Esperei ansiosamente a resposta de Wesley, observando as palavras aparecerem na tela do meu celular.*"Claro, Rafa. Onde e quando?"*Um sorriso de alívio se formou em meu rosto. Rapidamente, digitei uma mensagem de volta.*"Ótimo, Wesley. Mudamos os planos. Vamos nos encontrar no loft do Saulo às 20h. Tenho notícias importantes. Beijos."*Com a mensagem enviada, fui até o meu carro, onde Frankie me esperava. Eu tinha a sensação de que as próximas horas seriam cruciais, e precisava compartilhar as informações que ele havia descoberto sobre a esposa de Saulo, Marina Lucatto.Chegamos ao loft de Saulo pouco antes das 20h. Eu estava tensa, nervosa pelo que estava prestes a contar a Wesley e Saulo. Frankie estava com um envelope em mãos. Quando Wesley finalmente chegou, seu rosto estava cheio de expectativa misturada com preocupação. Ele se aproximou, e eu o abracei rapidamente.Saulo nos recebeu com um olhar curioso, claramente se perguntando o motivo da reunião. Eu o abracei também e de
Sammya Maciel A rotina se repetia cruelmente a cada dia que eu passava nesse lugar sombrio e claustrofóbico. Cada manhã, eu era despertada pela luz fraca que penetrava pelas frestas das tábuas velhas e empoeiradas que cobriam as janelas. E então, como um raio de esperança nessa prisão sem fim, Henzo aparecia trazendo meu café da manhã.Hoje não foi diferente. A porta do quarto rangeu e se abriu, revelando Henzo com uma bandeja na mão. Ele era alto, magro e sempre vestia roupas escuras que o faziam desaparecer nas sombras. Meu ex-namorado, agora transformado em meu carcereiro, entrava no quarto como se nada tivesse acontecido entre nós."Sammya, trouxe seu café da manhã," ele disse com uma voz suave, colocando a bandeja em uma mesinha perto da cama.Eu me sentei, olhando para ele com cautela. "Henzo, você precisa me ajudar a sair daqui. Você deve saber o motivo pelo qual estou presa, e eu não tenho ideia de por que estão fazendo isso comigo."Ele suspirou, seus olhos se encontrando co
Saulo LucattoMinha manhã começou como qualquer outra. Eu estava no loft, esperando notícias de Sammya e tentando me manter ocupado para não enlouquecer com a incerteza que pairava sobre seu desaparecimento. No entanto, o destino tinha outros planos para mim.O som das sirenes da polícia ecoou no ar, interrompendo meus pensamentos. Rapidamente, fui até a janela e olhei para fora, atordoado com a cena que se desenrolava diante de meus olhos. Vi carros de polícia estacionando na estrada que levava ao meu loft. Os oficiais saíram dos veículos, suas armas em punho, e eu soube instantaneamente que algo estava terrivelmente errado.Meu coração começou a martelar no peito enquanto eu corria para fora do loft. Os policiais me cercaram, suas expressões sérias e determinadas. Um deles se aproximou, identificando-se como detetive Rodriguez, e entregou-me um mandado de busca. Minhas mãos tremiam enquanto eu lia as palavras impressas no papel."Recebemos uma denúncia anônima alegando que você mato
Pedro FernandesRafaela me ligou para dizer como anda as investigações a respeito de Sammy, eu apenas ouvi e logo dei um jeito de desligar, é muito dificil para mim ver a mulher que amo desaparecida por culpa do seu envolvimento com Saulo, sempre menti para ela dizendo que não sentia nada por ela além de amizade, mas é tudo mentira, na verdade eu sempre a amei, e quando começamos a nos relacionar eu sinceramente achei que ela perceberia que eu gostava dela de verdade e que não se tratava de apenas uma transa, mas parece que pra ela eu não passo mesmo de um amigo, por fim para não estragar a nossa amizade acabei escondendo meus sentimentos e quando finalmente revelei a ela o que sentia era tarde demais, pois ela já estava envolvida demais com Saulo para pensar em outra pessoa que não seja ele. Juro que tentei me relacionar com outras pessoas, mas estava dificil, pois elas não eram Sammy. “Pedro, você está me ouvindo?” Rafaela grita no meu ouvido e percebo que não havia desligado o cel
Saulo LucattoDias haviam se passado e não tinhamos noticias, isso estava me corroendo e cogitei envolver a policia no caso, mas Frankie e Albert me disseram que não seria uma boa ideia. Cada dia era uma tortura, vivendo na incerteza, na esperança de que ela estivesse bem e que logo voltaria para casa. Mas a falta de notícias estava começando a corroer minha sanidade.Eu estava sentado em casa, completamente imerso em meus próprios pensamentos, quando meu telefone começou a tocar. Era o número de Rafaela piscando na tela. Com o coração acelerado, atendi à ligação."Saulo, ligue a televisão", Rafaela disse com urgência.Não hesitei e peguei o controle remoto, ligando a TV. O noticiário estava no ar, e uma repórter estava em cena, cercada por policiais. A preocupação cresceu em mim quando ouvi as palavras que ela estava relatando."Um corpo foi descoberto hoje cedo, nas proximidades de um rio. A vítima ainda não foi identificada devido ao estado de decomposição avançado, mas as autorida
Veronica MacielA notícia do corpo encontrado tinha me atingido como um soco no estômago. Sammya era minha irmã, minha melhor amiga, e uma das pessoas que eu mais amava no mundo. Eu mal podia acreditar que ela estava desaparecida, e agora a terrível possibilidade de que ela estava morta pairava sobre nós.Corri para o apartamento de Saulo, meu coração batendo descontroladamente. Eu precisava estar perto dele, com minha mãe, com todos. Precisávamos nos apoiar mutuamente neste momento de terror.Quando entrei no apartamento, o clima estava pesado. As lágrimas corriam pelos rostos de todos, e meu coração doía ao vê-los assim. Saulo se aproximou de mim, seu rosto pálido e olhos cheios de pesar."Veronica, eu..." ele começou, mas eu o interrompi."Não, Saulo," minha voz saiu mais dura do que eu pretendia. "Não quero ouvir suas desculpas. Você a colocou nisso, você a envolveu em toda essa bagunça. Sammya não merecia nada disso."Ele abaixou a cabeça, incapaz de me encarar. Eu podia sentir
Sammya MacielMeus olhos se abriram lentamente, piscando contra a luz fraca que iluminava o espaço em que eu estava. Mais um dia nesse pesadelo interminável. Enquanto tentava reunir minhas forças, percebi uma figura sombria de pé, me observando."Você finalmente acordou, Sammya", disse ela, sua voz cortante e gélida.Revirei os olhos, mesmo na situação terrível em que me encontrava, minha atitude irreverente não me abandonava. "E você ficou esse tempo todo me encarando?" Perguntei com sarcasmo, apesar do medo que estava sentindo.Ela riu, uma risada estridente que ecoou no pequeno espaço. "Você tem um senso de humor interessante.""Já ouvi isso antes, desconhecida. Ou melhor, Marina Lucatto." Minha voz se tornou mais séria enquanto a identidade dela se revelava das sombras.Marina sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos. "Impressionante. Como soube que era eu?""Deve ser o perfume de vingança que você usa. Inconfundível." Minha resposta não agradou muito a ela, e sua expressão
Sammya MacielA madrugada estava escura e silenciosa quando finalmente decidi colocar o plano de fuga em ação. Com o canivete que Henzo havia me entregado escondido na minha mão comecei a cortar lentamente as cordas que me prendiam. Cada movimento era preciso e cauteloso, para evitar fazer barulho.O coração batia descompassado em meu peito enquanto eu trabalhava, a ansiedade e o medo quase me sufocando. Cada segundo parecia uma eternidade, e eu rezava para que ninguém acordasse e me descobrisse. Minha vida dependia dessa fuga.Finalmente, as últimas cordas cederam, e eu estava livre. Levantei-me com cuidado, mantendo-me agachada para não ser vista pelas câmeras de segurança. Sabia que tinha pouco tempo até que Daniel, Marina ou os outros dois idiotas viessem fazer sua próxima visita.Com passos furtivos, percorri o corredor escuro, esgueirando-me pelas sombras. Minha mente estava em alerta máximo, meus sentidos aguçados com o medo e a adrenalina. O silêncio da casa era quase ensurdec