Saulo LucattoEstava sentado em minha cela, cercado pelas grades que me mantinham afastado da liberdade, quando ouvi um ruído vindo da entrada da prisão. Ergui o olhar e vi o Dr. Levi, meu advogado, atravessando o corredor em minha direção. Seu rosto carregava uma expressão séria, mas algo em seu olhar me dizia que havia boas notícias.Dr. Levi se aproximou das grades e olhou diretamente para mim. Senti um nó se formando em meu estômago, ansioso para ouvir o que ele tinha a dizer. Eu estava esperando por esse momento, contando os dias, as horas, os minutos. Finalmente, talvez houvesse uma chance de sair deste lugar.— Saulo, tenho ótimas notícias para você – disse o doutor, sua voz carregada de emoção. — Conseguimos o habeas corpus. Você será libertado.Uma onda de alívio e felicidade percorreu todo o meu corpo. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas tentei contê-las, não queria demonstrar fraqueza diante do meu advogado. Respirei fundo, tentando manter a compostura.— Dr. Levi, você
Meu coração batia acelerado enquanto eu me aproximava de Sammya. Seus olhos encontraram os meus e um sorriso carregado de desejo iluminou seu rosto. O ambiente parecia se transformar, tornando-se um refúgio só nosso, onde o tempo e as preocupações desapareciam.Nossos corpos se encontraram em um abraço apaixonado. Sentir sua pele contra a minha, seu calor envolvendo-me por completo, era como uma fusão de almas. Minhas mãos percorriam suas costas suavemente, deixando um rastro de arrepios em seu caminho.Nosso beijo começou suave, uma troca delicada de carícias labiais, mas logo se tornou intenso e voraz. Nossas línguas dançavam em perfeita sintonia, explorando cada centímetro da boca um do outro. O desejo queimava dentro de mim, incendiando meu corpo e minha mente.Sam deslizou suas mãos pelo meu peito, desabotoando minha camisa com habilidade. Eu sentia cada toque dela como uma descarga elétrica, despertando sensações que eu não sabia que existiam. Minhas mãos, por sua vez, acariciav
Sentamos juntos, lado a lado, na minha antiga cama, um lugar que sempre trouxe conforto e segurança para mim e palco das nossas conversas mais íntimas. Dona Luciana segurou minhas mãos com ternura, e seus olhos transbordavam de preocupação maternal.— Saulo, meu filho – começou ela, a voz calma e firme — eu quero que você me conte sobre Marina. O que ela tinha de tão grave contra você que o fazia continuar nesse casamento fracassado?A pergunta dela atingiu meu âmago, e meus pensamentos instantaneamente voltaram ao turbilhão de emoções que vivi durante meu casamento com Marina. A dor e a angústia daqueles dias ressurgiram em minha mente, mas eu sabia que era hora de enfrentar a verdade.— Mãe – respondi, minha voz carregada de um misto de tristeza e resolução — há muitas coisas que eu não pude compartilhar com você até agora. São segredos e situações complexas que se desenrolaram ao longo do meu casamento. Eu queria te proteger, mantê-la longe de todo esse caos. Mas eu prometo que, q
Enquanto dirigimos para o apartamento de Sammy, senti uma mistura de excitação e apreensão tomando conta de mim. Pus minha mão em cima da dela e ela sorriu. O cenário da cidade à nossa volta parecia borrado, minha mente estava cheia de pensamentos sobre o que estava por vir.Olhei para Sammy ao meu lado e percebi uma expressão séria em seu rosto. Ela parecia absorta em seus próprios pensamentos, como se houvesse algo importante a dizer. Resolvi quebrar o silêncio e perguntei sobre os machucados de Edoardo.— Sam, sobre os machucados de Edoardo... O que aconteceu? Por que ele está tão ferido? – indaguei, sentindo - me curioso. Ela desviou a atenção da pista por um instante e olhou para mim com ternura nos olhos. — Saulo, Soph irá conversar com você sobre isso assim que chegarmos em casa. Ela tem algumas informações importantes que precisa compartilhar.Senti um nó se formar em minha garganta. O silêncio que se seguiu era pesado, carregado de uma mistura de expectativa e apreensão. Eu
Sammya MacielNo dia seguinte, acordei com um misto de nervosismo e determinação. Eu sabia que precisava ter uma conversa franca com Saulo e lhe contar o que eu havia feito com Pedro. Sabia que ele merecia a verdade e que nosso relacionamento só poderia prosperar com transparência.Saulo saiu do banheiro e olhou para mim sorrindo, mas eu não sorri de volta, olhei para ele de maneira séria e ele franziu o cenho.— Saulo, há algo que eu preciso lhe contar – comecei, sentindo as palavras presas na garganta. —No dia em que você foi preso, eu tive uma noite de sexo com Pedro. Foi uma espécie de despedida, uma maneira confusa de lidar com a incerteza do nosso futuro.Vi os olhos de Saulo se arregalarem ligeiramente, e pude notar uma mistura de surpresa e compreensão em seu rosto. Ele me encarou por um momento antes de falar.— Sam, obrigado por me contar a verdade. Eu aprecio sua honestidade – ele disse, sua voz carregada de sinceridade — entendo que você teve que lidar com a incerteza daq
A atmosfera na arena estava eletrizante e após muitas lutas chegou finalmente o momento da minha luta. Eu estava pronta para mostrar minhas habilidades e provar meu valor no ringue como sempre fiz. Enquanto subia ao octógono, as luzes brilhantes focalizaram em mim, e a voz do locutor ressoou pelos alto-falantes:— Senhoras e senhores, estamos prestes a presenciar uma luta emocionante! Diretamente dos recantos mais sombrios, com uma combinação de beleza e ferocidade, apresento a vocês... The Succubus!Os aplausos e gritos da multidão ecoaram em meus ouvidos, alimentando minha confiança. Caminhei com determinação em direção ao centro do octógono, sentindo a energia pulsar em minhas veias.Enquanto esperava minha adversária, o locutor anunciou seu nome, envolvendo-a em um ar misterioso:— E agora, desafiando a Succubus, temos uma oponente formidável. Conhecida como The Shadow Queen, ela traz consigo um ar de mistério e perigo!A plateia irrompeu em aplausos e assobios, curiosos para conh
Entrei no escritório de direito naquela segunda-feira, pronta para mergulhar de cabeça no caso desafiador de Ana, a corajosa de apenas quinze anos, que havia tirado a vida de seu próprio pai abusivo. Sabia que aquele seria um trabalho árduo, cheio de nuances delicadas que exigiriam toda a minha dedicação e habilidade.Wesley, estava sentado em sua mesa, folheando alguns documentos. Me aproximei e sentei à sua frente. — Doutora Sammya, a destemida lutadora, o que precisa de mim? – Ele brinca e eu reviro os olhos. — Você é sempre idiota. – Digo brincando. — Agora sério, o caso Ana a garota de quinze anos. É realmente complicado – compartilhei, tentando expressar a gravidade da situação em meu rosto. – Ele me olhou, preocupado.— Sim, ouvi falar sobre isso. O que você tem até agora? – Suspirei antes de responder, sentindo o peso da responsabilidade. — Bem, o pai foi esfaqueado várias vezes, e isso é algo que me preocupa. A acusação pode alegar que a quantidade de golpes sugere que a
Ao chegar na casa das minhas clientes, fui recebida por dona Maria que me encaminhou para a sala, assim que nos acomodamos olhei para Ana, que parecia ainda mais fragilizada pela situação, disse a elas que iria direto ao ponto e as duas concordaram. — Ana, você mencionou que deu várias facadas no seu pai. Pode me contar quantas foram exatamente? – perguntei, buscando compreender a gravidade do ocorrido.Ana respirou fundo e olhou em meus olhos, com uma expressão carregada de dor.— Eu dei tantas facadas que não sei a conta exata, doutora. Queria ter certeza de que meu pai não sobreviveria, de que ele não poderia mais fazer mal para mim, nem para ninguém.Aquelas palavras ecoaram em meu íntimo, compreendendo o medo e a revolta que levaram Ana a tomar uma atitude tão extrema. Contudo, eu sabia que, legalmente, precisava reunir evidências que sustentassem a sua versão. — Ana, você se lembra de alguém que possa corroborar a sua história? Alguém que tenha conhecimento dos abusos que você