No andar de cima, tudo continuava muito sofisticado, mantendo o padrão de beleza e cores com o cinza e prata, mas com algumas coisas em branco e um cinza mais claro, um ou outro ícone de decoração com cores diferentes. Enquanto ainda conversávamos, ele me encaminhou até uma sala ao fundo e encontrei duas mesas brancas, com coisas de escritório em cima. Havia um homem em um lado e uma mulher do outro.
O loiro me olhou intensamente e pude perceber seus olhos incrivelmente azuis e profundos. Já a garota, se levantou e sorriu, assim que me viu.
— Hope, te apresento, Amélia. A parte Sawyer. — disse apontando para a menina — E Enrico. A parte Garcia. — apontou para o loiro de olhos azuis em seguida e rindo.
— Muito prazer! — os dois disseram em uníssono.
— O prazer é meu. — disse, ruborizada pelos olhares que me cercavam.
— Então, Enrico é quem administra essa parte de acordos e papelada de contrato e tudo mais. Eu fico na parte de apresentação da casa ou apartamento para os possíveis compradores e a Amy, fica na parte de te mostrar um possível novo apartamento, mas como você já viu isso, não vai precisar passar por ela.
— Tudo bem. — digo, cada vez mais sem graça.
— Ela está em suas mãos, Enrico, cuide bem dela! — Harry diz e se vira para sair da sala.
[...]
A conversa com o Enrico fluiu muito bem. Fechei o contrato com ele e estava tudo certo para a venda do apartamento. Mateo me deu carta branca pra isso e de acordo com as minhas pesquisas, tudo daria certo nessa venda.
Saí da sala de Enrico e Amélia e fui me encontrar novamente com Harry.
— E aí? Tudo certo? — questionou, enquanto olhava o celular.
— Sim, obrigada! — Sorri.
— Então, quer me mostrar o apartamento logo? Ainda temos tempo. — disse, enquanto olhava o relógio.
Percebi que ainda era cedo e teríamos tempo de olhar com calma o apartamento, antes de Mateo chegar.
— Tudo bem! Vamos lá. Me segue com seu carro ou...?
— Vamos no meu, depois você volta comigo e pega seu carro no estacionamento daqui. — Harry me interrompeu.
Reviro os olhos com aquele jeito mandão, mas aceito pra evitar discussão.
Andamos em direção a seu carro e digitei o endereço do apartamento em seu GPS. Uma batida eletrônica tocava no carro ao fundo, fundindo-se com as buzinas e barulhos de trânsito. Seguimos todas as instruções até finalmente chegar.
— Onde você foi se esconder, hein? — resmungou ao descer do carro.
— Reclama mais! Vamos ver se eu não tenho coragem de cancelar o negócio!
— Você não seria capaz...
— Tenta a sorte! — revidei.
[...]
Estávamos no elevador e um clima pesado tomou conta do ar de tal maneira que quase podia ser tocado. Eu balançava minhas pernas e olhava para as minhas próprias mãos a fim de me distrair de alguma maneira até finalmente chegar no andar do apartamento. Não conseguia levantar o olhar e encarar Harry, mas sentia que ele me olhava de alguma maneira e isso fazia meu rosto ferver e ruborizar.
— Chegamos! — disse, assim que a porta do elevador se abriu e eu corri para fora.
Gostaria de saber o porquê de elevadores terem esse clima pesado e sexy.
Harry sorria de lado pra mim e esperava que eu lhe mostrasse o caminho.
Busquei o chaveiro na minha bolsa, mas algo estava fazendo minhas mãos tremerem e suarem inexplicavelmente. E aquele se tornou um trabalho mais difícil do que eu pensei.
Quando eu finalmente consegui encaixar a chave na fechadura, destranquei a porta e dei passagem para que Harry entrasse.
— Primeiro as damas! — disse e estendeu a mão para que eu entrasse primeiro.
Entrei e ele me seguiu.
— Então, como você pode ver, essa é a sala de estar. Todos os móveis são novos, tem pouco tempo de uso e estão em perfeito estado. Gostaria de vender o apartamento já mobilado.
— Ótimo! Apartamentos desse tipo são sempre muito procurados. Pode me mostrar os outros cômodos da casa?
— Claro!
Uma onda de espasmos e lembranças foi tomando conta de mim enquanto olhávamos todos os cômodos, mas principalmente quando chegamos ao quarto. Todas as minhas travessuras com Mateo e todos os meus pensamentos impuros em relação a novas experiências. Minhas pernas bambearam e por um momento achei que fosse cair, mas consegui me apoiar a tempo antes de me espatifar no chão. Harry me olhou confuso, mas deixou pra lá quando lhe lancei um sorriso reconfortante.
— Gostei daqui. Vai ser fácil encontrar alguém interessado.
— Que ótimo! É isso que eu quero.
— Mas então... Tem compromisso amanhã à noite? — sussurrou à medida que chegava mais perto de mim.
— Ah, não sei, por quê? — desdenhei.
— Que tal sair pra jantar comigo?
Me senti vermelha como a própria cor e não sabia onde me esconder. Nunca tinha sido convidada para jantar daquela maneira e não fazia a mínima ideia do que fazer.
— Ah, eu acho melhor não. Sabe como é, misturar o trabalho com a vida pessoal. — dei de ombros com uma desculpa mega esfarrapada.
— Eu sei dividir as coisas — murmurou com sua voz mais rouca que o normal.
— Mas eu não quero correr o risco.
— Ok.
Saímos do apartamento em silêncio e todo o percurso até o carro também, passando pelo elevador de clima pesado e sexy novamente, mas dessa vez não fiquei tão nervosa.
No carro, o rádio tocava alguma música que eu não conhecia e que Harry cantarolava baixinho, quase que imperceptível. Ele canta razoavelmente bem.
— E um almoço então? — falou, interrompendo meus pensamentos quando estávamos quase chegando de volta a imobiliária.
— Não! — disse de prontidão.
— Vamos! Vai ser divertido. — insistiu.
— Não estou muito afim.
— Qual o problema?
— Nenhum. Só que...
— Só que nada. — diz me interrompendo — Vamos! É só um almoço.
Mas que diabos de insistência.
— Não sei não.
— Hope... — ele choramingando.
— Está bem! Quando?
— Amanhã, pode ser?
— Ok. — me dei por vencida.
Acho que um almoço será menos apavorante que um jantar, daqueles românticos estilo filme americano. Um almoço seria algo mais descontraído e casual.
— É, um almoço! — digo, enfatizando.
— Te pego amanhã à uma da tarde. Na casa do seu amigo? — perguntou, assim que paramos em frente a imobiliária.
Caminhamos até meu carro e ele segurou minha mão.
— É, na casa do Roger. — murmurei, quase sem ar.
— Até amanhã, então. — disse, enquanto beijava minha mão.
— Até! — respondo, envergonhada, enquanto puxo a mão.
Entrei no carro e precisei de alguns momentos para me recuperar. O que diabos tinha acabado de acontecer? Não gosto que beijem minha mão. Ninguém beija minha mão. Não pode simplesmente fazer isso e sair, como se nada tivesse acontecido.
Recupero o fôlego e a consciência e finalmente ligo o carro juntamente ao rádio, que inicia qualquer música que esteja tocando. Meus pensamentos estão embolados e não consigo identificar que música é e muito menos quem canta. Sigo em silêncio para a casa de Roger afim de contar a novidade e correr atrás de uma roupa para amanhã.
[...]
A noite passou como o dia, arrastando-se, após mais uma aula cansativa na faculdade. Não conseguia parar de pensar nas palavras de Harry e no modo como insistiu em querer sair comigo. Não conseguia imaginar algum look que fosse bom o suficiente pra um almoço. Casual, mas chique. Sexy, mas não atirada. Forte, mas romântica.
Levantei decidida a ir em meu antigo apartamento com Mateo e pegar todos os meus pertences de lá, desde roupas e sapatos até porta-retratos e enfeites.
Tomei um banho morno e rápido, sem lavar o cabelo. Amarrei-o no alto de qualquer jeito e vesti um short jeans larguinho com uma regata simples e chinelos. Tomei um café e fui até meu carro, ligando o som e colocando um rock alto pra tocar enquanto dirigia cantarolando até o apartamento. Por um momento consegui esquecer do drama que vai ser escolher uma roupa adequada pra sair com aquele homem cheio de mistérios.
Não sabia o que esperar, mas estava doida para descobrir.
Por sorte Mateo não estava em casa, então ligo o rádio e conecto meu celular a ele, para que possa continuar ouvindo músicas do meu gosto. E o aleatório sempre me surpreendendo, toca a música que eu mais tenho ouvido ultimamente. Love Me Like You Do. Então continuo a arrumação cantando e dançando lentamente ao som de Ellie Goulding, deixando-me ser embalada pela sensualidade emanada na voz e na letra dessa música.
Ainda não contei a novidade a Roger e sei que ele irá surtar quando souber que eu vou sair para almoçar com o “deus grego cacheado", como ele costuma falar.
Sei que ele vai me ajudar com a roupa e espero ter algo no meu armário que me sirva para não precisar ir ao shopping. A ultima visita tinha sido entediante e por nada, já que meu vestido acabou destruído pela bebida naquela noite.
Olhei cada roupa com cuidado antes de colocar na mala, mas nada me pareceu bom o suficiente para o que tenho em vista. Realmente não sou nada sem Roger pra me ajudar.
Olhei o visor do celular aceso e verifiquei minhas mensagens. Era ele perguntando onde eu estava. Respondi que estava no apartamento e que logo estaria de volta. Mas ele nunca se dá por vencido e logo perguntou se eu estava com Mateo. Ignorei e continuei arrumando minhas coisas, dessa vez ao som de Beyoncé.
Quando entrei no carro para ir embora, eram onze da manhã, então corri até em casa e cheguei quase pulando em cima dele, louca pra contar a novidade.
— O que é mulher? — gritou ele em meio ao meu cabelo.
— Tenho que te contar uma coisa, mas não grita!
— Você e Mateo se pegaram? — berrou, ignorando totalmente meu pedido.
— Não! — berro de volta. — Hoje, daqui a pouco, na verdade, estou indo almoçar com o "deus grego cacheado!" — dei ênfase ao final da frase fazendo aspas com as mãos.
Sua expressão foi de chocada a animada em milésimos de segundos e ele sorria sem parar como se estivesse imobilizado.
— Fala alguma coisa! — murmurei.
— Não dá! Estou pasmo! E quando isso aconteceu? Por que não me contou? — berrou de novo.
— Foi ontem à tarde, quando fui à imobiliária da família dele, logo depois que visitamos o apartamento. Primeiro ele me chamou pra jantar e eu não aceitei, mas depois de insistir, ele me chamou pra almoçar e eu decidi aceitar, já que parece ser algo casual.
— Hmmm, menina esperta, se fazendo de difícil. — comentou enquanto dava um sorriso malicioso.
— Nada disso, só estava nervosa com a ideia de um jantar romântico. Nunca tive um encontro, então não faço a mínima ideia de como deve ser, de como me vestir e como devo me comportar. — confessei, não só pra ele.
— Ah, sem essa! Olha pra só para você! — disse enquanto me arrastava até a frente de um espelho — Pernas definidas, cabelos loiros e lisos, olhos azuis, barriga chapada, quer mais o que? Uma Ferrari e uma casa em Paris? Você está feita na vida, garota. Se joga!Sorri ao ouvir a resposta dele. É incrível, ele sempre tem algo motivador e alegre a dizer. Por isso eu pus um sorriso no rosto e virei novamente pra ele.— É isso aí! — falei — Agora vem, vamos escolher uma roupa! — disse e o arrastei até o quarto, levando minha mala junto.Joguei todas as roupas de uma vez, sem cuidado nenhum, na cama e olhei para Roger com cara de confusão. Ele riu e começou a analisar todas as peças com olhos de quem entende de moda. Eu só o observava calada enquanto ele separava algumas e fazia cara feia para outras.Por fim, eram duas mudas
Depois de quase não conseguir dormir, mal acordei e já me pegava tocando meus lábios. Roger não me deixou quieta um minuto ontem e eu precisei contar a ele sobre o breve beijo que ocorreu. Depois de seus muitos berros em meu ouvido, fui tentar dormir, satisfeita pela impressão que acho que passei, mas ainda assim encantada e pensativa sobre o ocorrido.Não sabia quais seriam os próximos passos, mas ainda assim espero uma ligação dele e não paro de olhar meu celular, um minuto sequer. Me sinto como uma adolescente afim de algum garoto da escola, na espera de uma solicitação de amizade ou um simples 'oi' capaz de causar loucuras.
Roger me olhava paralisado, tentando entender o que acabei de fazer, mas eu só sabia rir, pelo nervoso que estava sentindo. Harry cismou que eu estava bêbada.Meu telefone estava tocando há uns vinte minutos e eu só sabia rejeitar as ligações. Mateo insistia em me ligar e não sabia a hora de parar. Ele é insistente e teimoso, isso sempre me irritou nele.Já passava das duas da manhã e decidimos ir embora. Como Harry foi o único a não beber, deixou Roger e eu em casa e eu iria buscar meu carro no estacionamento do nosso prédio no dia seguinte, já que j&aa
— Relaxa, só estou brincando. Você por acaso teria vinho aí? — revirou os olhos.— Não, muito mal tenho água. — respondi e olhei em volta.— Então eu já volto. Tinto ou branco? — disse já na porta.— Tinto suave. — respondi e ele bateu à porta em seguida.Aproveitei os momentos em que ele estava fora para resp
Recuperando os sentidos, eu abri meus olhos e o olhei. Ele entendeu meu recado e saiu de mim, se deitando no sofá e me dando espaço. Sentei em seu colo e rocei minha intimidade com a sua, podendo sentir sua ereção quase explodindo de tanto prazer. Em um único movimento, sentei de modo que ele pudesse me penetrar novamente. Rebolei devagar e arranhei de leve seu abdômen, mordendo os lábios e tombando a cabeça para a trás, jogando todo o meu cabelo com ela, para que lhe desse uma visão completa de meus seios que estavam ali a sua disposição.Senti suas mãos em minhas costas, apertando minha cintura devagar, mas querendo me levar para a frente. Me inclinei e ele levou um de meus
— E aí. — digo, assim que Roger abriu a porta de seu apartamento.— Nada de e aí, quero saber de T—U—D—O! — disse pausadamente, quase que soletrando a última palavra.— Ei, calma! Pergunta e eu falo.— Vocês se beijaram? — disse.— Sim. — dei de ombros.
Sua voz soou sedutora. Ele falou de modo rápido e seco, mas ainda assim excitou uma parte de mim e assustou outra.— O que quer dizer com isso?— Eu quero que você queira tudo isso, Hope. Quero que se sinta desejada por outros homens e até mesmo por outras mulheres. Você já teve experiência com outras mulheres?— Não. — sussurrei.— E nunca pe
Harry me olhava com desejo e eu sentia meu rosto arder, parte excitação e parte efeito do álcool em meu sangue, então o puxei pela gola de sua camisa de botões e o beijei com pressa. Pude sentir suas mãos se movimentarem até chegar em minha nuca e logo depois descer por minhas costas, passando de leve por minha bunda e permanecendo ali por alguns segundos apenas, movendo-se em seguida para minhas coxas, até encontrar a parte interna delas, me fazendo respirar mais fundo. Seus dedos ágeis pediam passagem e assim o fiz. Abri minhas pernas um pouco e sua mão chegava mais perto de minha intimidade, que a essa altura já estava molhada.Puxou minha calcinha para o lado e me invadiu de uma