Saulo LucattoDias haviam se passado e não tinhamos noticias, isso estava me corroendo e cogitei envolver a policia no caso, mas Frankie e Albert me disseram que não seria uma boa ideia. Cada dia era uma tortura, vivendo na incerteza, na esperança de que ela estivesse bem e que logo voltaria para casa. Mas a falta de notícias estava começando a corroer minha sanidade.Eu estava sentado em casa, completamente imerso em meus próprios pensamentos, quando meu telefone começou a tocar. Era o número de Rafaela piscando na tela. Com o coração acelerado, atendi à ligação."Saulo, ligue a televisão", Rafaela disse com urgência.Não hesitei e peguei o controle remoto, ligando a TV. O noticiário estava no ar, e uma repórter estava em cena, cercada por policiais. A preocupação cresceu em mim quando ouvi as palavras que ela estava relatando."Um corpo foi descoberto hoje cedo, nas proximidades de um rio. A vítima ainda não foi identificada devido ao estado de decomposição avançado, mas as autorida
Veronica MacielA notícia do corpo encontrado tinha me atingido como um soco no estômago. Sammya era minha irmã, minha melhor amiga, e uma das pessoas que eu mais amava no mundo. Eu mal podia acreditar que ela estava desaparecida, e agora a terrível possibilidade de que ela estava morta pairava sobre nós.Corri para o apartamento de Saulo, meu coração batendo descontroladamente. Eu precisava estar perto dele, com minha mãe, com todos. Precisávamos nos apoiar mutuamente neste momento de terror.Quando entrei no apartamento, o clima estava pesado. As lágrimas corriam pelos rostos de todos, e meu coração doía ao vê-los assim. Saulo se aproximou de mim, seu rosto pálido e olhos cheios de pesar."Veronica, eu..." ele começou, mas eu o interrompi."Não, Saulo," minha voz saiu mais dura do que eu pretendia. "Não quero ouvir suas desculpas. Você a colocou nisso, você a envolveu em toda essa bagunça. Sammya não merecia nada disso."Ele abaixou a cabeça, incapaz de me encarar. Eu podia sentir
Sammya MacielMeus olhos se abriram lentamente, piscando contra a luz fraca que iluminava o espaço em que eu estava. Mais um dia nesse pesadelo interminável. Enquanto tentava reunir minhas forças, percebi uma figura sombria de pé, me observando."Você finalmente acordou, Sammya", disse ela, sua voz cortante e gélida.Revirei os olhos, mesmo na situação terrível em que me encontrava, minha atitude irreverente não me abandonava. "E você ficou esse tempo todo me encarando?" Perguntei com sarcasmo, apesar do medo que estava sentindo.Ela riu, uma risada estridente que ecoou no pequeno espaço. "Você tem um senso de humor interessante.""Já ouvi isso antes, desconhecida. Ou melhor, Marina Lucatto." Minha voz se tornou mais séria enquanto a identidade dela se revelava das sombras.Marina sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos. "Impressionante. Como soube que era eu?""Deve ser o perfume de vingança que você usa. Inconfundível." Minha resposta não agradou muito a ela, e sua expressão
Sammya MacielA madrugada estava escura e silenciosa quando finalmente decidi colocar o plano de fuga em ação. Com o canivete que Henzo havia me entregado escondido na minha mão comecei a cortar lentamente as cordas que me prendiam. Cada movimento era preciso e cauteloso, para evitar fazer barulho.O coração batia descompassado em meu peito enquanto eu trabalhava, a ansiedade e o medo quase me sufocando. Cada segundo parecia uma eternidade, e eu rezava para que ninguém acordasse e me descobrisse. Minha vida dependia dessa fuga.Finalmente, as últimas cordas cederam, e eu estava livre. Levantei-me com cuidado, mantendo-me agachada para não ser vista pelas câmeras de segurança. Sabia que tinha pouco tempo até que Daniel, Marina ou os outros dois idiotas viessem fazer sua próxima visita.Com passos furtivos, percorri o corredor escuro, esgueirando-me pelas sombras. Minha mente estava em alerta máximo, meus sentidos aguçados com o medo e a adrenalina. O silêncio da casa era quase ensurdec
Albert FernandesDepois de muito investigar finalmente tenho uma pista do paradeiro de Sammya, rapidamente liguei para Rogério, Saulo e Frankie marcando um encontro com eles. Assim que eles chegaram contei a eles a minha descoberta e soube por Frankie que ele também estava seguindo a mesma pista. “O que faremos agora? Ligamos para a polícia?” Saulo perguntou e neguei. “Segundo algumas fontes minhas os sequestrados tem ligação com alguns membros da polícia, então temos que pegá-los desprevenidos, depois de desmantelar a quadrilha podemos ligar para a polícia.”“Você acha que temos chance de encontrarmos ela com… vida?” Olhei para Saulo e ele estava devastado. “Torcemos para isso.” Digo a ele com confiança.“Então vamos parar de papo e vamos logo buscar minha nora.” Rogério levantou da mesa abruptamente. “Sente Lucatto, as coisas não são tão simples quanto parece, temos que arquiteta um plano que nos faça manter Sammya segura.” Frankie que até então estava quieto concordou comigo. “
Sammya Maciel Após a noite de chuva densa, comecei a caminhar vagarosamente meus pés doíam e eu estava faminta, mas sabia que não podia esmorecer, então continuei a caminhar não sei por quantas horas só sei que ouvi um barulho e me forcei a correr na direção do barulho, estava torcendo para que encontrasse alguém que estivesse disposto a me ajudar, finalmente vi asfalto e mesmo cansada corri ainda mais quando finalmente cheguei em frente ao carro tentei fazer sinal para que ele parasse, mas só me lembro de sentir tudo girar. Abri os olhos vagamente e percebi que já estava anoitecendo, me levantei com dificuldade e o senhor que dirigia olhou para trás. “Graças aos céus você acordou moça, estava preocupado com você pensei que ficaria desmaiada.” “Onde estou?” Perguntei a ele que me explicou onde estava. “Moço para onde está me levando?” Perguntei para ele. “Moça,vou levá-la para o hospital.” Neguei com a cabeça. “Não, por favor, me leve para a casa da minha irmã.” Pedi a ele que
Verônica MacielQuando vi a minha irmã Sammya parada diante de mim, algo dentro de mim se desfez. As lágrimas inundaram meus olhos, e eu não pude conter o grito de alegria e alívio ao abraçá-la com força. Ela estava viva, estava em casa, e isso era tudo o que importava naquele momento.Mas quando meus olhos encontraram o rosto dela, meu coração se apertou. Seu rosto estava inchado e marcado por hematomas, seus lábios rachados e seus olhos cansados. Eu queria perguntar o que havia acontecido, mas sabia que não era o momento certo. Em vez disso, eu apenas a abracei com mais força, como se pudesse protegê-la de todo o sofrimento que ela havia passado."Sammya", minha voz saiu embargada, "eu estava tão preocupada. Onde você esteve? O que aconteceu? Como conseguiu escapar?"Ela olhou para mim com uma expressão mista de gratidão e dor. "Vero, eu vou explicar tudo, mas primeiro preciso fazer algumas coisas."Eu concordei, mesmo que meu coração doesse ao ver minha irmã naquele estado. Ela pr
Saulo LucattoAcordei lentamente, sentindo a maciez da cama sob meu corpo. O quarto estava envolto em uma penumbra suave, iluminada apenas pelos tênues raios de luz que escapavam pelas frestas das cortinas. Eu estava na casa de Verônica, no quarto que Sammya costumava ocupar quando visitava sua irmã.Estava deitado de lado, meu rosto apoiado em uma das mãos, e meus olhos estavam fixos em Sammya, que dormia profundamente ao meu lado. Meu coração se encheu de gratidão e alívio ao vê-la ali, a salvo e em paz.Não pude conter o sorriso ao observá-la dormindo. Seu rosto ainda mostrava os vestígios dos traumas que havia enfrentado, mas mesmo assim, ela parecia serena e, de alguma forma, serena. Ela estava ali, nos braços de sua família, e isso era o que realmente importava.Com um toque delicado, meus dedos passaram pelos cabelos de Sammya, afastando alguns fios que haviam caído sobre seu rosto. A observei com carinho, lembrando-me do momento em que a encontrei naquela estrada, desmaiada e