César tinha feito essa pergunta com um misto de descrença e dor. Não tanto por si próprio, mas pelo pai que o criara, que se esforçara por fazer desta uma grande empresa e que se orgulhava de ele ter seguido as suas pisadas. A voz do seu verdadeiro pai fê-lo sair dos seus pensamentos.—Pelo que diz o Airis, parece que sim, César. O Javier era capaz disso e de muito mais. Ainda estão a verificar a informação, mas tudo aponta para isso. Temos de agir depressa, filho, isto é muito sério —disse Sir Cavendish com uma expressão preocupada no rosto. — Se o teu falso avô Javier, e agora percebo porque não o encontrei com esse nome na minha árvore genealógica, adoptou o apelido López depois de ter roubado a fortuna da verdadeira família López... E este hom
Sofia, do carro, observava a intensa conversa entre seu marido e seu sogro. Embora ela não pudesse ouvir as palavras, as expressões em seus rostos diziam o suficiente. Algo sério estava acontecendo, algo a ver com o vendedor de flores e com ela mesma. Que nova ameaça estava pairando sobre eles? Será que ela não conseguiria encontrar a felicidade com o homem que amava? Determinada, ela pegou o celular e mandou uma mensagem para Airis.—Cunhada, você pode me dizer qual é o problema? —Ela digitou, com o pulso acelerado enquanto aguardava a resposta. Depois de alguns instantes, Airis respondeu.—Sua família. — Isso foi tudo. Não houve mais nenhuma explicação.Sofia franziu a testa, intrigada. Que fam&ia
Sofía pegou seu celular e abriu uma série de fotos. Eram fotos do vendedor de flores, tiradas de diferentes ângulos e em diferentes lugares.—Veja essas fotos, ele me seguiu por toda parte— Sofia mostrou a Mia, —você acha que ele queria me machucar?Mia olhou atentamente para as fotos e sua expressão ficou mais séria. Ela sabia que Sofia não era do tipo paranoide; se ela sentia que estava correndo perigo, então provavelmente estava.—Não posso ter certeza, Sofia— disse ela finalmente. —Mas se ele a seguia por toda parte, então algo definitivamente não está certo.As duas voltaram para a empresa e subiram para a gerência
Sofia, lutando contra o medo que ameaçava tomar conta dela, conseguiu articular uma pergunta:—Quem é o senhor? —dize quase num sussurroEle levantou as mãos em um gesto pacificador e lhe deu o sorriso gentil que ela sempre viu em seu rosto. Não sabia porquê, apesar do medo que a dominava, sentia que isso não o iria magoar.—Sou alguém que nunca machucaria a você. Por favor, apenas me ouça —o homem suplicou sem avançar para onde ela o estava a observar.Apesar do medo que ela sentia, algo na voz dele fez Sofia parar, disposta a ouvir o que ele tinha a dizer. Afinal de contas, há muito tempo que ela comprava flores ao homem e, embora suspeitassem que ele a perseguia, nunca fez nada para se aproximar dela ou para lhe fazer mal.
Por outro lado, Teresa Vivaldi olhava incrédula para o que lhe dissera o funcionário do banco ao qual ela havia ido porque fora informada de que havia problemas para fazer seus pagamentos.—Como assim, não há um único centavo em minhas contas? Sou milionária! —gritou ela, estupefacta com o que o jovem lhe estava a dizer. A sua incredulidade era muito grande naquele momento. —Olha outra vez! É impossível o que me está a dizer.O funcionário do banco, um jovem de óculos e com um terno grande demais para seu corpo magro, olhou para Teresa Vivaldi com uma expressão desconfortável.—Sinto muito, Sra. Vivaldi, mas é isso que o sistema mostra— disse ele, apontando para a tela do comput
Um silêncio caiu sobre o local onde os três homens se observavam como se estivessem a relaxar. Aquela notícia não tinha apanhado César de surpresa depois da conversa que tivera com o pai sobre as mensagens que Airis e Bee lhe tinham enviado. Mas o que o surpreendeu foi a última parte do pedido do homem. Entendi a sua fortuna, mas porque é que ele pedia a sua mulher.—Posso lhe dar toda a fortuna se você provar que é quem diz ser. Mas não minha esposa e meu filho— respondeu César imediatamente.—Então... temos um problema sério— O tom do homem tornou-se um pouco ameaçador, o que não escapou a Fenício, que levou a mão à sua arma.César, com o rosto marcado pela
Ele disse, levantando-se para sair, mas parou e se virou para olhar para os dois homens que mantinham seu olhar fixo sobre o seu comportamento bizarro, sem tirar ainda quaisquer conclusões. O que é que ele quis dizer com isso?—Só quero que vocês me façam o grande favor de cuidar bem de Sofia e Javier, e não deixem que ela corra perigo novamente, a casa onde eles estão é muito segura, mas vocês têm o inimigo lá dentro. Cuidem bem deles, até que minha filha decida o que quer fazer quando souber toda a verdade!— Em vez de pedir, parecia estar a ordená-los.E com essas palavras, ele saiu do escritório, deixando César e Fenício com mais perguntas do que respostas. O que significava tudo o que ele havia dito?
Ele parou por um momento, procurando as palavras certas enquanto ela o olhava com olhos questionadores, como se não entendesse nada do que ele estava dizendo.— Sofia, eu vim, eu vim agora porque eu sou..., eu sou seu pai e vim para protegê-la— terminou finalmente as palavras do desconhecido, fazendo-a recuar instintivamente, como se as palavras que o desconhecido acabara de proferir a tivessem atingido.Sofia pareceu que não compreendia o que o homem lhe tinha acabado de dizer, seus olhos se arregalaram. Instintivamente, ela deu dois passos para trás, afastando-se do estranho.—Meu... Meu pai? —repetiu ela, claramente confusa.Javier assentiu com uma pitada de tristeza em seus olhos ao ver a reação e