Anne — A propósito, você está linda!— Obrigada e você está elegante — digo por que não sei exatamente o que dizer.— Vinho?— Só um pouco, por favor! — O observo segurar a garrafa e abri-la com maestria, derramando um pouco do líquido vermelho dentro de uma taça que ele estende para mim, e na sequência ele se serve.— Eu sei que está assustada com a minha aproximação repentina. — Vlad fala enquanto me ocupo em inalar o vinho antes de bebericar um pouco dele.— Não é para menos.— Verdade, ainda mais quando me declarei inimigo dos seus amigos. Mas aquele esbarrão no Café naquele dia não saiu da minha cabeça. Anne, o seu perfume ficou impregnado bem aqui. — Ele aponta para o seu peito bem do lado do seu coração. — E depois, aqui. — Vlad aponta para a sua cabeça agora.Droga, estou trêmula! Eu simplesmente não esperava ser envolvida por ele dessa maneira.— E depois daquele almoço você vive dentro dos meus pensamentos. Me diga, como posso sufocar isso dentro de mim? — Engulo em seco e
Vlad— Loving and fighting, accusing, denying. I can't imagine a world with you gone. The joy and the chaos. The demons we're made of. I'd be so lost if you left me alone. Canto baixinho próximo do seu ouvido enquanto dançamos lentamente no meio do amplo salão. Eu consigo ouvir o som da sua respiração. Ela está pesada, acelerada e algumas vezes sinto o aperto sutil dos seus dedos nos meus ombros. Isso, querida, se deixe levar. Definitivamente penetrei no seu frágil coração. Então, por que sinto que estou sufocando? Por que parece que sou seu prisioneiro e não ela a minha presa?— Por algum motivo desde que nos esbarramos naquele Café você me faz sentir, Anne Summer — declaro me aproximando da sua boca para beijar-lhe. Anne sente a minha aproximação e fecha os seus olhos aguardando o meu ato. No entanto, estou enfeitiçado pela sua beleza e isso faz o meu coração disparar violentamente dentro do meu peito.Não! O meu lado negro luta pela sua sobrevivência e imediatamente trinco o meu
Anne— Por que estamos aqui, Vladimir? — pergunto quando percebo que estamos nos aproximando de uma marina.— Eu já disse, quero te levar para um lugar especial. Você já passeou de lancha antes?— É... já. O Athos nos levou uma vez. — O meu comentário o faz fechar a cara e o seu silêncio dura cerca de alguns segundos.— Bom, hoje você fará isso comigo. — Ele diz parando o carro, saindo dele logo em seguida e antes que eu faça o mesmo, Vlad me estende a sua mão para me ajudar a sair. Sem dizer qualquer palavra ele segura na minha mão, cruza os nossos dedos e caminha na direção do píer.— Vlad, eu só tenho uma hora de...— Não se preocupe, você chegará a tempo.Não digo nada, apenas o deixo me guiar para dentro de uma lancha enorme e por alguns segundos me pego apreciando o lindo homem de óculos escuros tomando o comando do barco que corre com certa velocidade para o alto mar. Os músculos que sobressaem o tecido branco da camisa de mangas longas não passam despercebidos aos meus olhos,
Anne — Prontinho! Espero que goste, mocinha. Esse é o prato preferido do Vlad. — Diná fala enquanto serve a mesa e confesso que o aroma da comida está me dando água na boca. Contudo, ao nos deixar a sós Vladimir muda completamente de assunto e eu decido não especular mais. A final, se fosse algo para eu saber ele teria me contado, certo? No entanto, ele insiste em me fazer sorrir o tempo todo e céus como ninguém percebeu o quanto ele é divertido? Ou isso só acontece quando está comigo? — Estou apaixonado por você, Anne Summer! — Sua declaração me pega de surpresa e sinceramente eu não sei o que dizer. Vlad segura na minha mão que está sobre a mesa, porém, mantém o seu olhar firme fixo no meu. — E eu quero muito ficar com você. — Vlad... eu não... eu não posso. — Por que não? Por causa deles? — Engulo em seco e afasto a minha mão da sua. — Você acha justo que eles comandem a sua vida dessa maneira? — Eles não... — Respiro fundo. — Eles não mandam na minha vida, não tomam as minha
Vlad— Posso saber o que você pretende com tudo isso? — Lucas ralha curioso, invadindo a minha sala e no ato ele larga um envelope em cima da minha mesa. Sem responder-lhe abro o pacote e tiro algumas fotos de dentro dele. Trinco o maxilar com força quando observo as imagens dela junto com Artêmis em uma clínica de reabilitação.Sempre tão próximos. Sempre sorrindo para ele. Sempre o tocando. Penso sentindo um fogo descontrolado envolver as plantas dos meus pés e subir, tomando conta de todo o meu corpo.— Vlad? — Desperto quando o meu amigo me chama e o encaro com frieza.— Me deixe sozinho, Lucas! — ordeno.— Não. Eu preciso saber o que está se passando nessa sua cabeça. Por que eu preciso vigiar essa moça? O que pretende fazer com ela?— Você quer mesmo saber a verdade? — rosno entre dentes.<
AnneVladmir Mazza. Se eles o conhecem como o estou conhecendo agora, saberiam que ele não é essa pessoa ruim que costuma mostrar para os outros. Penso enquanto o observo falar e falar de um modo bem divertido e descontraído, me fazendo rir o tempo todo com as suas histórias de faculdade e até da sua infância. A maneira como esse homem me toca, os beijos que costuma dar quando estou absorta em meus pensamentos, os lugares para onde me leva, o jeito com ele me fascina e me faz admirá-lo. Ele é exatamente o que eu sonhei para mim, mas não posso levá-lo para o meu convívio e isso me desanima um pouco. Eu queria tanto que tudo fosse bem diferente entre ele e os gêmeos.Sorrio quando penso nessa possibilidade.— Hu! — Desperto soltando um grito quando sou surpreendida por um corpo molhado, que me segura nos seus braços e rio sonoramente quando Vlad corre comigo pela a
Vlad... Eu te amo, Vladmir Mazza!Essa frase está se repetindo dentro da minha cabeça o dia inteiro. E como me senti com isso? Completamente confuso, a final ninguém nunca me disse tal coisa, nem mesmo os meus pais se declaram assim para mim alguma vez na vida.Amor. Qual o sentido dele? O que ele nos torna?Eu não sei essas respostas, mas devo dizer, desde que ela se abriu declarando tal sentimento algo está estranho dentro de mim. Contudo, tudo parece nublado dentro da minha cabeça e até me sinto sem rumo. E o fato de me pegar sorrindo algumas vezes me deixa cabreiro.— Vladmir precisamos conversar. — Papai fala entrando bruscamente no meu escritório e consequentemente me despertando dos meus devaneios. E assim que ele se senta na cadeira de frente para a minha mesa, eu me ajeito em cima da sua cadeira, o fitando com nítida curiosidade.— Do que se t
AnneOs poucos minutos de silêncio parece me sufocar e os olhares trocados entre os homens incitava uma guerra fria durante o jantar. Por várias vezes pensei em iniciar uma conversa qualquer, algo que quebrasse esse clima pesado e tenso, mas nada se passou pela minha cabeça.— E então? — Artêmis inqueriu de repente com um tom frio na voz, chamando a atenção de todos que até então estava concentrada em seus pratos. — Você a Anne estão juntos de verdade?Me forço a engolir a comida com a ajuda da bebida em minha taça.— Isso.— Por quê? — Athos interroga logo em seguida com a sua frieza de sempre.— Porque estamos... apaixonados? — Vladmir ousa segurar na minha mão que está depositada em cima da mesa e todos os olhares correm para esse gesto.— Ah, que fofo! — Mamã