SAMUEL ADAMS — Eu estou tentando resolver um problema e não causar um! — O homem respondeu ainda furioso. Eu olhei a mulher e ela estava com uma mistura de surpresa e vergonha no olhar. — Eu estou indo naquele restaurante ali à frente — apontei para um renomado restaurante do outro lado da rua —, eu reservei um espaço privado para almoçar com um cliente, mas infelizmente ele teve um imprevisto e não poderá comparecer. Então, o que acham de me acompanhar em um almoço? A propósito, eu sou Samuel Miller — me apresentei, estendendo a mão para o homem. — Samuel Miller? — Encarou-me já mudando a expressão — Muito prazer, eu sou Flávio Santiago — apertou minha mão e vi um meio sorriso de satisfação surgir em seu rosto. — Isso mesmo. Então, vamos? — Retribuí o sorriso e olhei a mulher, que permanecia com a mesma expressão — Vai me dar a honra da sua companhia, Jules? — É… Eu sin…— Por favor! — A interrompi, antes que ela recusasse — Você não vai me fazer essa desfeita, não mesmo? — Sor
— Desculpe por isso. Olha você não precisa depositar nada para ele, eu estou resolvendo tudo e ele só está tentando me causar problemas — ela disse enquanto se forçava a me encarar. Ela estava visivelmente constrangida.— Eu já disse que posso fazer isso. Fique tranquila, esse valor não é difícil para mim, pelo contrário, é um valor muito pequeno. — Eu sei que esse valor não é nada para você, mas eu não posso aceitar que você faça isso. Primeiro porque nós nem nos conhecemos direito, segundo porque eu não tenho como ressarcir esse valor, pelo menos não por enquanto. E eu também não sei porque você está fazendo algo assim para mim. — Ela estava bastante nervosa, tanto que falou as palavras muito rapidamente. Nervosa e mais envergonhada que antes, tanto que abaixou a cabeça para evitar o meu olhar. — Eu estou fazendo isso porque gostei de você, Jules — segurei seu queixo erguendo sua cabeça até nossos olhares se encontrarem novamente — Nós podemos ser amigos, aliás, nós já somos ami
JULES MONTEZ Senti meu corpo inteiro acordar quando ele me olhou daquele jeito. É como se o desejo que tenho por ele fosse recíproco na mesma intensidade. Depois de colocar a mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, ele acariciou o meu rosto e à medida que seus dedos vão deslizando na minha pele, seu olhar ficou mais intenso. Esse homem tem um controle sobre o meu corpo, me faz sentir coisas... nunca me senti assim com ninguém. Nem mesmo o Edu teve esse efeito sobre mim. — Então estamos combinados assim? — Perguntou, tirando-me dos meus pensamentos. Com certeza mais uma vez estava com cara de idiota. — Combinados com o que? — Perguntei e ele sorriu. — Jules, nós vamos fazer um negócio. Eu estou disposto a investir na sua empresa e podemos falar sobre isso amanhã, em uma reunião. O que acha? — Seu telefone apitou uma mensagem — eu preciso ir agora, tenho um compromisso. Nos veremos amanhã para tratar os termos do contrato? — Encarou-me, esperando a resposta. — Tudo bem. Nos ver
Depois de elaborar algumas propostas para a conversa de amanhã com o Samuel, a Camila saiu do escritório deixando-me sozinha. Eu estou com mil coisas na minha cabeça, por mais que eu tenha a ajuda do Samuel para pagar a dívida, eu não faço ideia do negócio que ele quer propor, e muito menos se ele vai querer fazer um investimento tão alto a ponto de dar para contratar uma nova empresa e finalizar a obra. Ele não vai me entregar o dinheiro de graça, isso é óbvio, como ele mesmo disse, ele é um excelente empresário e como tal, vai estabelecer um prazo ou querer algo como garantia. Solto um longo suspiro. Eu não posso ir com muita sede ao pote sem pensar nas consequências, eu não o conheço, não de verdade, então tenho que me manter alerta. [...] Após uma longa noite sem nem dormir direito, finalmente estava de pé e quase pronta para ir à reunião no Grupo Miller. Terminei de prender meus cabelos em um coque despojado no alto da cabeça e em seguida peguei meu terno azul-marinho. Os sapa
SAMUEL ADAMS Receber essa mulher aqui foi muito mais difícil do que eu imaginei. Desde que recebi a ligação da recepção, tive que manter meu autocontrole no máximo. Aproximei minha poltrona da sua e coloquei meu melhor sorriso no rosto.— Você pode aceitar jantar comigo — falei, forçando intensidade na minha voz. — Você aceita jantar comigo? Ela me encarou, pareceu que estava me estudando antes de responder. Aproximei-me um pouco mais e segurei sua mão. — Jules, eu estou realmente afim de levar você para jantar. Aliás, eu já fiz até planos para nossa noite, você não vai me deixar envergonhado, vai? — forcei um interesse que nem de longe existia da minha parte. — Como eu posso recusar um convite desses? É óbvio que eu aceito. — Tive vontade de rir quando vi seus olhos brilhando e seu sorriso de satisfação. Essa mulher é patética. Levei minha mão até o seu rosto e acariciei suas bochechas, depois fui descendo a mão até seu queixo e seguindo até seus lábios. Imediatamente vi
— Não é isso, Samuel. É só que… bom, as coisas não foram fáceis para mim nos últimos anos; eu ainda estou tentando me firmar como uma boa CEO, mas no entanto só venho tendo perdas e mais perdas no processo. Eu estarei mentindo se disser que estou segura do que vai acontecer agora. Entende? — Ela me encarou e pela primeira vez, eu vi desamparo e medo no seu olhar, não pareceu a mulher arrogante, mimada e cruel que destruiu a vida da minha irmã. O que é a vida, não é mesmo? Quando está com os mais fracos, ela pisa e humilha, mas agora, ela está aqui na minha frente toda humilde porque está à beira da falência e precisa da minha ajuda. Cínica. Essa mulher não perde por esperar, ela vai pagar com juros todo o mal que causou. — Jules, eu só quero ajudar você a se reerguer. Eu fiz minhas pesquisas, sei que a sua empresa é muito conceituada no mercado, tem um grande potencial e por isso estou investindo em vocês, eu não jogo dinheiro fora. Pare com esse pensamento pessimista e mostre que
JULES MONTEZ Quando senti sua mão acariciando minha intimidade, não consegui segurar meus gemidos. Esse homem é ainda mais gostoso do que eu imaginava, e seus beijos… bom, esses eu não tenho nem palavras para descrever, é gostoso demais. Ele envolveu minha cintura com um dos braços e ergueu meu corpo me fazendo sentar na sua mesa. Sua boca gostosa não deixou a minha nem um minuto sequer, já estávamos sem fôlego e ele continuou sugando meus lábios com voracidade. Sua mão voltou para minha intimidade, agora afastando a calcinha para o lado.— Ahhh! — Gemi na sua boca quando senti seus dedos entrando em mim. Ele parou o beijo e desceu a boca pelo meu pescoço; chupou, beijou, até pequenas mordidas eu senti na minha pele, que ficou sensível com suas carícias tão intensas. Ele tem uma pegada forte, intensa, chegando até ser meio bruta e é exatamente isso que deixou o momento tão gostoso. Ele abriu a minha camisa e puxou o sutiã para baixo liberando meus seios que estão implorando por sua
— Quer dizer que trepar comigo foi um sonho? — Foi. Tomara que não acabe — Respondi sorrindo. Ele foi até o banheiro e voltou alguns minutos depois secando as mãos e fechando a calça. Ele veio até mim e me ajudou a descer da mesa. Sorriu ao olhar as marcas que deixou no meu corpo; a minha sorte é que eu ando com uma necessaire de maquiagem na bolsa, vou poder esconder todas essas marcas com base. Quando olhei o meu reflexo no espelho, me assustei com a situação, eu realmente estava com manchas escuras em todo meu pescoço e nos seios, fora o meu cabelo que estava uma bagunça e meu rosto também estava vermelho e exausto. Sorri quando pensei que essa era justamente a expressão de uma mulher muito bem fodida. — Eu acho que agora é hora de ir para casa — falei assim que saí do banheiro. Estava terminando de abotoar minha camisa; já arrumei minha saia, meu cabelo também já estava preso como antes e já me maquiei. — Se quiser continuar aqui, eu não vou reclamar — ele disse, enquanto gir