Cheguei na boutique toda contente e pude ver a felicidade também dos funcionários com a nossa boa crítica. O dia hoje estava frenético, pois muitas pessoas vieram para conhecer o lugar por conta da nossa boa nota. Estava muito feliz, pois trabalhamos muito para chegar até onde chegamos. Quem não estava contente era Márcio. Ele estava inconformado com o que ouviu a respeito dele, pois a única pessoa que havia falado sobre a questão da moradora de rua foi ele. Na hora do almoço Ricardo me ligou e perguntou como estava meu dia. Ele me convidou para dançar mais tarde, e com certeza eu aceitei, já que não sei quanto tempo nos resta ainda. Ele conversou comigo por mais algum tempo e depois se despediu dizendo que me amava. O que me dói de verdade é saber que a qualquer momento realmente ele pode ir embora, mas eu sei que ele precisa ir, porque por mais que Abby esteja com Elizabeth, ela precisa do pai. Quem também me ligou foi Luiza, que estava toda contente a respeito das críticas
Assim que ele chegou perto de nós, me agarrei a seu braço. Tem coisas que são difíceis para ele se acostumar. — Flávio, quero te apresentar Ricardo, meu namorado. — Ele sorri timidamente e estende a mão, para que meu futuro arquiteto possa apertar. — Muito prazer, senhor Flávio. — Depois que se cumprimentarem. Flávio se vai, e Rick olha para mim. — Então quer dizer que está tudo certo para a expansão da boutique? — Ainda não. Tudo vai depender do orçamento. Trabalhei um pouco mais e resolvi liberar o pessoal e também ir para casa. As meninas ficam contentes e dizem que ultimamente ando liberando elas cedo. Dou um sorriso e pergunto se elas querem ficar até mais tarde, mas Márcio logo toma a frente e diz que não. Todos sorrimos e eles se vão. Chego em casa com Rick, e ele diz que me levará para comer. Pergunto a ele onde vamos, e ele diz que será uma grande surpresa e que irá dirigir. Pergunto a ele se aprendeu a dirigir, e Ricardo me diz que seu amigo Bernardo o
Ricardo Stefan Isabella olhou-me, e não pude identificar a sua expressão. Gostaria de saber o que se passa em sua mente. Mas ainda assim irei lhe fazer o pedido. — Isabella Melo, você aceita se tornar minha… — Nem termine, Ricardo. Eu sei o que vai dizer, e você sabe muito bem que não pode ficar. — Ela nem me deu a chance de terminar. — Escute-me, Isabella. — Peço-lhe, porém ela nega. — Não posso me iludir, Ricardo. Esses meses que passamos juntos serão memoráveis e me lembrarei enquanto viver, mas chega de ilusão. Você precisa voltar para Abby, e mesmo que não existisse a sua filha… — Nossa… — A lembrei, e ela revirou os olhos antes de continuar. — Que seja! Você não pertence a esse mundo, e nem eu ao seu. Na verdade, nem sei que porra aconteceu que te fez aparecer aqui. Não sei se foi mágica ou bruxaria, sei lá que caralho foi, só sei que seus dias estão contados. Uma velhinha já me disse que você terá que ir, então nem me venha com esse “aceita ser…” sej
Isabella Melo Após o episódio da noite passada, fui para a boutique e nem me importei em saber como Ricardo estava. Apenas precisava sair de perto dele e respirar um pouco. Me irritei no trânsito com um babaca que não parava de buzinar para que eu andasse e acabei discutindo com o desgraçado. Sinceramente, fiquei tentada a pegar o bastão que tenho dentro do carro e acabar com ele, mas só pensei mesmo, “Você não é assim, Isabella. Controle-se!” Meu subconsciente ralhou comigo. Na tentativa de me acalmar, acabei ligando o rádio. A música que começou a tocar por algum motivo me fez lembrar de Ricardo, e acabei desligando o aparelho. Chegando à boutique a porta deu uma pequena emperrada, e eu não estava conseguindo abri-la. Isso nunca aconteceu. Tinha que ser logo hoje? Comecei a dar socos na porta, e Márcio veio me ajudar. Ele olhou para mim, e pedi a ele para não dizer uma palavra. Meus brownies queimaram, troquei açúcar pelo sal nos cupcakes, me irritei com Monique, que foi
As árvores continuaram a chacoalhar, e o vento fez com que olhasse mais adiante, e ali vi Claire, neta de dona Rute. Me aproximo dela e vejo a lápide de dona Rute, o que mexeu muito comigo. — Quando aconteceu? — Pergunto lhe abraçando. — No dia em que vocês foram lá em casa saber sobre a história da nossa família. Assim que vocês se foram ela começou a dizer que você era a avó dela. Nós achamos que ela estava começando a caducar, mas ela insistiu que conheceu a verdadeira avó e que agora poderia morrer em paz, e foi o que aconteceu. No dia seguinte, quando fui chamá-la, eu soube que minha avó não estava mais entre nós. Ela deixou uma carta para você. Eu estava procurando por uma jornalista quando vi sua foto em um jornal de culinária. — Ela me entrega o pacote e olha para mim. — Não me diga que minha avó está certa? Você é idêntica à minha bisavó. — Não posso te dar tanta certeza sobre nada agora. Até para mim essas coisas ainda são confusas. — Ela me abraçou apertado.
Um grito de pavor escapou por meu lábios, e as lágrimas inundaram meus olhos. Por que logo agora? Me deitei no chão e fiquei por não sei quanto tempo só deitada e chorando. Um tempo depois sequei minhas lágrimas, levantei do chão e peguei o telefone para ligar para minha amiga. — Oi, Bella, pensei que estivesse se reconciliando com seu homem? — Ela diz sorrindo, e eu permaneci em silêncio. — E… Ele se foi. — Digo apenas. — Calma, Bella. Daqui a pouco ele volta ou talvez nem tenha chegado ainda. — Diz com um sorrisinho, e sei que ela ainda não entendeu. — Luiza, ele se foi literalmente. Em um momento estávamos de mãos dadas, e no outro ele havia sumido. — Amiga, você quer que eu vá te fazer companhia? — Ela me pergunta solícita. — Amiga, não se preocupe comigo. Eu vou ficar bem, só preciso descobrir o que fazer para trazer ele de volta. — Se precisar de mim sabe muito bem onde me encontrar. — Ela diz, e sei que ela gostaria de falar mais coisas, porém não
— Até que fim vocês se acertaram. Sabe quantas vezes eu já tentei juntar vocês? — A velha senhora surge ao nosso lado. — Quer dizer que já passamos por isso? — Pergunto curiosa, e a mulher sorri. — Oitocentos e noventa e nove vezes. Tem um limite para o que posso fazer! Vocês quase perderam a chance, mas que bom que se acertaram. Bom, minhas crianças, agora vamos às opções. — Ela diz, e eu fico curiosa. — Vocês são almas gêmeas, destinados a ficarem juntos. — E o que isso quer dizer? — Pergunto confusa. — Quer dizer que vocês devem ficar juntos, independente de tudo o que aconteça, e é por esse motivo que eu estou aqui. — Então você é uma fada madrinha? — Pergunto, pois Ricardo está pensativo demais para perguntar qualquer coisa. — Não sou fada madrinha, sou uma amiga que luta para que todos encontrem sua felicidade. — Ela sorri, e Rick olha para mim. — Deixa eu continuar. Vocês têm duas opções, por favor, escolham com o coração. Opção um: Vocês poderão voltar
Elizabeth Stefan. Desde que vim para o futuro estou achando tudo muito estranho. Meu irmão já está bem habituado, já eu estou no processo. O pior para mim foi ter que abandonar minhas vestimentas. Amava meus belos vestidos armados, mas Isabella me explicou que nesse novo tempo as mulheres não usam vestidos armados, então precisei me adaptar. — Lisa, quer ir comigo e com Abby para boutique? — Minha cunhada entra em meus aposentos. — Gostaria muito. Se não for incomodar, é claro. — Digo a ela, que olha-me enfezada. — Você nunca atrapalha. Saiba que esses seis meses com vocês aqui estão sendo fantásticos. — Levanto-me e a abraço. — Vou arrumar-me e já descerei. Ela me manda um beijo, e Abby repete o gesto de sua mãe. Minha sobrinha é a criança mais amada do mundo, e isso ninguém pode negar. Seus pais lhe dão todo o amor e carinho que podem. Arrumei-me rapidamente e, logo que desço, já vejo Isabella brincando com Abby. Assim que me vê ela se levanta. Depois da c