — Ela geme baixinho e ofegante.
— Ah, Anne! — grunho, levantando-me da cadeira executiva e a faço sentar-se em cima da minha mesa. Como se estivesse seden
AnneEle dormiu e eu não consigo parar de olhá-lo. Simplesmente não consigo. Vladmir Mazza se tornou o meu mundo já tem muito tempo, embora a minha mente lute para me convencer do contrário, mas esse último evento mudou tudo. Eu estou descobrindo a sua história e ela não é nada bonita. Um pobre garotinho rico que veio ao mundo para ser usado e o pior, não é só os seus pais, são todos que estão ao seu redor. Vlad sempre esteve sozinho e sempre lutou só. Uma lágrima escorre pela lateral do meu rosto quando esse pensamento se passa pela minha cabeça.— Eu te amo! — sussurro mesmo sabendo que ele não pode me ouvir e na sequência, toco no seu rosto com as pontas dos meus dedos.Sorrio. É um sorriso tão pequeno, mas bem significativo.Agora entendo a sua raiva, toda essa revolta, essa vontade de exterminar
Vlad— Bom dia, seu Vlad! — Lana fala assim que adentra a sala de visitas. — Acordou tão cedo, deu formiga na sua cama?— Digamos que eu tenho uma série de coisas para resolver essa manhã, Lana.— Hum. E esse rolo de pau aí na sua mão?— Isso é um taco de baseball autografado por Babe Ruth em uma das viagens que o meu pai fez para os estados Unidos — explico sem tirar os meus olhos da madeira roliça.— O seu pai te deu isso? Hum, rico tem cada ideia, não é? — Ela resmunga, me fazendo sorrir.— É um presente de um valor inestimável, Lana. Eu tinha onze anos quando ele me deu e foi a primeira vez que ele me abraçou na vida — lamento esse final de frase.— E o que o Senhor pretende fazer com esse rolo de pau, Seu Vlad? — Não seguro o riso.—
VladMeia hora depois...— O Artêmis não vem? — inquiro assim que me acomodo em uma cadeira do Café que eu conheço muito bem.— Ele já está a caminho. O que você quer agora, Vladmir? Qual é a armação dessa vez? — Athos me ataca sem qualquer cerimônia.Devo dizer que mereço tal atitude, a final, eu fiz por merecer essa sua atitude.— Não tem jogada e nem armação nenhuma, Athos. Eu só quero ter uma conversa esclarecedora com vocês.— Uma conversa esclarecedora? — Ele arqueia as sobrancelhas e sei que não acredita em mim.— Que tal um café? — sugiro mantendo um tom brando na minha voz, fazendo um gesto para a garçonete se aproximar, enquanto o meu irmão me fita duramente e desconfiado. — Quero aproveitar que Artêmis a
Anne— Obrigada! — falo para o taxista após pagá-lo e saio do carro em seguida. Contudo, antes de passar pelos portões da mansão respiro fundo algumas vezes, porque não quero que a minha mãe perceba toda essa tensão ao meu redor. Outra vez os gritos animados das crianças do outro lado do jardim me animam. Confesso que é estimulante vir aqui. Esse lugar está sempre cheio de alegria e é impossível não se sentir bem sempre que venho aqui.— Bom dia, Anne! — Uma empregada diz abrindo a porta para mim.— Bom dia, e a minha mãe?— Ela está na cozinha. — Sorrio amplamente e logo os meus passos ansiosos me levam para o cômodo. No entanto, não entro. Apenas me encosto no espaldar da porta e a observo por alguns instantes. Victória Summer é mesmo uma mulher surpreendente. Confesso que às
VladEla é tão viciante! Penso, saboreando cada centímetro da sua pele na ponta da minha língua. Anne, me envolve de uma forma espantosa e irreversível. De certo que jamais me livraria dela. Essa mulher simplesmente penetrou no meu sistema e o contaminou inteiro. Dificilmente escolheria viver dentro da minha prisão de ouro e viver longe dela agora não é mais uma opção.— Oh! — Ela geme inebriada, completamente absorvida pelo meu prazer, embebida com o seu desejo querer mais de mim e eu lhe dou sempre mais. Um grunhido abafado pelo suor da pele escapa da minha garganta quando chego mais fundo dentro dela e no ato, a sua cabeça pende para traz oferecendo-me mais do seu corpo.— Vem comigo, amor! — peço prestes a explodir, mas não antes de assisti-la mergulhar de cabeça nas sensações extremas do seu orgasmo.—
Anne O toque do meu telefone me faz abrir os olhos de uma forma tão preguiçosa e no ato, solto um resmungo de desgosto, então percebo o dia já claro lá fora, abrindo um sorriso languido ao me lembrar de uma noite intensa e bem calorosa nos braços do meu marido. Pois é, o Vlad não desanimou após a saída de sua mãe desse apartamento. E falando nele... Me viro na cama para olhá-lo e com sorte poderei acordá-lo com os meus beijos, porém, ele não está aqui. Frustrada, ergo parcialmente o meu corpo para procurá-lo dentro do quarto. O encontro devidamente arrumado e pronto para sair. Suspiro um tanto desejosa ao observar o jeito como o conjunto de terno caro abraça tão perfeitamente o seu corpo alto e forte, e decido me sentar no colchão para apreciá-lo melhor. — Bom dia, dorminhoca! — Vladmir cantarola ajeitando a sua gravata, enquanto me olha me através do reflexo. Sorrio. — Bom dia! — Me espreguiço, fazendo o lençol escorregar para baixo revelando parcial
Vlad — Você só precisa assinar esse documento e será oficialmente um dos nossos sócios majoritários. — Athos fala, após uma rápida conversa sobre os termos contratuais, arrastando um papel pelo tampo da mesa de reuniões, onde estamos apenas eu, ele e o Artêmis. Ainda não estou acreditando que isso está realmente acontecendo conosco. Estou me tornando sócio das pessoas que eu odiei a minha vida inteira. Melhor ainda, estou me permitindo conviver com essas pessoas. Penso, segurando o papel e o assino sem pestanejar. É oficial agora. — Bem-vindo a Law e Order, Vladmir! — Artêmis fala ficando de pé e automaticamente ele abre os braços para mim. — Valeu, mano! — digo o abraçando firmemente e me pego sorrindo com uma satisfação que jamais pensei que sentiria um dia. — E, para começar bem esse seu dia, eu quero que faça um acordo com a Alphabet Inc. — Franzo a testa, encarando o Athos com certa confusão. — Você tem
VladMinutos depois... Eu não imaginei que poria os meus pés tão cedo dentro dessa empresa. Na verdade, eu sequer pensei que pisaria aqui outra vez depois do que aconteceu, mas cá estou entrando no Grupo Mazza e dessa vez sobre os olhares curiosos dos funcionários que me acompanham pelo longo corredor. A verdade, é que eu não imaginei que Lucas Brazão tivesse tal ousadia de interceptar a Alphabet Inc. Ele simplesmente usou a minha própria jogada contra mim mesmo e agora corro o risco de perder o melhor cliente para a Law e Order. Eu preciso saber o que está acontecendo e por que ele fez isso. Mas a minha surpresa não se acabou por aqui. Penso quando encontro a sua sala completamente modificada, porém, com outro funcionário trabalhando nela.— Está procurando pelo Senhor Brazão?— Sim — respon