ZAHARAQuando cheguei ao meu apartamento, estava levemente bêbada, procurei em todos os cômodos aquela presença masculina que tanto me agradava, ainda tinha esperanças de que houvesse algum sinal de que Theo tinha desistido de voltar para o Brasil, mas estava tudo quieto e vazio.Assim que voltei à sala, vi um buquê e uma sacolinha da Cartier em cima do aparador, peguei o cartão e li o pedido de desculpas, mas sabia que aquela letra não era a de Theo porque essa não tinha o rabisco no final da letra tão característico do meu melhor amigo.Com a raiva falando mais alto, rasguei o papel em milhões de pedacinhos, assim como ele tinha feito com o meu coração, e joguei tudo para o ar. Eu não queria um pedido de desculpas dele, queria que ele estivesse comigo. Fui para o meu quarto, desliguei o celular e me joguei na cama. Se Theo esperava que eu aceitasse o pedido de desculpas dele e mandasse uma mensagem falando sobre o presente, estava muito enganado.Pela manhã, acordei com os raios de
THEODOROQuando minha irmã finalmente me deixou em casa, deixei a mala ao lado da porta e me joguei no sofá. Era uma droga estar de volta, queria ter ficado com Zahara, mas não seria certo deixar que ela criasse sentimentos e depois feri-los. Tem um relacionamento com Zah era complicado por ela ser uma pessoa pública e eu ser mais reservado, sem contar a pontada de ciúmes que teria que controlar toda vez que a visse com outros homens.Os primeiros dias, eu verificava meu celular a cada nova notificação que chegava na esperança de que fosse de Zahara. Era meio louco, eu sentir tanta falta dela até porque fazia pouquíssimo tempo que tínhamos nos reencontrado depois de tantos anos afastados.As semanas foram passando, eu me sentia cada vez mais vazio por dentro, como se tivessem arrancado meu coração e eu não fosse mais capaz de responder pelos meus próprios atos. Não sabia como seguir com a minha vida sabendo que a magoei. Nunca me senti tão mal.Passei a ignorar as ligações e deixar qu
ZAHARAEu sei que tinha falado que nao procuraria Theo depois do que ele fez, mas paguei com a língua. No terceiro dia voltando para casa e sem ter a presença dele no meu apartamento me esperando com alguma surpresa, decidi sair para beber num bar próximo ao meu prédio, sem me importar se alguém me reconheceria.Acabei ficando tão bêbada que não me recordo de como voltei para casa, porém quando acordei e peguei o celular na mesinha de cabeceira e dei uma olhada, para me arrepender logo depois. Eu tinha enviando várias mensagens de texto para Theo e ligado um monte de vezes, por sorte ele não tinha respondido nenhuma delas. Uma verdadeira humilhação.Quando Stephanie apareceu no meu apartamento, tinha cara de poucos amigos e trazia nas mãos um exemplar do tablóide da manhã, o que não era nada bom, e tive vontade de me esconder da mesma maneira que fazia quando era criança e minha mãe queria me dar um bronca por ter feito algo de errado.— Você pode me explicar isso aqui? — Ela estendeu
THEODORODepois de uma visita inesperada da minha irmã, ela conseguiu me deixar com a pulga atrás da orelha e fiquei pensando em como poderia procurá-la, mesmo sem saber se ela me aceitaria de volta em sua vida. Peguei o celular e procurei a rede social dela, mas não tinha nada de novo postado, resolvi então pesquisar na internet porque sempre havia uma fofoca.Cliquei no primeiro link e o site de fofocas abriu, era o mesmo que tinha publicado a foto do restaurante e a primeira matéria era sobre Zahara. A fofoca trazia uma foto bem grande dela pagando o maior mico em um bar cercada por alguns homens, sem usar nenhum disfarce. Uma mistura de ódio e proteção tomou conta de mim.— Se eu tivesse ficado lá com ela nada disso teria acontecido. O sono acabou me vencendo e quando voltei a abrir os olhos, o dia já tinha amanhecido e eu nem sabia mais qual era o dia da semana, também nem fazia muita diferença porque eu tinha pedido folga do trabalho e nem tinha que sair de casa para nada.Fui
ZAHARAEu não esperava que o encontro com Theo fosse ser tão explosivo, uma colisão de corpos, membros e bocas. Era como se a saudade que sentia dele fosse uma febre que só aumentava, se intensificava, trazendo de volta a química entre nós dois.Depois de termos feito um sexo maravilhoso, Theo permaneceu deitado ao meu lado por alguns minutos, sem dizer uma palavra, mas senti que apesar de tudo ainda tínhamos muito o que conversar. Quando ele se levantou e foi em direção ao banheiro, enrolei meu corpo no lençol e fui até a sala, onde peguei meu celular e pedi aos meus guarda-costas que subissem com as minhas malas.No momento em que a campainha tocou, Theodoro apareceu na sala, vestido apenas com uma bermuda. Ele se adiantou para atender a porta e quando tentei argumentar dizendo que eram as minhas malas, ele me encarou e disparou:— Você não vai atender a porta enrolada no lençol, né?— Qual o problema? São só os meus guarda-costas.— Porque eu acho que você não vai querer que um dos
THEODOROA conversa com Zahara foi muito melhor do que imaginei que seria e, saber que estávamos bem de novo, foi como se tivesse tirado um peso enorme das minhas costas. Poder falar e explicar, verdadeiramente, para ela sobre os meus sentimentos foi tão libertador. Zah me pegou de surpresa quando disse que tinha uma condição para que ficássemos juntos dali em diante, por um momento cheguei a pensar que seria algo absurdo.— Que condição seria essa? — perguntei curioso.— Assumir para nossas famílias o nosso namoro, não quero viver um relacionamento escondido.Depois de ouvir o que ela tinha falado, respirei até um pouco mais aliviado, o que ela estava pedindo era muito fácil de resolver. Não tinha dúvidas de que nossas famílias ficariam muito felizes quando recebessem a notícia, afinal, eles sempre acharam que acabaríamos ficando juntos desde que éramos crianças.— Zah... eu preciso te falar que não sei se estou preparado para ter minha privacidade invadida por um bando de desconheci
ZAHARAMeus pais me prenderam na casa deles por mais tempo do que eu estava esperando, mas ainda sim quando cheguei em casa, procurei Theo pela casa toda, mas não o encontrei em lugar nenhum. Achei um pouco estranho já que ele tinha me falado que estaria me esperando, mas deduzi que poderia ter acontecido alguma coisa na empresa.Quando meu celular vibrou, peguei rapidamente o aparelho dentro da bolsa e vi que era uma mensagem de Theo apenas informando que a gente sairia a noite. Curiosa, respondi pedindo mais detalhes, mas ele não quis me contar."Como devo me vestir?""Do jeito que você quiser, linda."Aproveitei que estava sozinha e fui tomar um relaxante banho de banheira, acompanhada da leitura do livro que sempre carregava dentro da bolsa. Não sei por quanto tempo fiquei distraída, mas quando meus dedos começaram a ficar enrugados, saí da água.Estava terminando de me arrumar quando ouvi barulho da porta sendo destrancada e então coloquei a cabeça para fora do quarto para me cer
THEODORODepois que saímos de casa, notei que Zah estava curiosa para saber para onde estávamos indo, mas não fez perguntas, apenas olhava pela janela para tentar ver se reconhecia o caminho. Durante todo o percurso, fiz questão de manter uma de minhas mãos em sua perna, pois precisava senti-la para saber se aquilo era mesmo real. Quando estacionei o carro em frente ao restaurante, ela sorriu ao reconhecer o local. Depois de olhar ao redor e perceber que o estacionamento estava vazio, pareceu ficar preocupada e quis saber:— Tem certeza de que está funcionando hoje?— Sim, eu tenho uma reserva.— Não vai me dizer que...— Sim, eu pedi que fechassem o restaurante só para nós dois.— Theo!— Eu não queria que fossemos incomodados porque essa é uma noite especial para nós.— E o que tem de tão especial?Para não ter que responder sua pergunta e correr o risco de acabar estragando a surpresa, saí e dei a volta no carro para abrir a porta dela. Entrelacei nossos dedos e começamos a caminh