Wesley Cavalcante Encontrei Saulo no bar, como combinado. Ele já estava lá, sentado em um canto escuro, olhando para o fundo de um copo de uísque. Seu rosto estava sério, os olhos cansados refletindo a dor que ele estava carregando. Era como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros, e eu sabia que ele precisava de alguma distração, pelo menos por algumas horas.Sentei-me ao seu lado e acenei para o barman, pedindo uma rodada de cervejas. Saulo olhou para mim e forçou um sorriso, mas eu podia ver que estava longe de estar em seu estado normal. Ele se virou para mim e perguntou, com voz preocupada:"Então, Wesley, o que está acontecendo? Você disse que tinha algo para contar a Rafaela, certo?"Suspirei, sabendo que essa conversa era inevitável. Eu não tinha ideia de como contar a Rafaela o que estava acontecendo, mas precisava da orientação de Saulo, um amigo em quem eu confiava profundamente."Sim, Saulo, é isso mesmo. Tenho algo importante para contar a Rafa, algo que... bem, n
No dia seguinte fui para a empresa e ao chegar encontrei a menina e a mãe do caso de Sammya e as levei para minha sala. “Bom dia, senhor Wesley. Sinto muito pela doutora Sammya, ela estava nos ajudando e essa fatalidade aconteceu.” “Tudo bem, senhora Maria, sei que em breve ela estará de volta, mas enquanto isso não acontece assumirei o seu caso.” Dou uma breve lida no dossiê que Sammya preparou e devo admitir que ela é muito organizada. conversei brevemente com Ana e sua mãe para salientarmos a defesa, expliquei o que acontecerá e elas me ouviram atentamente, um tempo depois as duas partem e voltei a trabalhar, estava finalizando um relatório quando meu celular tocou e atendi ao constatar que era Rafa. “Oi minha linda, tudo bem?” “Estou sim amor, estou aqui para convidá-lo para almoçar comigo, tenho uma reunião aí perto e preciso me distrair.” Imagino como deve ser para ela ter que lidar com o sumiço de sua própria amiga. “Estou um pouco ocupado, mas podemos almoçar.” “Hum! Qu
Rafaela Nunes Deixei Wesley em seu escritório de advocacia e dirigi sozinha até minha empresa. O trânsito era caótico como sempre, mas hoje minha mente estava em outro lugar. Enquanto eu dirigia, meus pensamentos estavam fixos em uma pergunta que não parava de martelar em minha mente: Por que Wesley não me contou a verdade?Olhei para a estrada à minha frente, mas meus olhos estavam vazios, minha concentração dividida entre o tráfego e as perguntas que pairavam no ar. Nós compartilhávamos tudo, éramos um time inseparável. Então, por que ele escondeu isso de mim?As palavras de Wesley ecoavam em minha mente, uma lembrança perturbadora da conversa tensa no restaurante. Ele tinha um segredo, algo do seu passado que ele não compartilhou comigo. Aquela falta de comunicação estava corroendo nosso relacionamento.Meus dedos apertaram o volante com força, uma tentativa de dissipar a frustração que crescia dentro de mim. Eu sabia que precisávamos conversar, mas como iniciar essa conversa? Com
Esperei ansiosamente a resposta de Wesley, observando as palavras aparecerem na tela do meu celular.*"Claro, Rafa. Onde e quando?"*Um sorriso de alívio se formou em meu rosto. Rapidamente, digitei uma mensagem de volta.*"Ótimo, Wesley. Mudamos os planos. Vamos nos encontrar no loft do Saulo às 20h. Tenho notícias importantes. Beijos."*Com a mensagem enviada, fui até o meu carro, onde Frankie me esperava. Eu tinha a sensação de que as próximas horas seriam cruciais, e precisava compartilhar as informações que ele havia descoberto sobre a esposa de Saulo, Marina Lucatto.Chegamos ao loft de Saulo pouco antes das 20h. Eu estava tensa, nervosa pelo que estava prestes a contar a Wesley e Saulo. Frankie estava com um envelope em mãos. Quando Wesley finalmente chegou, seu rosto estava cheio de expectativa misturada com preocupação. Ele se aproximou, e eu o abracei rapidamente.Saulo nos recebeu com um olhar curioso, claramente se perguntando o motivo da reunião. Eu o abracei também e de
Sammya Maciel A rotina se repetia cruelmente a cada dia que eu passava nesse lugar sombrio e claustrofóbico. Cada manhã, eu era despertada pela luz fraca que penetrava pelas frestas das tábuas velhas e empoeiradas que cobriam as janelas. E então, como um raio de esperança nessa prisão sem fim, Henzo aparecia trazendo meu café da manhã.Hoje não foi diferente. A porta do quarto rangeu e se abriu, revelando Henzo com uma bandeja na mão. Ele era alto, magro e sempre vestia roupas escuras que o faziam desaparecer nas sombras. Meu ex-namorado, agora transformado em meu carcereiro, entrava no quarto como se nada tivesse acontecido entre nós."Sammya, trouxe seu café da manhã," ele disse com uma voz suave, colocando a bandeja em uma mesinha perto da cama.Eu me sentei, olhando para ele com cautela. "Henzo, você precisa me ajudar a sair daqui. Você deve saber o motivo pelo qual estou presa, e eu não tenho ideia de por que estão fazendo isso comigo."Ele suspirou, seus olhos se encontrando co
Saulo LucattoMinha manhã começou como qualquer outra. Eu estava no loft, esperando notícias de Sammya e tentando me manter ocupado para não enlouquecer com a incerteza que pairava sobre seu desaparecimento. No entanto, o destino tinha outros planos para mim.O som das sirenes da polícia ecoou no ar, interrompendo meus pensamentos. Rapidamente, fui até a janela e olhei para fora, atordoado com a cena que se desenrolava diante de meus olhos. Vi carros de polícia estacionando na estrada que levava ao meu loft. Os oficiais saíram dos veículos, suas armas em punho, e eu soube instantaneamente que algo estava terrivelmente errado.Meu coração começou a martelar no peito enquanto eu corria para fora do loft. Os policiais me cercaram, suas expressões sérias e determinadas. Um deles se aproximou, identificando-se como detetive Rodriguez, e entregou-me um mandado de busca. Minhas mãos tremiam enquanto eu lia as palavras impressas no papel."Recebemos uma denúncia anônima alegando que você mato
Pedro FernandesRafaela me ligou para dizer como anda as investigações a respeito de Sammy, eu apenas ouvi e logo dei um jeito de desligar, é muito dificil para mim ver a mulher que amo desaparecida por culpa do seu envolvimento com Saulo, sempre menti para ela dizendo que não sentia nada por ela além de amizade, mas é tudo mentira, na verdade eu sempre a amei, e quando começamos a nos relacionar eu sinceramente achei que ela perceberia que eu gostava dela de verdade e que não se tratava de apenas uma transa, mas parece que pra ela eu não passo mesmo de um amigo, por fim para não estragar a nossa amizade acabei escondendo meus sentimentos e quando finalmente revelei a ela o que sentia era tarde demais, pois ela já estava envolvida demais com Saulo para pensar em outra pessoa que não seja ele. Juro que tentei me relacionar com outras pessoas, mas estava dificil, pois elas não eram Sammy. “Pedro, você está me ouvindo?” Rafaela grita no meu ouvido e percebo que não havia desligado o cel
Saulo LucattoDias haviam se passado e não tinhamos noticias, isso estava me corroendo e cogitei envolver a policia no caso, mas Frankie e Albert me disseram que não seria uma boa ideia. Cada dia era uma tortura, vivendo na incerteza, na esperança de que ela estivesse bem e que logo voltaria para casa. Mas a falta de notícias estava começando a corroer minha sanidade.Eu estava sentado em casa, completamente imerso em meus próprios pensamentos, quando meu telefone começou a tocar. Era o número de Rafaela piscando na tela. Com o coração acelerado, atendi à ligação."Saulo, ligue a televisão", Rafaela disse com urgência.Não hesitei e peguei o controle remoto, ligando a TV. O noticiário estava no ar, e uma repórter estava em cena, cercada por policiais. A preocupação cresceu em mim quando ouvi as palavras que ela estava relatando."Um corpo foi descoberto hoje cedo, nas proximidades de um rio. A vítima ainda não foi identificada devido ao estado de decomposição avançado, mas as autorida