5. capítulo

Tudo estava tranquilo mas sabia que sua prima chegaria logo de viagem, tudo que se chama tranquilo acabaria de uma hora para outra, isso era fato.

Há três dias que Ellen tinha voltado para a mansão do avô para se esconder do misterioso marido que ela não conseguia se lembrar. Ela estava confusa e assustada, sem saber o que fazer. Não queria pedir o divórcio, pois havia prometido à mãe que só se casaria por amor. Mas como poderia amar alguém que não lembrava mais?

Enquanto tentava juntar as peças de sua memória fragmentada, Ellen começou a notar coisas estranhas na mansão. Sombras se moviam pelos corredores, objetos desapareciam misteriosamente e ela tinha a sensação de estar sendo observada o tempo todo. Seria culpa de sua mente confusa ou havia algo mais sombrio acontecendo ali?

Ouviu-se um barulho na varanda da frente da mansão, "falando no diabo lá estava" Ana Til, oito anos no exterior, até que o tio Robert e eu decidimos não bancar mais a vida luxuosa dela.

Corro para varanda para receber ela com toda alegria, mesmo sabendo que Ana sempre tentou me sabotar, Ellen não perdeu a esperança de que um dia ela poderia mudar, quem sabe não chegou o momento.

"Ana" grita Ellen indo em direção a ela.

Ana por sua vez continuou parada na varanda, como se Ellen não existisse. Ana sempre foi desta maneira e nunca houve motivo para isso.

"Oi, prima, você faz aqui por essas bandas, você não é a CEO da família." ela me cumprimentou com sarcasmo.

"Sou sim, optei em trabalhar por aqui mesmo, tenho muitos funcionários seguindo as minhas ordens em Duna, Não preciso necessariamente estar lá para trabalhar, Ah sim, você agora é médica." Eu sei que medicina é uma das melhores profissões, salvar vidas, cuidar de vidas, mas ela não parece ser tão solidária assim como os médicos costumam ser, ela tinha falta de reciprocidade, esta é a única verdade.

"Eu não fiz medicina". Informou ela toda pomposa, e continuou: " eu estava me preparando para assumir a empresa da família."

Neste momento, Ellen sentiu seu sangue fervilhar, algo dentro dela mandava destruir em pedaço Ana Til, como ela pode pensar em tomar algo que foi herdado por ela por ser primogênita da família Lisboa.

"Pega ela, esbofeteia ela.." sua cabeça estava louca, a voz dentro dela estava com ódio.

" Você só pode tomar posse do que você herda Ana, Esqueceu que você não é a filha da minha mãe." A mesma mãe que Ana chamava de inútil todas as vezes que era contrariada.

" Ho Ellen você não precisa me jogar isso na cara, eu sei que não tinha mãe." Choramingou falsamente.

Depois do encontro com Ana, Ellen a evitou a dia todo, deste modo decidiu dar uma volta pela vila, a muito tempo que não tinha um dia esplêndido como este, reviu todas as pessoas que não falava a anos por falta de tempo, quando voltou para a mansão já estava anoitecendo.

Ao entrar pela porta viu que não tinha ninguém na sala, mas pode ouvir um barulho vindo da cozinha, então caminhou para lá, entrando na ampla cozinha antiga viu uma senhora rechonchuda de costa para ela mechendo em algo na mesa.

"Elionor". chamei sem pensar pela surpresa, não a via dês de seus 9 anos, no ano em que sua mãe se foi para sempre. Elionor tinha envelhecido muito pouco em comparação com seu avô nestes onze anos de afastamento, ela era uma pequena senhora de cabelos grisalhos crespos, que neste momento se vira com expressão de alegria em sua face negra. " minha Menina Ellen". respondeu a senhora vindo ao seu encontro de braços abertos, as duas se abraçou, como sentiu falta deste cheiro, deste aconchego.

"senti sua falta Nono". eu me expressei como antigamente, pensei que nunca mais haveria.

" a minha menina". nunca deixei de pensar em você, não podia vir ao seu encontro, mas agora voltei para sempre.

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