O prédio de vidros espelhados, é luxuoso, erguido imponente, no bairro que com certeza eu não teria condições de pagar um quartinho, mesmo que vendesse meus dois rins. O piso de entrada é feito de mármore escuro dando ao hall um expecto requintado.
No elevador cercado de espelhos do chão ao teto uma música chata toca. É tarde da noite. Eu não me assustaria se Bruno morasse na cobertura, pelo sei, ele tem ganhado muito bem com a empresa que abriu.
O elevador para no sétimo andar só existe dois apartamentos nesse andar, a porta de madeira parece ter sido transada, é muito bonita. Um botão pequeno e iluminado com algum tipo de luz azul parece ser a campainha. Aperto o botão ao mesmo tempo que fecho meus olhos.
O botão era mesmo para o que eu havia pensado, um alívio, porque se tivesse apertado algo errado, ou até quebrado teria no mínimo que abrir m
_Não aconteceu nada de mais... Só estávamos conversando... Temos um caso... De um cliente. Uma ação. Então..._Você é engraçado, enquanto conversava com aquela mulher ela colocava a mão em você, o tempo todo. Quando Bruno falacomigo ele não me toca, nossa relação se restringe a Bea e só. - me lembro do beijo que Bruno me deu e tento permanecer inabalável._Você sempre defende esse cara Ana! Ele te cerca o tempo todo, ele pode não tocar você porque você não deixa, mas ele quer muito mais que te tocar... - Samuel fala com uma certa ironia na voz._Esse é o ponto, eu não deixo ele me tocar e você deixou. Deixou aquela mulher te tocar. Enquanto eu não, quer dizer... Você está sempre discutindo comigo por causa dele. - sinto que estou fazendo o papel de mulher ciumenta. - Você foi embora ontem... Acordei sem você na cama, me senti...
Durante todos os dias da semana Bea ficou com Bruno mesmo depois do meu pai ter voltado de viagem a pequena preferiu ficar com o pai. Eu sei que ele tem divertido ela bastante, o apartamento que ele mora fica em condomínio com brinquedos e piscina. Um paraíso para a Bea.Nós saimos juntos no fim de semana, foi legal, me divertir muito mais do imaginei. Meu pai também estava conosco. Bruno foi gentil comigo, ele tem sido assim desde que voltou. Ele as vezes pergunta sobre meu namoro, eu me esquivo de suas perguntas, de suas investidas, eu não quero viver isso de novo.Tenho medo de me machucar. Medo de sofrer novamente. A lembrança dos dias depois de nos separamos é clara, pareço viver a mesma dor só de lembrar. Eu daria tudo para que ele tivesse me olhado da mesma forma que me vê hoje.Durante nosso passeio meu pai e Bruno conversaram muito, pare
Acordei no outro dia pela manhã sentindo o corpo quente abraçado ao meu. Ele cumpriu com a promessa, não tentou nada. Outra parte do corpo dele porém, não quis saber de promessa e estava totalmente a acordado e revoltado.Ri com meu pensamento, foi o suficiente para que ele se mexesse na cama e se levantasse. Bruno não disse nada, entrou no banheiro e ficou por um longo tempo no banho. Cheguei a dormir de novo sem ter certeza do que fazer.Acordei novamente com ele vestido e me beijando de leve no rosto._Você precisa acordar, sei que merece dormir e quer muito isso mas precisa levantar..._Tudo bem... - respondo de olhos fechados.Me ergo da cama e vou para quarto com um bom dia e uma sensação muito estranha de intimidade se formando entre nós. Tento
_Você está me dizendo que fez esse drama todo porque o boy magia perguntou se estava tudo bem transar sem camisinha!?_Não Yago. Eu fiquei com ciúmes porque enquanto ele estava transando com um monte de mulheres eu estava aqui sofrendo como um cachorro abandonado! Eu fiquei com ciúmes. Eu sei que foi idiotice da minha parte. Mas... Eu ainda amo ele, e... É... - Tento explicar para meu amigo, trabalhamos juntos desde que entrei na empresa e nos tornamos amigos._Você sente como se ele tivesse te traído mesmo sabendo que não foi o que aconteceu. - Yago completa._Sim. - Mordo meu lábio inferior._Gata se eu fosse você ia correndo atrás do boy, me jogava nos braços dele
Bruno.Eu acordei sozinho. Sentia o cheiro dela no meu corpo no meu lençol, em tudo. Por um momento achei que fosse só um sonho. E então senti a leve ardência dos arranhões que ela fez nas minhas costas. Abri os olhos sorrindo, aquilo foi maravilhosamente real.Me levantei em busca dela, procurei por toda a casa e liguei, liguei. Aquela garota veio na minha casa me deu esperanças, eu me entreguei a ela só para acordar sozinho. Senti culpa e raiva, senti medo.Eu fiz isso com ela, eu disse que a amava, usei como quis e depois eu deixei sozinha, eu abandonei, assim como ela fez comigo. Ana não faria isso por vingança, não ela não faria...Decido ir atrás dela. Procuro ela na casa dos meus pais, na casa dos pais dela. Ligo para todos até parar na casa dela eu quase derrubei a porta e liguei tantas vezes que não seria capaz de contar e então lá estava ela abrindo a porta com sua linda cara de
Tem quase um mês que eu e Bruno estamos bem. Tirando tia Lili que nós pegou juntos na cozinha, ninguém mais sabe. Pelo menos, é o que eu e Bruno pensamos... Tia Lilian pode ter contato sobre sobre nós.A rotina é quase a mesma. Bruno pega a Bea pela manhã, exceto as vezes que eu durmo na casa dele ou ele na minha. Nossa princesa vai para escola na parte da tarde, o pai pega ela depois da escola e eu busco depois da faculdade.As vezes eu durmo na casa dele então Bea pode dormir até mais tarde e eu acordo cedo para só então ir para casa tomar banho e ir trabalhar. As vezes Bruno dorme na minha casa, nesses dias ou nos encontramos no caminho, ou ele vai até minha casa e entra porque eu dei a chave a ele, ou vamos da casa dele até a minha.Geralmente decidimos como serão as noites no momento em que ela começa.
Bruno.A vida as vezes parece cruel, parece que tem alguém no universo que gosta de curtir com a sua cara e rir das suas merdas. Eu estava feliz, estava muito feliz quando cheguei a casa de André.Minha filha correu para os braços dos avós. Jaqueline estava cortando tomates quando eu cheguei e André se encostou na bancada como se estivesse ali antes conversando com a esposa.André sempre soube, desde algum tempo depois do meu retorno, quase sete meses atrás que eu amava a filha dele. Por isso pareceu uma tremenda traição as cenas que não seguiram depois de constatar que Ana não estava na cozinha com eles._Eu vi o carro da Ana, onde ela está? - perguntei um tanto confuso._Nos fundos, mas não vá lá agora. Ela está com um namoradinho. - André diz e vejo que está feliz, como se gostasse de quem é a pessoa que está com Ana._Namoradinho!? Eu sou o namorado
Eu não esperava que tudo isso acontecesse, quando acordei pela manhã eu só pensava na reação da minha família, o que eles iriam pensar e como reagiriam ao saber que Bruno e eu estamos de novo numa relação.Enquanto todos da mesa riam, meu pai contava o que tinha acontecido, sobre sua ótica. Bruno ri algumas vezes em outras ele se defende dizendo que me ama e não vai deixar ninguém me tomar dele.Eu estou ouvindo a todos, reparei no enorme sorriso que tia Lili exibe depois de saber sobre nós. Minha mãe está um pouco retraída ainda, talvez seja por Bruno. Eu não sei. Bea diz o tempo todo que eu e o pai estamos namorando, numa musiquinha infantil.Os homens da mesa parecem de alguma forma apoiar o ato impulsivo de Bruno. Não posso dizer que não estou surpresa, de fato estou. Ainda mais porque suas palavras, suas ameaças estão vivas na minha cabeça e se repetem."Vou colocar um anel nesse dedo bem grande e voc