Mia suspirou enquanto pegava as revistas e os pratos sujos que Delia havia deixado espalhados pelo apartamento. Apesar de serem irmãs, as duas mulheres eram como noite e dia. Mia, organizada e responsável, contrastava fortemente com Delia, que era despreocupada e deixava que os outros cuidassem de sua bagunça.Quando Delia a procurou e revelou que elas eram meias-irmãs, Mia não acreditou até ver os resultados dos testes de DNA. Apesar de suas diferenças, Mia sentiu uma conexão instantânea com Delia. O que ela nunca imaginou foi que toda a ajuda que sua irmã lhe deu fazia parte de um plano maior para enganar o Sr. López.—E como foi com Sofia? Você fez exatamente o que eu lhe disse? —Delia perguntou.—Sim, fiz exatamente— disse Mía. Você precisava ameaçá-la daquele jeito? Eu vi o CEO querendo ajudá-la. Não sei de que adiantou ele ter dito que era meu sobrinho. Isso era muito arriscado, e se ele me demitisse? —Não importa, você parece diferente aos olhos de López agora. Tem certeza de
Delia sorriu triunfante, como se tivesse vencido um jogo. Mas, para Mia, isso não era um jogo. Era sua vida e a vida de sua mãe que estavam em jogo. E ela não pararia por nada para proteger as duas.—Pare de se fazer de casta e pura— disse ela com indiferença. —Somos todos adultos aqui. Se você não consegue lidar com um pouco de drama, o problema é seu.Mia sentiu uma onda de frustração. Delia claramente não entendia a gravidade do que estava fazendo. Ela estava brincando com as emoções das pessoas como se fossem peças em um tabuleiro de xadrez, sem perceber o dano que estava causando. Ele se afastou por medo de dizer ou fazer algo contra ela.—E não se atreva a me trair, porque você sabe o que aconteceria com a sua mãe! — gritou ele, enquanto via Mia se afastar em direção ao quarto.Mia parou em seu caminho. O grito de Delia ecoou no silêncio do apartamento. A ameaça era clara e o medo tomou conta de Mia. Ela sabia que Delia faria qualquer coisa para conseguir o que queria, mas nunca
O Sr. López estava em um dilema em seu escritório depois de receber um convite para uma festa de alto nível que ele não podia recusar. Ele não estava disposto a comparecer com uma companhia desconhecida, temendo reviver a infeliz experiência que tivera na última viagem. Portanto, ele optou por convidar Sofia, que era confiável, atenciosa e determinada a não levar nada.Ao observar a reação de surpresa dela e a maneira como contemplava o cartão em suas mãos, uma onda de preocupação tomou conta dele. Será que Sofia estaria preparada para participar de um evento como esse? No entanto, agora não havia mais volta, ela havia saído e recusado a oferta dele de buscá-la em sua casa.Sofia insistiu em chegar por seus próprios meios, optando por um táxi. Embora ele não gostasse da ideia, decidiu não insistir. Ele respeitaria a decisão dela e esperava que tudo corresse bem naquela noite.Enquanto conversava com sua vizinha e amiga Lucrécia. Sofia olhou para ela incrédula com suas palavras, será q
Sofia ficou lisonjeada com suas palavras. Ela o agradeceu pelo elogio e pela gentileza de trazê-la até ali. Com um sorriso tímido, ela se despediu dele e se dirigiu à entrada do clube, onde seu chefe já estava esperando por ela.Quando ela estava prestes a passar pela porta da frente, um aperto firme, mas suave, interrompeu seu progresso. O contato inesperado a assustou, seu coração disparou enquanto um arrepio de surpresa percorria sua espinha. Ela girou sobre os calcanhares, com os olhos arregalados, e encontrou Matthias.Ele estava parado ali, com sua figura alta e elegante destacando—se na luz fraca da rua. Seus olhos refletiam uma mistura de sinceridade e um tipo de preocupação que Sofia não conseguia decifrar. O gesto de pegar sua mão não foi agressivo, muito pelo contrário. Havia algo em sua expressão, naquele olhar intenso, mas gentil, que a tranquilizou.Apesar de sua surpresa inicial, Sofia não retirou a mão. Por que Matias, um homem que ela acabara de conhecer, se dera ao t
Você já ouviu a história do patinho feio que se transformou em um cisne majestoso? Essa foi a impressão que tomou conta do Sr. López quando ele viu uma beleza familiar se aproximando. Era como se uma criatura mítica, um cisne, tivesse surgido do nada, movendo-se com graça e dignidade em meio à multidão.Não foi apenas a beleza que o deixou sem fôlego. Havia uma delicadeza e simplicidade nela que fluía de seu ser de uma forma quase etérea. Seu vestido, preto profundo e elegante, caía sobre sua figura com uma sofisticação que não precisava de nenhum adorno ostensivo para se destacar. Ela se movia com uma graça que parecia inata, cada passo que dava parecia ter sido coreografado para uma dança só dela. Mas o que mais chamou sua atenção enquanto ele tentava se convencer de que a mulher que deslizava em sua direção era sua assistente, sem os óculos enormes que sempre escondiam seus olhos incrivelmente bonitos, que estavam fixos nos dele e que ele estava vendo pela primeira vez. Era o br
Naquele exato momento, quando ela estava prestes a assentir, seu telefone tocou com um tom familiar, quebrando a magia do momento. Era a Sra. Lucrécia, ligando para ela. Sofia se assustou e aproveitou a desculpa para se afastar delicadamente de sua chefe.—Desculpe-me, mas tenho que atender essa ligação— desculpou-se Sofia, sentindo-se aliviada por ter se distanciado e escapado do charme da chefe, ela estava prestes a cair, disse a si mesma enquanto se afastava.—Não vá muito longe, Sofi— disse o Sr. López enquanto a seguia com os olhos e se perguntava: —Quem poderia estar ligando para ela a essa hora? Ele olhou para o relógio e viu que já passava da meia-noite. Ele a observou novamente enquanto ela se afastava demais para o seu gosto, sob o olhar dos rufiões que a olhavam com desejo, e avançou lentamente atrás dela. Ele não queria que ela sentisse que ele estava invadindo sua privacidade. Com o olhar, ela procurou Fenício, que acenou com a cabeça e a seguiu mais de perto. Sofia, a
O Sr. López havia passado a noite em seu carro em frente ao prédio de Sofía. Fenício verificou que Matías não havia lhe dado carona para casa, o que poderia significar que eles não eram realmente tão próximos. O ciúme o consumia, juntamente com o medo da decepção e do desapontamento. Várias vezes ele ligou o carro e foi embora, mas quanto mais o fazia, mais temia que Sofia o estivesse traindo. Por fim, depois que o porteiro lhe garantiu que o homem nunca tinha estado lá, ele decidiu ir embora. Mas quando chegou em casa, sua mente não o deixava dormir. Por sua vez, os incidentes daquele dia serviram de lição para Sofia, não apenas com seu chefe, que a tratou de forma muito diferente. Ele chegou ao ponto de pedi-la em casamento, depois de confessar que gostava dela como mulher. Ela não tinha a menor ideia de como resolver isso, mas tinha que fazer. Esses eventos, acima de tudo, ensinaram—lhe que ela tinha de controlar suas emoções. O susto de que seu filho estava doente a fez dizer
O Sr. López não conseguia tirar da cabeça a imagem de Sofia saindo com Matias. O ciúme e a desconfiança tomaram conta dele, embora ele tenha se esforçado para se conter. Seu passado o assombrava. A infidelidade de sua ex-esposa com seu companheiro ainda o magoava profundamente. Desde então, ele achava difícil confiar nos outros. Ele temia ser traído novamente e ser deixado sozinho. Desde o primeiro dia em que a conheceu, ele sentiu que Sofia era diferente e confiou nela cegamente. Mas vê-la com outro homem despertou seus piores temores: e se ela também o abandonasse como sua esposa havia feito? Ele não suportaria perdê-la. Ele precisava mantê-la ao seu lado, não importava o que acontecesse. Ele tinha que manter Matias longe de Sofia, não importava o que acontecesse. Ela era sua única filha, ainda mais agora que ele havia descoberto a beleza oculta de sua assistente e seu grande amor por ela. O ciúme o cegou, levando-o até a pensar em fazer algo desesperado. —Fenício, essas notíci