Helena Hernandes Quando Klaus me pediu para vir imediatamente ao encontro de Cortez, de certa forma, fiquei um pouco preocupada. Percebi no olhar do tenente que Fernando provavelmente não estava bem, então o questionei para saber o porquê tinha aquela aflição nos olhos. Ele apenas me dissera que Garcia esteve no gabinete do meu general. Eu engoli em seco ao pensar em como deve ter sido doloroso para meu namorado ter que ver o homem que o chamava de amigo e o magoou cruelmente, surgir na sua frente novamente, e com certeza, debochar do seu sofrimento. Então aquele homem que estava com o Coronel Matias era o Garcia? Como se não bastasse ter que aturar aquela m*****a mulher, o meu namorado também teria que trabalhar com um safado como aquele? Me perguntei sobre tudo isso enquanto caminhava o mais rápido possível pelo corredor. Assim que entrei em sua sala, o vi com as mãos na cabeça, e parecia ter sido muito doloroso ter que reviver tudo isso para ele. Eu não o julgava, nem eu mesma
Cortez Eu estava me preparando para deitar quando ouvi batidas na porta do escritório, e assim que a abri me deparei com Luísa dizendo que Helena e Rebeca saíram no tapa. Eu já previa que isso aconteceria uma hora ou outra. Minha tampinha já havia me afirmado que Rebeca ficava a provocando de todas as maneiras e a conhecendo bem, uma hora iria revidar. Até tentei chamar a atenção da major sobre isso, porém, ela não me deu ouvidos. Saí de imediato enquanto acompanhava Luísa e quando entrei no ambiente, novamente as duas já estavam se pegando no tapa, no entanto, quem levava a pior era Rebeca. A vontade que tive foi de deixar a minha tampinha lhe dar um belo de um corretivo, pois a desgraçada estava merecendo. Não sei o que havia feito para que Hernandes agisse daquela maneira, contudo, ela continuava com a sua provocação. E mesmo assim, logo que separamos as duas novamente, Rebeca ainda tentara se fazer de vítima. No entanto, eu já conhecia bem aquele seu jogo, e apenas a comu
Rebeca Lavenez Pela manhã, já estava pronta para ir embora. Depois que Fernando deixou bem claro que não me queria mais no seu quartel, não tinha mais opção além de ir. Ele me olhava de maneira séria pela janela de seu escritório, enquanto Klaus colocava minhas coisas no carro. Por um momento, sustentei o seu olhar para que talvez assim, o fizesse mudar de ideia sobre sua decisão, contudo, o mesmo simplesmente virou-se, me dando as costas e adentrou para sua sala novamente. Suspirei pesadamente e em seguida entrei no veículo. Realmente Cortez não era mais o homem gentil e dócil que costumava ser comigo, que realizava todos os meus pedidos. Ali, tudo o que parecia era que eu estava diante de uma pedra de gelo. Mas não poderia reclamar, pois o motivo de que ele se tornara assim, foi por minha culpa. Acabei fazendo com que Fernando mudasse, e me sentia mal ao relembrar as suas palavras de ontem, principalmente o modo em que ele as disse. "Não pense que ainda sou o mesmo homem
Capítulo 41 Helena Hernandes Um mês havia se passado desde que Rebeca havia sido expulsa do quartel por Cortez. Minha cara não negava a felicidade de saber que aquela mocreia nunca mais azucrinaria nossas vidas. A safada pensou que poderia me prejudicar, contudo, fiquei muito feliz ao comprovar que Cortez permaneceu do meu lado e não do dela. No dia em que saiu daqui, observei que ela ainda tinha esperança de que o meu general retrocedesse, enquanto a observava pela janela do seu escritório. Porém, a sua ficha caiu quando ele simplesmente virou-se de costas, e entrou de volta para sua sala. Eu estava aliviada, porque finalmente aquela cobra havia ido embora. Ela já havia infernizado nossas vidas o suficiente. Quando percebeu que o seu jogo não estava dando certo, e que Cortez ordenou que fosse embora do seu quartel, ela por fim entendeu que as suas chances de o reconquistar acabaram. Klaus até confessou a mim que ela havia dito que nos deixaria em paz afinal. Soltei um suspi
Garcia Lourenço A semana mal havia começado e eu já fui acordado bem cedo com uma notificação de mensagem no meu celular. Mensagem daquele velho idiota do Coronel Matias, já me enchendo de serviço e passando as suas ordens pelo celular. Suspirei pesadamente enquanto esfregava a mão em meu rosto, ainda me recuperando da noite anterior, onde tinha bebido muito. A mulher que dormiu ao meu lado ainda se encontrava em minha cama. Em seguida levantei-me e andei até o banheiro para tomar um banho, sabendo que o dia seria bastante puxado. Após tomar o meu banho, a mulher despertou e se levantou, pedindo para usar o banheiro. Concordei e voltei a me arrumar, e depois de alguns minutos ela se vestiu e foi embora. Era bem melhor assim. Eu não suportava mulher grudenta, que ficava correndo atrás de mim, o tempo todo. Naquela semana, eu havia encontrado com Rebeca no batalhão do Coronel Matias. Fiquei surpreso pelo modo como ela me tratou friamente e jogou na minha cara que amava Cortez.
Fernando Cortez 2 meses depois... Eu acariciava os longos cabelos negros de Helena, que dormia em cima do meu peito serenamente e eu estava com o meu rosto inclinado para olhá-la melhor. Aquele era um costume que adquiri ao longo do tempo, após estar ao seu lado, admirá-la enquanto dormia. Helena se virou para o lado, mas ainda continuava dormindo. Aproveitei para ir ao banheiro e em seguida, fiquei um pouco na janela, observando a rua. Ao sentir minha falta na cama, Helena se levantou e se sentou na cama, olhando para os lados, ainda um tanto confusa, a minha procura. Estávamos tão acostumados um com o outro, que simplesmente quando um se afastava, já era notável o quanto sentíamos falta. Ela então esfregou os olhos e só depois notou a minha presença, a encarando da janela. Ela me deu um pequeno sorriso doce que eu gostava sempre de ver em seus lábios. — Não está conseguindo dormir? Vem para cama, o que está fazendo aí em pé? - ela perguntou com a voz sonolenta. Era in
Helena Hernandes A vida continuava uma verdadeira correria entre trabalhar, sair para lazer e dormir com o Fernando. Ultimamente, eu vivia mais na casa dele do que na minha, isso se dava porque ele sempre estava me manipulando com a sua chantagem ao dizer que já havia se acostumado com a minha presença. Eu nem conseguia disfarçar a cara de felicidade que vinha demonstrando nos últimos dias. E isso se comprova naquele momento, porque um amigo de farda me chamava, mas eu mal o escutava, até que novamente ele voltou a falar. — Oi, Helena, você ainda se encontra na terra? Já tenho alguns minutos te chamando. O olhei de maneira envergonhada ao perceber que se tratava de Felipe, o homem que me encarava com um sorriso divertido. — Me desculpe, acabei não te vendo aí. - Respondi sem jeito. - Estou realmente distraída esses dias. Mas me diga, como vai a vida? Muito trabalho? — Estou bem. Mas você só está assim porque está apaixonada. - Felipe retomou aquele assunto. - Mal consegue d
Fernando Cortez Haviam se passado dois dias desde que Helena me advertiu sobre procurar ajuda com um psicólogo. Eu confessava que vinha me negando a fazer isso, mas eu não estava mais suportando-a me ignorando. E por isso, decidi que tiraria o dia de folga para resolver aquilo de uma vez. Procurei novamente o Doutor Assis, que foi o meu médico no passado, um ótimo profissional. E então, naquele momento, eu me encontrava ali, esperando a minha vez. Assim que o paciente que estava lá dentro de sua sala saísse, eu entraria. Não podia perder Helena, e foi só por isso que decidi que aquela era a maneira mais correta para poder viver em paz com a minha tampinha. Eu iria me sacrificar, pois sabia que ela não estava falando aquilo tudo para o meu mal, talvez esteja até tentando impedir o pior. Porque eu sabia que em uma crise daquelas de ciúme, eu podia perder a cabeça e acabar cometendo um crime, ou até mesmo machucando uma pessoa. Eu reconhecia que precisava de ajuda, mas também sab