Rarysha, terceira predestinada.
Pisco meus olhos, tentando conter as lágrimas que caiam de saudades. Elas preenchiam os meus olhos, ao abraçar minha querida prima.Ela havia morrido, pelas mãos de uma princesa da escuridão. Seu Titã Darkness a reivindicou das garras da morte, pedindo clemência a deusa da Lua. E a deusa clemente como é, lhe ouvio, trazendo de volta para nós nossa Brymel.Durante aquela celebração tão especial, sinto o vento soprar, sussurrando, os galhos secos das árvores se agitam. A voz de todos ao meu redor, começam a ficar distante, disfocados, como uma pintura manchada rodopiando ao meu redor. E era cada vez mais difícil de ouvi-las, as vozes se confundiam e, se misturavam causando me tontura. De repente me vejo sobre minha cama, oito servas lobas estavam ao meu redor, servas que eu nunca tinha visto, desde que cheguei em Kritos. Corro meus olhos pelo quarto, a procura do meu companheiro, mas nada, apenas me deparo com um cômodo luxuoso, bastante espaçoso, decorado em estilo Chinês.Os Titãs adimiravam o estilo de vida desse povo e, gostavam de adaptar a decoração em seus hambientes. Fossem no espaço externo ou no interno do castelo. As lobas falavam comigo, mas não conseguia compreendê-las, desço minha vista pra minha barriga, arregalando os olhos, surpresa. Ao dar de cara com o meu ventre alto, roliço e, uma das lobas entre minhas pernas.Ela se curvava, olhando para a entrada da minha vagina, parecia estar esperando por algo, segurando firme com suas mãos, uma de cada lado das pernas.As dores eram infernais, algo me rasgava por dentro e, meus pensamentos firmaram se nelas, mas continuava querendo saber.Aonde estava o meu Titã? Grito várias vezes o seu nome, mas ele não vem, então as dores param. Um choro alto é ouvido, as mulheres começam a dançar e cantar em sua linguagem, uma canção tão melodiosa que quase me fez dormir.Fico zonza e totalmente confusa. Um bebê! Exclamei.Quando fiquei grávida?__ Uma menina minha senhora! A milênios, não, há milhares de milênios, nossa antiga rainha desejava ansiosamente por uma lobinha, mas nunca foi abençoada, agora nosso soberano foi honrado com a sua primogênita.Quando a serva selou seus lábios, uma aura perolada brilhante, invadiu o quarto, entrando entre as cortinas.As sacodindo com a sua passagem enquanto penetrava o lugar se acumulando no canto do cômodo, ao lado da serva que segurava minha filhote. Se transformando na figura de uma mulher e, eu a conhecia muito bem.Seus olhos pousam sobre mim, frios, sem qualquer emoções. Brisaz levita suas mãos, fazendo com que um espesso nevoeiro preencha o lugar.Fico desesperada, procurando pela minha filhote, dentro da selva branca, em vão. Então uso meu ofato. Minha pequenina era tão jovem e, já possuía seu odor tão forte, marcante e, próprio dela. Deslizo da cama vagarosamente com minhas mãos sobre a barriga que aos poucos começa a voltar ao normal.Sinto o útero fazendo sua limpeza, enquanto sangue escorre pelas minhas pernas. Mas ainda assim, ando, dando um passo de cada vez, seguindo o cheiro da minha lobinha. Os corredores estão vazios, continuo caminhando, seguindo em frente com as mãos apoiadas na parede dos corredores. O castelo se encontrava sombrio, totalmente deserto. Aonde estavam todos?Minhas pernas dóiam, caio me sentindo fraca, chamando por Blezzard, mas ele não está, não aparece de lugar algum.Me ergo, tremula com muita dificuldade, consigo chegar nas escadas que me levam ao grande salão. Desço os degraus apoiando-se no corrimão, caindo novamente ao final dela. Então continuo me arrastando, deixando um trilha de sangue no chão, paro ofegante, puxando ar pra dentro dos meus pulmões. Ergo minha cabeça, a visão fica turva, mas preciso continuar, vou seguindo me arrastando, até que chego de frente à porta.As empurro, gemendo de dor, pois são demasiadamente pesadas, sou banhada pela frágil luz solar, quando consigo abri-las. Olho ao meu redor, contemplando as árvores secas com seus galhos secos, sendo balançados pelo vento me causando arrepios. Estava no território do meu companheiro, definitivamente, pois a neve reinava plena, pálida. Desço as escadarias da entrada do castelo, ainda me tremendo, a dor insuportável me assolando por dentro, parecendo querer me rasgar, mas continuo seguindo. O cheiro da minha pequenina está ficando distante, meu sangue pinta a neve de vermelho, me levanto, mas volto a cair novamente. Até que chego a um emaranhado de cipós e raízes. Precisava atravessá-los.Deito me na neve fria e, começo a me arrastar por entre os cipós e raízes, mesmo eu sendo pequena, sinto que o espaço por entre eles estava diminuindo. Continuo a atravessar aquele vale sem fim. Os cipós ganham vida, se enrrolam pelo meu corpo segurando minhas perna, se comprimindo sobre meu ventre. Grito de dor, fazendo um grande esforço, invoco minha espada, cortando os cipós. Mas rapidamente voltam a crescer e se enlaçar em mim novamente.Escorregam sobre a minha pele, apertando e, causando queimaduras onde eles tocam. Mais um grito sai da minha garganta ao sentir a ardência das queimaduras, chega aos meus ouvidos, o choro de um bebê.Minha lobinha, preciso chegar até ela!Mas como iria fazer isso?Neste momento um monte de neve começa a se juntar, os galhos e raízes vão se fundindo com a neve, arrastando árvores para serem seu esqueleto se tornando um boneco gigantesco de neve. Sou erguida no ar, minha espada cai das minhas mãos, meu sangue escorre pelas minhas coxas, sedo absorvido pelos cipós.Espinhos crescem deles, perfurando minha pele, urro em dor, rosnando para aquele demônio que se formou na minha frente. Seus olhos se abrem enquanto sou elevada as alturas, presa por cada lado dos braços e, pernas, por seus cipós.Até que ficasse ao alcance dos seus olhos, azuis, injetados de sangue.Respiro com dificuldade, pela fraqueza em perder tanto sangue e, o medo se alastrou em mim. Estou eu não sei, a quantos metros de altura, de pendurada pelos cipós do monstro que estava sugando meu sangue. Mas resistindo, pois meus pensamentos estavam na minha lobinha. Estou um caco, os cabelos molhados da umidade da neve, grudavam no casco da minha cabeça, a camisola não existia mais, se transformando em um trapo. A voz cortou o barulho do vento, que chicoteava minha pele.__ O Fim está próximo minha criança, logo a verdadeira rainha acordará e, todos da humanidade e, do reino de Kritos perecerá. Então tudo irá virar cinzas, caos e, destruição.A voz sinistra ecoa nos meus ouvidos, não pude acreditar no que ouvia. O monstro abre sua boca aterrorizante com estacas de gelos sólidas, quê brilhavam com a fraca luz refletida nelas.Os cipós se movimentam me levando de encontro a sua boca, acordo aos gritos, sinto ser sacudida levemente, então abro meus olhos. Estou sentada na minha cama, ao reconhecer meu Blezzard me jogo em seus braços em prantos e, soluços, aconchegada, o sentindo me estreitar em seu abraço. Sua voz sendo um alento para a minha aura atormentada.Terra da escuridão...A rainha da escuridão gritava enfurecida por Darkness ter conseguido salvar sua rainha. Ela precisava executar imediatamente seu plano, Brisaz se recuperou da última batalha, mas ainda estava receosa em contra-atacar, pois a morte de suas irmãs a havia deixado amedrontada.__ Você acha que conseguirei derrotar a rainha Rarysha?__ Brisaz conversava com o lado humano da sua serpente.__ Você sempre foi a mais delicada e, amorosa. Não sei se conseguirá executar essa tarefa! Suas irmãs que eram mais agressivas, não conseguiram, imagina você que tem um coração tão bom.__ Eu não tenho o coração bom__ brisaz fecha a cara chateada, ele se apróxima, lentamente, fazendo a água ondular, se enfiando entre suas pernas delgadas, deslizando suas mãos sobre a pele sedosa.A boca feminina entre abre, convidando-o a um beijo que kaysk aceita imediatamente. Ele sempre a desejou, a queria para ele, mas ir contra as vontades da rainha da escuridão... Séria como morrer na mesma hor
Não me recordo em qual momento adormeci na noite passada, após meu pesadelo horrível. Apenas lembro me do meu Blezzard a me confortar, com sua voz melodiosa.Pela manhã, sinto o calor do sol adentrar pela janela, aquecendo minha pele. Vou erguendo minhas pálpebras devagar, me espreguiçando entre os lençóis, sem a devida coragem de abrir meus olhos totalmente. Até que, o aroma de flores de jasmim invadem o quarto, o preenchendo completamente, puxo o ar levando-o aos meus pulmões. A fragrância inconfundível me trazendo lembranças agradáveis da minha infância.Doze anos atrás__ Vamos Brymel, o vento está trazendo o perfume de jasmim, erga seus braços, feche seus olhos e, sinta a sensação de paz e, tranqüilidade que eles vão fazer você ter__ Corríamos por entre as flores perfumadas na clareira, seus caules batinham contra nossas pernas, conforme passávamos velozes, entre elas, em uma imensa plantação colorida.Com nossos cabelos soltos ao vento, com nossos braços abertos enquanto gargalh
Dormir nos braços de quem você ama, não tem explicação, acordar depois de ser amada com tamanha intensidade, não tem explicação. Mas abrir os olhos e, perceber dois luminosos a observá-la, era absolutamente maravilhoso.__ Quero levá-la a um lugar, muito especial pra mim__ Rarysha o encara, enrugando a testa__ um passeio por Kritos, apenas eu e você, minha rainha.Blezzard leva sua companheira para conhecer seu reino, desde que a tornou sua rainha, ansiava que ela conhecesse seu lugar favorito, mas as ocorrências desastrosas com as princesas da escuridão, não lhe permitiram. Sua primeira parada, começaria pelo alto, nas montanhas resplandecente.O Titã a pega em seus braços libertando suas asas de penas azul celestes, olhando fixamente para as reações no rosto de sua companheira ao vê-lo alado. O soberano amava suas expressões de surpresa, nunca que ele esqueceria seu sorriso se alargando, naquele rosto angelical. Para o Soberano, poderia passar o tempo que fosse, sempre se lembraria
Drastasky era um dragão antigo, cheio de sabedoria, que guardava segredos misteriosos, sobre o velho mundo. Suas palavras eram certas e, prontas a se cumprirem, o que deixava Blezzard ainda mais inquieto.Sentindo o toque delicado da mão repousando sobre seu rosto duro com expressões indecifráveis. Blezzard ponderava toda a conversa com o ser místico e, seu coração não estava sossegado. Não tinha ideia de quando a profecia iria se cumprir, mas Blezzard faria o possível e, impossível para proteger sua rainha.Nem que pra isso, ele tivesse que conjurar um novo selo, na praga que estava prestes a acordar, querendo o sangue da sua companheira como chave para sua libertação.__ A nova era dos tempos dos dragões retornará, uma nova princesa os conduzirá e os faram poderosos novamente. Ao lado das suas feiticeiras. Pois os que morreram, apenas voltaram ao seus estados de hibernação, dentro das cascas dos seus ovos. Caberá as escolhidas os encontrarem outra vez, vencendo seus próprios medos.
Floresta da Escuridão Raios e relâmpagos trovejavam sobre a floresta da escuridão. As nuvens se agrupavam em forma de redemoinhos, sobre as árvores secas, de folhas negra.Enquanto a voz de Mikla clamava entre canções em forma de um feitiço. Os laycans que a procuravam com a esperança de ter a vingança que desejavam contra os Titã e, mudar os seus destinos. Se reuniam na floresta, mas não imaginavam o que lhes aguardavam. A melodia envolvente os hipnotizavam, adentrando em suas mentes, contaminando suas essências, seus olhos aos poucos perdiam sua cor lupina se tornando em tom de vermelho, assustadores.Como um coral acompanhavam o cântico, exaltando a sua Rainha, entregues a sua vontade, de corpo e, aura. A canção ficava cada vez mais fervorosa, os laycans se agitavam uivando, tendo seus tamanhos triplicando, ganhando uma força imensurável. Mas mal sabem eles que não voltarão mais a sua forma humana e, nem terão mais vontades. Suas auras e, determinação pertenciam a verdadeira Ra
Cronos observava atentamente Magnara e, seus Deltas, raramente eles os acompanhavam em visitas ao seu castelo. Geralmente ficavam entre as fronteiras em seus postos de defesa, mas naquela noite, algo de muito grave aconteceu pra que eles também estivessem em sua presença. Os resquícios de combate denuciavam a árdua noite que tiveram, algo sinistro estava a caminho, Cronos pode sentir a aura maligna se desprender do sangue que estava sobre a pele do corpo dos laycans, a sua frente.__ Meu Soberano__ Magnara se ajoelha, rapidamente seus Deltas lhe seguem, reverenciando seu rei. Inclinando suas cabeças em submissão.__ Levantem se! E me digam logo, o que ouve com vocês? Pelo que vejo, a situação esta pior do que eu imaginava__ a voz podeeosa soou por toda a sala, firme e, dominante, Magnara e, seus laycans se levantam.__ Encontramos uma barreira de proteção que esta cobrindo o castelo de Mikla na floresta da escuridão__ os olhos do rei brilharam denunciando seu interesse no assunto.__
kritos não era mais um lugar seguro, estava se tornando totalmente infestado por criaturas criadas da magia das trevas. Cronos desconfiava que seu reino estava ameaçado, mas precisava confirmar a ameaça e, ter plena certeza do que iria fazer.__ Entenderam as ordens__ Cronos mantinha seu olhar frio, acompamhado por feições duras, mas somente ele sabia como estava sua preocupação por dentro. Lhe corroendo a aura, seu pai ao morrer lhe encarregou de ser o Soberano Supremo Alfa Titã de todo o território de Kritos. Seus irmãos seriam seus apoios, como um braço direito e esquerdo. Três Alfas reis com um legado tremendo em suas mãos, um legado que por milhares de milênios seu pai conseguiu regir sozinho.Agora tudo o que seu pai deixou estava ameaçado, Cronos precisaria de toda sua força e, poder para defender seu reino junto aos seus irmãos. E proteger sua rainha, lhe custou muito conseguir implantar uma harmonia entre eles. Faria o possível pra não alarmar sua companheira antes do devido
Floresta vermelha, arredores da floresta da escuridão.As árvores se abriam e, fechavam com o vento parecendo brincar nas suas copas. Belsazard e, Vedovosk caminhavam pelas trilhas estreitas infindas da floresta, da trilha principal, várias outras menores se expandiram, abrindo caminho entre a vegetação. Parecendo braços, enraizados para toda direção.O vento continuou sua brincadeira no topo das árvores, sussurrando, escorregando para baixo. Percorrendo por entre os feiticeiros, convidando suas capas negras, jogadas por sobre suas túnicas exuberantes. Tecidas em detalhes com fios de ouro, a dançarem com ele.Um simples ato da natureza, mas que carregava muitos mistérios que viam das terras longínquas de Kritos. As depositando bem ali, pairando no ar, Belsazard podia sentir em sua aua magica que algo muito perigoso os rondavam. Mas ele não estava conseguindo indetificar de onde vinha.A sensação que fazia sua fera ficar em alerta dentro de si, preenchia todo o ar, estava por todas a