Meu chefe é meu ex
Meu chefe é meu ex
Por: Leticia lima
Capítulo 1

Olívia Smith.

O ar puro e o vento que trazem o cheiro da praia, o cheiro de água salgada invadem o ambiente enquanto eu estava lá curtindo a brisa, tomando um coquetel e esperando que meus empregados terminassem de colocar todo o meu dinheiro para dentro, era tanto dinheiro que caía no chão.

— Senhora, não temos mais espaço para colocar tanto dinheiro — disse a empregada.

— Sério? Coloquem em algum dos 25 quartos que temos na minha mansão — digo, colocando a mão sobre a testa.

E quando tento tomar meu coquetel novamente, não consigo, e quando levanto, caio de cara no chão e logo tenho o desprazer de perceber que tudo não passava de um sonho.

Levanto do chão ao som do meu despertador, que mais parecia altifalantes no meu ouvido, suspiro e me olho no espelho e vejo que meu cabelo parecia um ninho de passarinho haha.

- Estava brigando no quarto? Que visão horrível — disse meu irmão Paulo me atormentando logo pela manhã.

— Me deixe em paz, Paulo! Estou atrasada e tenho que tomar banho — digo dando dedo para ele e quando vou entrar no banheiro para tomar banho sou puxada para trás e Paulo entrou no banheiro primeiro trancando a porta.

- Paulo eu cheguei primeiro!- digo batendo na porta.

- Quem chegar por último é a mulher do padre!- ele começou a ri do outro lado da porta e com raiva desliguei a Luz do banheiro.

— Já levantou, minha filha? — disse minha mãe, Lia, enquanto eu tomava uma xícara de café para começar o dia.

— Sabe, mamãe! Eu tive um sonho maravilhoso, era tão bom que eu não queria acordar — digo lembrando daquele sonho maravilhoso.

— Novamente, Olívia? Não demora, você pode se atrasar para o trabalho — disse minha mãe.

Meu nome é Olívia, sou ruiva de cabelos longos e dos olhos verdes, herdei essas características do meu pai já que ele é ruivo, meu irmao já é diferente de mim ele tem cabelos castanhos e olhos verdes. E novamente, acordei atrasada para o trabalho.

Minha família tem um restaurante, mas mesmo assim, trabalho fora, trabalho em outro restaurante para poder ajudar minha família. Embora minha família também tenha um restaurante, as coisas ainda são apertadas, e então decidi trabalhar em outro lugar para poder ajudar dentro de casa, diferente do meu irmão, que só faz besteira e dívidas.

— Mamãe, já estou indo! — digo, assim que desço.

Nosso restaurante é embaixo da nossa casa, é restaurante de esquina. Dou um beijo na minha mãe e saio para o ponto de ônibus. No caminho, encontro Laura, minha amiga de infância.

— Estamos atrasadas! — Laura diz, andando rápido comigo.

— Eu sei! Mas mesmo assim, o chefe deve entender a gente — digo.

Chegamos ao ponto de ônibus e Laura começa a falar sobre Otávio.

— Laura, eu já te disse que não quero saber de Otávio, você sabe muito bem que a gente não se fala — digo.

— Mas é importante... — Laura começa a dizer.

— Laura, não! Não quero saber dele — digo, encerrando a conversa.

— Só de lembrar dele me deixa estressada! ele sumiu durantes 5 anos, porque devo saber da vida dele?— digo fazendo para o ônibus parar.

Chegamos ao trabalho para começa o dia.

- Olívia! Quero que passe pano em todo o restaurante - Meu chefe disse apressado.

- Fala sério? - pensei de voz alta.

- O quê? - Ele me encarou e eu fiquei sem jeito.

- Nada patrão, vou passar o pano já, já - Digo irônica, indo buscar o pano com todo ódio do mundo.

- Amiga, calma! - Laura diz assim que me vê passando pano.

- Ele tá implicando comigo de novo - Digo passei pano ontem aqui.

- Você tem sorte de ele não te demitir! - Ela disse, passando o pano no enorme balcão onde os clientes podiam beber.

- Fala sério! - Digo, revirando os olhos, depois de passar pano naquele enorme salão estava aguardando a chegada dos clientes.

- Olívia, pode atender aqueles clientes e perguntar a forma de pagamento? - Meu chefe disse assim que terminei de atender outro cliente.

- Claro! - Pego a maquininha e vou até a mesa deles, era um grupo de homens.

- Olá, venho trazer a conta de vocês - Digo, entregando o papel e um deles me olhou de cima abaixo, enquanto o outro colocava o cartão na maquininha, enquanto ele digitava a senha o outro que estava me olhando de cima abaixo me disse:

- Delícia! - Ele disse, passando a mão na minha bunda, isso foi o cúmulo para mim, peguei a maquininha e bati na cabeça dele, e voei pra cima dele.

- Está pensando que sou o quê? - Digo, toda descabelada, enquanto era segurada pelos funcionários dali.

- Eu vou te processar! - Ele diz com a mão na testa, já que quebrei a maquininha nela.

- ENTÃO PROCESSA! - Digo, tentando ir para cima dele de novo.

- Você é louca! Sua louca! - Ele disse, assim que eu estava indo para dentro do Restaurante.

- Ele me chamou de louca? Esse assediador! - Digo, correndo atrás dele com a vassoura na mão e acabei batendo nele com a vassoura também. Só sei que fiquei cega na hora, eu puxava o cabelo dele enquanto os funcionários tentavam me separar dele.

- Isso foi a gota d'água para mim! - Meu chefe disse, bravo.

- Não estou estendendo! O cara passou a mão no meu bumbum e eu que sou culpada? Não vou permitir isso, senhor Fábio! - Digo, cruzando os braços.

- Olívia, pode passar no meu escritório mais tarde, somente para pegar sua rescisão! - Ele disse, dando as costas para mim.

- É sério isso? - Sim! Como vai arcar com os custos? - Ele gritou e saiu.

- Nossa, Amiga, e agora? - Laura perguntou, e eu sentei na cadeira sem acreditar.

- Vou ter que ir atrás de outro emprego! - Suspirei, tirando o avental e pegando minhas coisas.

- Nunca que eu ia permitir que aquele cara passasse a mão em mim! Ah, só de lembrar me dá uma raiva, eu tinha que ter socado a cara dele! - Pensei alto, e todos ficaram me olhando enquanto eu fazia gestos com a mão.

- Só estava pensando alto! - Digo, sem graça, pego o ônibus e volto para casa.

- Filha, voltou cedo! - Minha mãe falou, enquanto servia um cliente.

- Fui demitida, mamãe! - Sentei na cadeira.

- Meu Deus! Por quê? - Meu pai chegou e sentou do meu lado.

- Sabe o que é, papai? Um cliente passou a mão no meu bumbum e não aguentei e quebrei a maquininha na testa dele! - Digo, fazendo gestos de como eu bati na cabeça dele.

- Essa é minha garota! - Meu pai disse, alegre.

- Não vamos mais pensar nisso! Venha aqui que a mamãe vai te mimar! - Minha mãe disse, me abraçando.

- Por que estão abraçando ela? Quero também, mamãe! - Paulo disse, abrindo os braços para mamãe abraçar ele também.

- Seu invejoso! - Resmungo, até que caras invadirem o restaurante.

- Quem são vocês? - Meu pai perguntou, e eles então pegaram meu irmão.

- Irmão! - Digo, assustada.

- Eu quero meu dinheiro agora! - O cara disse, balançando meu irmão pelo coralinho da camisa.

- Mas que dinheiro? - Mamãe perguntou, quase passando mal.

- O dinheiro que ele pegou emprestado! - Ele disse.

- Com licença! - Digo, tirando meu irmão de perto dele e comecei a bater nele com minha bolsa.

- Como você é tão problemático, Paulo? - Mamãe perguntou, enquanto ele ia para perto da nossa mãe, mas nada adiantou, ele apanhou ainda mais.

- O que você fez com esse dinheiro, Paulo? - Papai perguntou.

- Eu joguei e perdi! - Ele disse, baixinho.

- Não entendi! - Papai perguntou, mais de perto.

- Eu joguei e perdi todo o dinheiro! - Ele gritou.

Mamãe colocou a mão na boca, chocada, e eu fiquei pensando na burrada que esse menino fez.

- Moço, de quanto estamos falando? - Perguntei, com medo.

- 20 mil! - Arregalei os olhos, quase caindo para trás. Não tenho nem a metade.

- Meu Deus! Eu vou desmaiar! - Mamãe caiu para trás, sendo amparada por papai.

- Moço! A gente não tem esse valor! - Digo.

- Ou pagam meus 20 mil ou seu irmão vai morrer! - Ele disse, pegando meu irmão novamente.

- NÃO! Você pode dar um tempo para gente arrumar todo esse dinheiro? Eu tenho aqui o dinheiro da minha rescisão, você pode levar, ou podemos entrar em acordo de todo mês a gente te dar um valor para poder quitar essa dívida aos poucos. Somos família de bem e nosso único sustento é esse restaurante! - Digo, com um olhar penoso para ele. Nessa tática, eu sou profissional.

- Tudo bem! Eu aceito esse acordo, mas se falharam um só mês, o juros vão triplicar! - Ele disse, apontando o dedo para nós e saiu. E quando ele saiu, eu bati mais em Paulo.

- Irresponsável! - Digo, cansada de tanto bater nele.

- Desculpa! - Ele diz.

- Desculpa? Fala sério, Paulo! Vou ter que trabalhar ainda mais por sua causa. Nem mesmo minha faculdade eu vou terminar! - Sentei na cadeira.

- Você ainda vai matar seus pais! - Papai gritou alto, ajudando mamãe levantar, e os dois saíram dali. E eu fui mais atrás, exausta.

Entrei no meu quarto e tirei minha roupa, tomei banho e me joguei na cama, tentando achar uma solução para poder pagar a dívida do meu irmão. Peguei meu notebook e comecei a procurar emprego, até ver um anúncio de uma nova empresa de tecnologia que chegou recentemente na minha cidade. Estavam com apenas 2 vagas para secretaria e para designer. Avaliei aquele anúncio por vários minutos e decidi mandar meu currículo. Vai que eu seja chamada para essa grande empresa!

Fechei o notebook e fiquei admirando a lua pela sacada do meu quarto. E do nada, pensei em Otávio.

- Para Olívia! Já faz 5 anos que ele foi embora! - Digo, cabisbaixa. Isso não deveria me afetar depois de tudo que aconteceu. Decidi nem ter redes sociais e nem saber da vida dele.

- Olívia! Laura gritou lá debaixo.

- Laura?

- Vamos tomar um sorvete?

- Vamos! Deixa eu me arrumar, que já já desço.

Abro meu guarda-roupa e tiro um vestido florido, solto meus cabelos e passo um perfume e desço.

- Irmãzinha, onde você vai?

- Nossa! Acho que escutei algum mosquito sussurrar no meu ouvido! - Ignoro ele.

- Por favor, Irmãzinha, já pedi desculpa! Não posso ficar nessa casa sem nossos pais falarem comigo.

- Nossa! Acho que ouvi de novo! - Digo, saindo de casa sem dar atenção para ele.

- Não acredito! Paulo é sem noção! Como ele pôde ter perdido 20 mil em uma aposta?

- Amiga, mamãe caiu pra trás, eu sei que meu irmão não gosta de trabalhar, mas uma dívida de 20 mil é demais! - Digo, tomando meu sorvete.

- Amiga, e como vão pagar essa dívida?

- Não sei! Eu coloquei meu currículo em uma empresa que acabou de chegar na cidade.

- Amiga, Otávio é... (interrompo ela)

- Já disse, amiga! Não quero saber de Otávio!

- Mas é importante!

- Não quero saber! Digo.

- Desisto de dizer! - Ela diz.

Eu e Laura ficamos na praça perto da minha casa.

- Aí, amiga, eu queria tanto terminar minha faculdade! - Digo.

- Você teve que trancar por causa daquilo, não é?

- Sim! Depois do que aconteceu, não consegui mais seguir. É como se eu tivesse parado no tempo! - Digo.

- Mas talvez você consiga novamente! - Você tem razão, amiga! Já se passaram 5 anos, não posso deixar que isso me afete. - Digo.

- Sim! E lembre-se, estou sempre do seu lado! - Ela diz, me abraçando.

Depois de tomar sorvete, volto para casa e bem na porta, Paulo me aborda.

- Maninha! Por favor, converse com a mamãe! Não posso ficar aqui do lado de fora! - Paulo diz quase

- Acho que escutei uma voz do além! - Digo, novamente não dando atenção para ele.

- Eu vou morrer de frio aqui! Que castigo é esse? - Ele finge que está chorando, e eu entro sem dar atenção a ele.

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