Sammya MacielNo dia seguinte, acordei com um misto de nervosismo e determinação. Eu sabia que precisava ter uma conversa franca com Saulo e lhe contar o que eu havia feito com Pedro. Sabia que ele merecia a verdade e que nosso relacionamento só poderia prosperar com transparência.Saulo saiu do banheiro e olhou para mim sorrindo, mas eu não sorri de volta, olhei para ele de maneira séria e ele franziu o cenho.— Saulo, há algo que eu preciso lhe contar – comecei, sentindo as palavras presas na garganta. —No dia em que você foi preso, eu tive uma noite de sexo com Pedro. Foi uma espécie de despedida, uma maneira confusa de lidar com a incerteza do nosso futuro.Vi os olhos de Saulo se arregalarem ligeiramente, e pude notar uma mistura de surpresa e compreensão em seu rosto. Ele me encarou por um momento antes de falar.— Sam, obrigado por me contar a verdade. Eu aprecio sua honestidade – ele disse, sua voz carregada de sinceridade — entendo que você teve que lidar com a incerteza daq
A atmosfera na arena estava eletrizante e após muitas lutas chegou finalmente o momento da minha luta. Eu estava pronta para mostrar minhas habilidades e provar meu valor no ringue como sempre fiz. Enquanto subia ao octógono, as luzes brilhantes focalizaram em mim, e a voz do locutor ressoou pelos alto-falantes:— Senhoras e senhores, estamos prestes a presenciar uma luta emocionante! Diretamente dos recantos mais sombrios, com uma combinação de beleza e ferocidade, apresento a vocês... The Succubus!Os aplausos e gritos da multidão ecoaram em meus ouvidos, alimentando minha confiança. Caminhei com determinação em direção ao centro do octógono, sentindo a energia pulsar em minhas veias.Enquanto esperava minha adversária, o locutor anunciou seu nome, envolvendo-a em um ar misterioso:— E agora, desafiando a Succubus, temos uma oponente formidável. Conhecida como The Shadow Queen, ela traz consigo um ar de mistério e perigo!A plateia irrompeu em aplausos e assobios, curiosos para conh
Entrei no escritório de direito naquela segunda-feira, pronta para mergulhar de cabeça no caso desafiador de Ana, a corajosa de apenas quinze anos, que havia tirado a vida de seu próprio pai abusivo. Sabia que aquele seria um trabalho árduo, cheio de nuances delicadas que exigiriam toda a minha dedicação e habilidade.Wesley, estava sentado em sua mesa, folheando alguns documentos. Me aproximei e sentei à sua frente. — Doutora Sammya, a destemida lutadora, o que precisa de mim? – Ele brinca e eu reviro os olhos. — Você é sempre idiota. – Digo brincando. — Agora sério, o caso Ana a garota de quinze anos. É realmente complicado – compartilhei, tentando expressar a gravidade da situação em meu rosto. – Ele me olhou, preocupado.— Sim, ouvi falar sobre isso. O que você tem até agora? – Suspirei antes de responder, sentindo o peso da responsabilidade. — Bem, o pai foi esfaqueado várias vezes, e isso é algo que me preocupa. A acusação pode alegar que a quantidade de golpes sugere que a
Ao chegar na casa das minhas clientes, fui recebida por dona Maria que me encaminhou para a sala, assim que nos acomodamos olhei para Ana, que parecia ainda mais fragilizada pela situação, disse a elas que iria direto ao ponto e as duas concordaram. — Ana, você mencionou que deu várias facadas no seu pai. Pode me contar quantas foram exatamente? – perguntei, buscando compreender a gravidade do ocorrido.Ana respirou fundo e olhou em meus olhos, com uma expressão carregada de dor.— Eu dei tantas facadas que não sei a conta exata, doutora. Queria ter certeza de que meu pai não sobreviveria, de que ele não poderia mais fazer mal para mim, nem para ninguém.Aquelas palavras ecoaram em meu íntimo, compreendendo o medo e a revolta que levaram Ana a tomar uma atitude tão extrema. Contudo, eu sabia que, legalmente, precisava reunir evidências que sustentassem a sua versão. — Ana, você se lembra de alguém que possa corroborar a sua história? Alguém que tenha conhecimento dos abusos que você
Saulo LucattoApós o almoço estava sentado em meu escritório, imerso em meus pensamentos, quando a porta se abriu e Verônica entrou, exalando confiança e sensualidade. Seus passos eram suaves e sua presença preenchia o ambiente. Levantei os olhos e me deparei com um sorriso provocador em seu rosto, olhei para ela e fiquei esperando. — Olá, Saulo. Estava com saudades de você – ela disse, sua voz doce e suave se ela soubesse que isso me irrita, não falaria assim.Eu a observei por um momento, sentindo e desconforto, eu sei exatamente que ela estava mandando mensagem para Sammy de forma anônima, eu gostaria muito de poder confrontá-la, mas Sammy disse que deveríamos deixá-la pensar que estava no controle da situação, Sam, tem o sangue frio que não tenho. — Verônica, como vai? – respondi, tentando manter uma expressão neutra. — Estou ocupado agora, temos algum assunto profissional para tratar?Ela se aproximou da minha mesa, inclinando-se levemente para a frente, revelando um decote ous
Sammya MacielEstava em casa, desfrutando de um momento de tranquilidade após um dia cansativo. Deitada no sofá, envolta em meu roupão macio, mergulhei em pensamentos sobre Saulo. Seu sorriso gentil, seu toque carinhoso, tudo nele despertava um fogo ardente dentro de mim. Era difícil resistir à sua presença e ao desejo que ardia entre nós, como diz Rafa: "Gata, acho que você está com os quatro pneus arriados por Saulo.” Minha amiga é doida, mas por falar nela hoje ela não me ligou, o que é estranho, mas fico tranquila pois sei que se tivesse acontecido algo ela me ligaria. De repente, o som da campainha ecoou pela sala, interrompendo meus devaneios. Levantei-me rapidamente, me perguntando quem poderia ser. Ao abrir a porta, meus olhos se fixaram em Saulo, parado ali, com uma expressão intensa no rosto. Um misto de surpresa e antecipação encheu o ar.— Saulo... O que está fazendo aqui? – Perguntei, meu coração acelerando em meu peito.Ele olhou para mim com um olhar penetrante, cheio
Saulo terminou de preparar o jantar e, com um sorriso de satisfação, arrumou a mesa para nós dois. Enquanto ele organizava os pratos e os talheres, pude ver o cuidado e o carinho que ele colocava em cada detalhe. Era algo simples, mas que me fazia sentir especial.— Sammya, venha cá! O jantar está pronto. – Ele me chamou com doçura na voz.Sorri ao ouvir seu chamado e me aproximei da mesa, observando o prato que ele havia preparado. Era uma criação improvisada, feita com algumas sobras da geladeira, mas tinha uma aparência deliciosa.— Uau, Saulo! Isso parece incrível. O que temos aqui? – Perguntei, genuinamente impressionada.Ele me serviu um prato generoso e respondeu com orgulho.— É um macarrão com molho de tomate, legumes refogados e algumas sobras de frango assado. Achei que seria uma ótima maneira de aproveitar o que tínhamos na geladeira. Espero que goste. – Fiquei surpresa em saber que havia tudo isso em minha geladeira. Eu dei uma garfada, saboreando a mistura de sabores.
No dia seguinte, acordei com uma sensação de ansiedade no peito. Rafa havia marcado um encontro comigo no Viollet's Coffee, um lugar que frequentávamos desde sempre. Era um ambiente acolhedor, perfeito para conversas íntimas e momentos de desabafo. Mas algo estava diferente dessa vez. Enquanto me arrumava, não pude deixar de notar o semblante apreensivo de Rafa ontem à noite, quando nos falamos ao telefone.Chegando ao café, encontrei Rafa sentada em uma mesa no canto, brincando nervosamente com a colher em cima do prato. Seus olhos estavam inquietos e parecia que ela carregava um peso em seus ombros. Sentei-me ao seu lado, preocupada com o que poderia estar acontecendo.Passaram-se alguns momentos de silêncio desconfortável, até que finalmente encontrei coragem para perguntar:— Rafa, o que está acontecendo? Você parece tão apreensiva... Tem algo que queira me contar?Ela suspirou profundamente, parecendo escolher cuidadosamente as palavras que diria a seguir. Seu olhar encontrou o m