Sammya MacielEu estava ali, no escuro, cercada por desconhecidos que me mantinham em cativeiro. Minha mente estava alerta, e meu espírito permanecia inquebrável, apesar das circunstâncias. Eles podiam me prender fisicamente, mas nunca controlariam meu espírito indomável.Um homem alto e robusto entrou na sala onde eu estava, com um olhar maligno e sorriso sádico no rosto. Seu hálito cheirava a álcool barato, e eu podia sentir o cheiro impregnado em sua pele. Ele se aproximou de mim, seus olhos cheios de desprezo."Você acha isso engraçado, sua vadia?" Ele cuspiu as palavras em meu rosto.Eu zombei dele, deixando um sorriso provocador escapar. "Bater em uma mulher amarrada? Isso é realmente corajoso da sua parte."Ele não gostou da minha provocação e, com uma rapidez surpreendente, sua mão atingiu meu rosto, enviando ondas de dor pelos meus sentidos. Minha bochecha ardia, mas eu não lhe dei o prazer de ver meu sofrimento.Um segundo homem entrou na sala, interrompendo o que estava aco
Saulo LucattoA manhã irrompeu com uma claridade indesejada, como se o sol estivesse zombando da escuridão que envolvia minha vida. Eu estava exausto, abatido pela falta de sono e pelos tormentos que assombravam minha mente dia após dia. Meu rosto, refletido no espelho do banheiro, mostrava os sinais evidentes de uma noite mal dormida, com olheiras profundas que só se aprofundavam à medida que a busca por Sammya se tornava mais desesperada.O dia de trabalho se desenrolava diante de mim, uma série de tarefas e responsabilidades que, naquele momento, pareciam irrelevantes e sem sentido. Eu tentava me concentrar, mas minha mente estava irremediavelmente presa na busca pela minha irmã.Foi então que Veronica apareceu no meu escritório, uma visão que eu não estava preparado para enfrentar naquele momento. Ela se aproximou de mim com uma expressão indecifrável, e o olhar dela parecia queimar em mim. Eu conhecia aquele olhar, aquele tipo de desejo que nunca tive a intenção de retribuir."Sa
Wesley Cavalcante Encontrei Saulo no bar, como combinado. Ele já estava lá, sentado em um canto escuro, olhando para o fundo de um copo de uísque. Seu rosto estava sério, os olhos cansados refletindo a dor que ele estava carregando. Era como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros, e eu sabia que ele precisava de alguma distração, pelo menos por algumas horas.Sentei-me ao seu lado e acenei para o barman, pedindo uma rodada de cervejas. Saulo olhou para mim e forçou um sorriso, mas eu podia ver que estava longe de estar em seu estado normal. Ele se virou para mim e perguntou, com voz preocupada:"Então, Wesley, o que está acontecendo? Você disse que tinha algo para contar a Rafaela, certo?"Suspirei, sabendo que essa conversa era inevitável. Eu não tinha ideia de como contar a Rafaela o que estava acontecendo, mas precisava da orientação de Saulo, um amigo em quem eu confiava profundamente."Sim, Saulo, é isso mesmo. Tenho algo importante para contar a Rafa, algo que... bem, n
No dia seguinte fui para a empresa e ao chegar encontrei a menina e a mãe do caso de Sammya e as levei para minha sala. “Bom dia, senhor Wesley. Sinto muito pela doutora Sammya, ela estava nos ajudando e essa fatalidade aconteceu.” “Tudo bem, senhora Maria, sei que em breve ela estará de volta, mas enquanto isso não acontece assumirei o seu caso.” Dou uma breve lida no dossiê que Sammya preparou e devo admitir que ela é muito organizada. conversei brevemente com Ana e sua mãe para salientarmos a defesa, expliquei o que acontecerá e elas me ouviram atentamente, um tempo depois as duas partem e voltei a trabalhar, estava finalizando um relatório quando meu celular tocou e atendi ao constatar que era Rafa. “Oi minha linda, tudo bem?” “Estou sim amor, estou aqui para convidá-lo para almoçar comigo, tenho uma reunião aí perto e preciso me distrair.” Imagino como deve ser para ela ter que lidar com o sumiço de sua própria amiga. “Estou um pouco ocupado, mas podemos almoçar.” “Hum! Qu
Rafaela Nunes Deixei Wesley em seu escritório de advocacia e dirigi sozinha até minha empresa. O trânsito era caótico como sempre, mas hoje minha mente estava em outro lugar. Enquanto eu dirigia, meus pensamentos estavam fixos em uma pergunta que não parava de martelar em minha mente: Por que Wesley não me contou a verdade?Olhei para a estrada à minha frente, mas meus olhos estavam vazios, minha concentração dividida entre o tráfego e as perguntas que pairavam no ar. Nós compartilhávamos tudo, éramos um time inseparável. Então, por que ele escondeu isso de mim?As palavras de Wesley ecoavam em minha mente, uma lembrança perturbadora da conversa tensa no restaurante. Ele tinha um segredo, algo do seu passado que ele não compartilhou comigo. Aquela falta de comunicação estava corroendo nosso relacionamento.Meus dedos apertaram o volante com força, uma tentativa de dissipar a frustração que crescia dentro de mim. Eu sabia que precisávamos conversar, mas como iniciar essa conversa? Com
Esperei ansiosamente a resposta de Wesley, observando as palavras aparecerem na tela do meu celular.*"Claro, Rafa. Onde e quando?"*Um sorriso de alívio se formou em meu rosto. Rapidamente, digitei uma mensagem de volta.*"Ótimo, Wesley. Mudamos os planos. Vamos nos encontrar no loft do Saulo às 20h. Tenho notícias importantes. Beijos."*Com a mensagem enviada, fui até o meu carro, onde Frankie me esperava. Eu tinha a sensação de que as próximas horas seriam cruciais, e precisava compartilhar as informações que ele havia descoberto sobre a esposa de Saulo, Marina Lucatto.Chegamos ao loft de Saulo pouco antes das 20h. Eu estava tensa, nervosa pelo que estava prestes a contar a Wesley e Saulo. Frankie estava com um envelope em mãos. Quando Wesley finalmente chegou, seu rosto estava cheio de expectativa misturada com preocupação. Ele se aproximou, e eu o abracei rapidamente.Saulo nos recebeu com um olhar curioso, claramente se perguntando o motivo da reunião. Eu o abracei também e de
Sammya Maciel A rotina se repetia cruelmente a cada dia que eu passava nesse lugar sombrio e claustrofóbico. Cada manhã, eu era despertada pela luz fraca que penetrava pelas frestas das tábuas velhas e empoeiradas que cobriam as janelas. E então, como um raio de esperança nessa prisão sem fim, Henzo aparecia trazendo meu café da manhã.Hoje não foi diferente. A porta do quarto rangeu e se abriu, revelando Henzo com uma bandeja na mão. Ele era alto, magro e sempre vestia roupas escuras que o faziam desaparecer nas sombras. Meu ex-namorado, agora transformado em meu carcereiro, entrava no quarto como se nada tivesse acontecido entre nós."Sammya, trouxe seu café da manhã," ele disse com uma voz suave, colocando a bandeja em uma mesinha perto da cama.Eu me sentei, olhando para ele com cautela. "Henzo, você precisa me ajudar a sair daqui. Você deve saber o motivo pelo qual estou presa, e eu não tenho ideia de por que estão fazendo isso comigo."Ele suspirou, seus olhos se encontrando co
Saulo LucattoMinha manhã começou como qualquer outra. Eu estava no loft, esperando notícias de Sammya e tentando me manter ocupado para não enlouquecer com a incerteza que pairava sobre seu desaparecimento. No entanto, o destino tinha outros planos para mim.O som das sirenes da polícia ecoou no ar, interrompendo meus pensamentos. Rapidamente, fui até a janela e olhei para fora, atordoado com a cena que se desenrolava diante de meus olhos. Vi carros de polícia estacionando na estrada que levava ao meu loft. Os oficiais saíram dos veículos, suas armas em punho, e eu soube instantaneamente que algo estava terrivelmente errado.Meu coração começou a martelar no peito enquanto eu corria para fora do loft. Os policiais me cercaram, suas expressões sérias e determinadas. Um deles se aproximou, identificando-se como detetive Rodriguez, e entregou-me um mandado de busca. Minhas mãos tremiam enquanto eu lia as palavras impressas no papel."Recebemos uma denúncia anônima alegando que você mato