Capítulo 5 Feitiço

Floresta da Escuridão

Raios e relâmpagos trovejavam sobre a floresta da escuridão. As nuvens se agrupavam em forma de redemoinhos, sobre as árvores secas, de folhas negra.

Enquanto a voz de Mikla clamava entre canções em forma de um feitiço. Os laycans que a procuravam com a esperança de ter a vingança que desejavam contra os Titã e, mudar os seus destinos. Se reuniam na floresta, mas não imaginavam o que lhes aguardavam.

A melodia envolvente os hipnotizavam, adentrando em suas mentes, contaminando suas essências, seus olhos aos poucos perdiam sua cor lupina se tornando em tom de vermelho, assustadores.

Como um coral acompanhavam o cântico, exaltando a sua Rainha, entregues a sua vontade, de corpo e, aura.

A canção ficava cada vez mais fervorosa, os laycans se agitavam uivando, tendo seus tamanhos triplicando, ganhando uma força imensurável. Mas mal sabem eles que não voltarão mais a sua forma humana e, nem terão mais vontades. Suas auras e, determinação pertenciam a verdadeira Rainha agora.

Raios e trovões caiam sobre a floresta da escuridão, energizando o chão e,ao mesmo tempo os laycans modificados. Como feras irracionais, sedentos por sangue, mas eram proibidos de sair dos territórios da verdadeira rainha, ficavam nas sombras se alimentando, como eram agora.

Feras monstruosas, famintas com suas presas afiadas.

__ Acha mesmo que o feitiço irá funcionar mamãe?__ Brisaz observava toda aquela multidão de laycans, inertes, no mesmo lugar, esperando as ordens serem dadas.

__ Sim, este encantamento é poderoso, na era dos dragões, os tornavam, ferozes e, absolutos em suas lutas. O aprimorei, derramando dentro dele mais aura primordial que o necessário, mas valerá a pena__ Mikla tosse cuspindo sangue, mas nem isso lhe assustava, pelo contrário, ela sorrir com um ar sombrio em seu rosto__ somente com a minha morte, eles serão libertados. Enquanto eu viver, permanecerão assim, já que ofereceram seu sangue a rainha verdadeira e, confirmaram pacto de lealdade a ela. Você fez o que lhe pedi?

__ Sim mamãe, tudo acontecerá como a senhora planejou.

__ Ótimo! Nada pode dar errado, se ouver qualquer erro não conseguiremos despertar nossa rainha e, tudo terá sido em vão. Principalmente a morte das suas irmãs__ Mikla olhava elouquente pra sua filha se perdendo cada vez mais em sua determinação.

__ Farei isso por elas mamãe, as vingarei, não irei lhe decepcionar.

__ Não espero menos de você minha criança.

Brisaz se curva, deixando a sala do trono logo em seguida. Ela obedeceria as ordens de sua mãe, tetaria ser útil, mas uma angústia lhe preenchia o coração, fazendo seu peito doer. Vê-la no estado em que se encontrava, era como se sua aura primordial se destruísse junto com ela, mas ela sabia que nada que falasse, faria sua mãe desistir do seu plano em despertar a antiga rainha.

Enquanto a princesa da escuridão conversava com sua mãe, os comandantes dos Titãs foram enviados para patrulhar todo o território de Kritos, incluindo a floresta da escuridão.

Nada escapou, desertos, rios, montanhas, principalmente as vulcanosas, teriam que ficar atentos a cada detalhe e relatar tudo aos seus Soberanos.

Ao entrarem no território da floresta da escuridão, poderam sentir a podridão que exalava dela, as árvores imponentes se erguiam ainda mais majestosas em sua exuberância negra. A floresta estava mais obscura e, misteriosa que o normal com um manto negro, semelhante a fumaça flutuando no ar, por entre as árvores.

Magnara ergue seu focinho, o corpo de laycan enrijecendo, seu pelo se arrepia, fazendo um rosnado assustador sair da sua garganta. Os seus deltas ficam em alerta, os outros comandantes estavam do outro lado do território de Kritos, seria apenas ele e seus deltas para enfrentar o perigo que estava à frente. Os trovões estrondavam assustadores, refletindo na escuridão da floresta, o inimigo que os aguardavam sedentos com suas garras afundando na lama pegajosa. Suas babas escorriam pelo canto das bocas cheias de ira que acompanhavam pares de olhos vermelhos, brilhantes na penumbra da noite. Magnara aguardava, os trovões continuavam com seus barulhos estrondosos enquanto a água da chuva caia sobre as copas das árvores negras, espreitando, aguardando o momento certo. Até que as feras atacam, Magnara avança com seus Deltas, poderosos, aniquiladores, suas garras não brincavam em combate, dilacerando, rasgando a carne dos laycans transformados.

Durante toda a noite o ataque foi incessante, deixando o inimigo em precarias situação, fazendo assim, o restante que sobrou sair em retirada.

Magnara os perseguem, correndo entre a floresta, desviando das árvores pelo caminho e, arbustos frondosos, a lama pegajosa no chão sendo nada mais que um terreno hostil. Após alguns minutos de perseguição, ele se choca contra uma barreira de projeção, uivando para que seus Deltas parem.

Magnara rosna lançando sua magia contra a barreira, nada, ele arregala seus olhos. Invoca sua rajada de fogo em aspiral, a proteção pulsa explodindo contra eles, a própria magia de Magnara.

Magnara não acreditava no que via. Era impossível algo superar sua magia em Kritos, depois dos seus Soberanos! Pensou.

A menos que...

Magnara vira para seus Deltas os ordenando que eles o seguissem ao castelo do Soberano Cronos, imediatamente. Ele precisava de uma audiência com seu Soberano urgêntimente.

Magnara corria por entre a vastidão negra da floresta da escuridão, acompanhado por seus Deltas, a chuva avia cessado e com os primeiros raios do sol eles chegam ao castelo de Cronos. Pedindo que seja recebido por seu Soberano e, quê o que tem a relatar é de extrema emergência.

Raycan obedece, indo pessoalmente até seu Soberano ao presenciar o estado deplorável de um dos maiores comandantes de Kritos.

As portas da sala do trono se abrem, Magnara caminhava com seus Deltas atrás de si, as botas estalando no mármore do chão frio, pela extensa passarela que dava acesso ao trono. Seu peito manchado de sangue gritava sua indignação, em seu pulso um escudo. Ele não precisava dele, mas gostava de exibilo.

Um brasão de dois lobos negros com seus pelos em labaredas se enfrentando, o decorava. A espada em sua bainha, acoplada ao seu cinto de ouro em sua cintura, cravejada em onix e, diamantes em torno do cabo. Cabelo negro, longo, trançado, os olhos luminosos vasculhavam a sala do trono e, encaravam com respeito seu rei.

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