Enquanto isso, no telhado do hospital, Eustáquio encontrou o helicóptero e se preparou para decolar. Ele carregou cuidadosamente as duas mulheres desmaiadas e as colocou nos assentos traseiros. Ele sabia que cada minuto contava e que eles tinham de chegar a um lugar seguro o mais rápido possível.
—Vocês, saquem suas armas e atirem no primeiro que aparecer— ordenou aos outros três, que assentiram e obedeceram.
—Para onde estamos indo?
—Não sei, o chefe vai nos dizer, mas, por enquanto, para bem longe daqui.
O helicóptero decolou rapidamente, voando no céu noturno, deixando os homens de Montenegro atirando sem efeito. Eustáquio dirigia com destr
Sofia estava brincando alegremente com seu filho pequeno, Javier, no vasto pátio da mansão escondida entre as árvores nos arredores da Capitalia. A risada de Javier, tão inocente e cheia de vida, ecoava no ar, contrastando com a tensão que Sofia sentia por dentro. De vez em quando, seu olhar se desviava para os cantos escuros do pátio, para as sombras que se moviam com o vento. Havia uma sensação constante, um formigamento na parte de trás do pescoço que lhe dizia que estavam sendo observados. Toda vez que virava a cabeça, ela esperava ver uma figura desconhecida perseguindo-os na escuridão, mas sempre se deparava com os rostos familiares dos seguranças. Ela lembrava a si mesma que eles estavam ali para protegê-las, que a presença deles era necessária devido ao perigo que as espreitava. Mas, por mais que tentasse argumentar consigo mesma, não conseguia se livrar daquela sensação de desconforto. —Preciso me acostumar com isso— disse a si mesma, tentando ignorar o medo que se aninhav
Sofia não pôde deixar de notar como a sogra cobriu a foto de um homem, ao ver que ela havia olhado para ela. Ela não tinha certeza, mas o homem lhe parecia familiar. Ela não quis ser indiscreta e não perguntou. Com um último olhar para o filho, Sofia foi para o quarto. Seu coração batia forte com uma mistura de ansiedade e determinação quando ela abriu a porta e vasculhou sua bolsa de trabalho. Lá, no centro, estava o computador esperando por ela. Sofia sempre foi meticulosa com seu trabalho. Cada arquivo, cada documento, cada projeto era perfeitamente organizado e detalhado em seu computador. Ela sabia que essa precisão era uma das razões pelas quais César confiava tanto nela em assuntos de trabalho. Ela pegou o computador e foi até onde o marido estava tentando resolver algo. Ela se sentou em frente a ele, já pronta, abriu os arquivos relacionados aos contratos de venda do novo telefone e começou a analisá-los. —Está tudo aqui, amor— disse ela, mostrando-lhe o arquivo, —veja,
Cesar abraçou Sofia, seu corpo relaxado após a árdua sessão de amor. Em um movimento fluido, ele a ergueu nos braços e se dirigiu ao quarto do casal. Entraram no banheiro, um espaço amplo e iluminado, perfeito para relaxar.Mas, apesar da atmosfera tranquila, César notou o silêncio de Sofia. Ela parecia perdida em pensamentos, com o olhar distante e preocupado. Ele conhecia aquela expressão, sabia que algo a estava incomodando.—O que você tem, Sofi? —Ela perguntou, com a voz cheia de preocupação. — Você está preocupada com o Javi? O Fenício está com eles, eu pedi especificamente que ele fosse o segurança do nosso filho. Você não tem nada a temer.Sofia
César parecia perdido, com o olhar cheio de dor e confusão. Lembrando-se agora das coisas que sua mãe havia dito ao avô no cemitério, será que era verdade? Será que seu avô havia sido tão cruel a ponto de fazer algo assim com sua pobre mãe?Sofia apertou a mão dele, tentando transmitir seu apoio. Ela não tinha todas as respostas, mas estava determinada a ajudá-lo a descobrir a verdade.—Eu não sei, César— disse ela finalmente. —Mas juntos podemos descobrir. Você não está sozinho nisso.César assentiu, com o olhar cheio de determinação. Ele sabia que tinha de descobrir a verdade, para seu próprio bem-estar emocional e o de toda a família.—Então, quem você acha que é esse homem da foto? Por que você o viu em Santa Mônica e disse que a mamãe o tem no álbum dela
Mia piscou várias vezes, tentando assimilar o que estava vendo. Ela não conseguia acreditar que Fenício estava ali, ao seu lado. Virou a cabeça, como se estivesse procurando algo ou alguém, e parou quando ouviu as palavras dele.—Minha mãe está bem? — perguntou Mia com a voz trêmula, sem tirar os olhos dele. —Onde estamos? O que aconteceu?—Ela está bem, na sala ao lado. Um médico a examinou e a viagem não lhe causou nenhum problema. O que eu não sabia era por que você não acordou. Você está bem?Fenício parecia preocupado e olhou para ela, antes de começar a contar que Delia e Montenegro os haviam encontrado na clínica e tentado sequestrá-la, mas que s
Fenício franziu a testa, sem saber se devia ou não confiar nesse homem que estava diante dele. Mas estava claro que ele não poderia deixá-lo ir agora, pois sabia onde eles estavam se escondendo, e isso era muito perigoso. Ele se levantou e disse a ele:—Siga-me, vamos conversar com López. Ele é quem vai decidir se pode confiar em você novamente. Mas lembre-se de que não será fácil conquistar a confiança dele depois de tudo o que aconteceu.Fenício e Carlos deixaram a igreja juntos, prontos para confrontar López e tentar encontrar uma solução para a situação em que se encontravam. Mas a desconfiança ainda pairava no ar.O Sr. López estava envolvido em uma discuss&a
O coração de Elvira batia descontroladamente, cada batida ecoando em seus ouvidos como um tambor de guerra. Ela se esforçava para aceitar a realidade do que estava vendo, sua mente rejeitando a possibilidade enquanto seus olhos a confirmavam.O ar parecia mais pesado, quase sufocante, enquanto a figura permanecia ali, imóvel e silenciosa. O mundo parecia ter parado, deixando—-a presa nesse momento de revelação chocante. A realidade atingiu Elvira com a força de um trem em movimento. Não podia ser ele..., mas lá estava ele. O passado havia voltado à vida.Quase sem perceber, a Sra. Elvira tocou o anel em seu dedo, baixando o olhar para confirmar sua presença. Quando voltou a olhar para cima, a figura havia desaparecido, escondida pela espessa névoa que agora cob
O mordomo voltou logo em seguida, encontrando a cena. Ele não disse nada, simplesmente ficou de lado, respeitando a dor de seu mestre. Ele sabia que aquele era um momento que precisava viver sozinho, um confronto silencioso com os fantasmas do passado que ainda o assombravam. O mordomo colocou a mão no braço de seu mestre, um gesto silencioso que transmitia seu apoio.—Venha, senhor, eles já abriram o cofre da família.O homem assentiu e, juntos, caminharam em direção ao grandioso mausoléu que outrora havia sido um símbolo do poder e da influência de sua família. No passado, quando essa área da Capitalia era o coração pulsante da cidade, sua família era a espinha dorsal da sociedade, e esse mausoléu era o testemunho de p