Capítulo 41 Helena Hernandes Um mês havia se passado desde que Rebeca havia sido expulsa do quartel por Cortez. Minha cara não negava a felicidade de saber que aquela mocreia nunca mais azucrinaria nossas vidas. A safada pensou que poderia me prejudicar, contudo, fiquei muito feliz ao comprovar que Cortez permaneceu do meu lado e não do dela. No dia em que saiu daqui, observei que ela ainda tinha esperança de que o meu general retrocedesse, enquanto a observava pela janela do seu escritório. Porém, a sua ficha caiu quando ele simplesmente virou-se de costas, e entrou de volta para sua sala. Eu estava aliviada, porque finalmente aquela cobra havia ido embora. Ela já havia infernizado nossas vidas o suficiente. Quando percebeu que o seu jogo não estava dando certo, e que Cortez ordenou que fosse embora do seu quartel, ela por fim entendeu que as suas chances de o reconquistar acabaram. Klaus até confessou a mim que ela havia dito que nos deixaria em paz afinal. Soltei um suspi
Garcia Lourenço A semana mal havia começado e eu já fui acordado bem cedo com uma notificação de mensagem no meu celular. Mensagem daquele velho idiota do Coronel Matias, já me enchendo de serviço e passando as suas ordens pelo celular. Suspirei pesadamente enquanto esfregava a mão em meu rosto, ainda me recuperando da noite anterior, onde tinha bebido muito. A mulher que dormiu ao meu lado ainda se encontrava em minha cama. Em seguida levantei-me e andei até o banheiro para tomar um banho, sabendo que o dia seria bastante puxado. Após tomar o meu banho, a mulher despertou e se levantou, pedindo para usar o banheiro. Concordei e voltei a me arrumar, e depois de alguns minutos ela se vestiu e foi embora. Era bem melhor assim. Eu não suportava mulher grudenta, que ficava correndo atrás de mim, o tempo todo. Naquela semana, eu havia encontrado com Rebeca no batalhão do Coronel Matias. Fiquei surpreso pelo modo como ela me tratou friamente e jogou na minha cara que amava Cortez.
Fernando Cortez 2 meses depois... Eu acariciava os longos cabelos negros de Helena, que dormia em cima do meu peito serenamente e eu estava com o meu rosto inclinado para olhá-la melhor. Aquele era um costume que adquiri ao longo do tempo, após estar ao seu lado, admirá-la enquanto dormia. Helena se virou para o lado, mas ainda continuava dormindo. Aproveitei para ir ao banheiro e em seguida, fiquei um pouco na janela, observando a rua. Ao sentir minha falta na cama, Helena se levantou e se sentou na cama, olhando para os lados, ainda um tanto confusa, a minha procura. Estávamos tão acostumados um com o outro, que simplesmente quando um se afastava, já era notável o quanto sentíamos falta. Ela então esfregou os olhos e só depois notou a minha presença, a encarando da janela. Ela me deu um pequeno sorriso doce que eu gostava sempre de ver em seus lábios. — Não está conseguindo dormir? Vem para cama, o que está fazendo aí em pé? - ela perguntou com a voz sonolenta. Era in
Helena Hernandes A vida continuava uma verdadeira correria entre trabalhar, sair para lazer e dormir com o Fernando. Ultimamente, eu vivia mais na casa dele do que na minha, isso se dava porque ele sempre estava me manipulando com a sua chantagem ao dizer que já havia se acostumado com a minha presença. Eu nem conseguia disfarçar a cara de felicidade que vinha demonstrando nos últimos dias. E isso se comprova naquele momento, porque um amigo de farda me chamava, mas eu mal o escutava, até que novamente ele voltou a falar. — Oi, Helena, você ainda se encontra na terra? Já tenho alguns minutos te chamando. O olhei de maneira envergonhada ao perceber que se tratava de Felipe, o homem que me encarava com um sorriso divertido. — Me desculpe, acabei não te vendo aí. - Respondi sem jeito. - Estou realmente distraída esses dias. Mas me diga, como vai a vida? Muito trabalho? — Estou bem. Mas você só está assim porque está apaixonada. - Felipe retomou aquele assunto. - Mal consegue d
Fernando Cortez Haviam se passado dois dias desde que Helena me advertiu sobre procurar ajuda com um psicólogo. Eu confessava que vinha me negando a fazer isso, mas eu não estava mais suportando-a me ignorando. E por isso, decidi que tiraria o dia de folga para resolver aquilo de uma vez. Procurei novamente o Doutor Assis, que foi o meu médico no passado, um ótimo profissional. E então, naquele momento, eu me encontrava ali, esperando a minha vez. Assim que o paciente que estava lá dentro de sua sala saísse, eu entraria. Não podia perder Helena, e foi só por isso que decidi que aquela era a maneira mais correta para poder viver em paz com a minha tampinha. Eu iria me sacrificar, pois sabia que ela não estava falando aquilo tudo para o meu mal, talvez esteja até tentando impedir o pior. Porque eu sabia que em uma crise daquelas de ciúme, eu podia perder a cabeça e acabar cometendo um crime, ou até mesmo machucando uma pessoa. Eu reconhecia que precisava de ajuda, mas também sab
Capítulo 46 Helena Hernandes Estou deitada com Cortez em sua cama e acariciando sua barba, enquanto ele curte o carinho e me olhava sorrindo. A sintonia entre mim e o meu general estava completamente tranquila. Parecia que finalmente estávamos em paz, após passar por uma grande turbulência nesses últimos dias. Vivemos grandes acontecimentos, principalmente ao conviver com pessoas que não queríamos mais ver. Fiquei muito feliz em saber que ele tinha finalmente aceitado o meu conselho, e procurado ajuda de um profissional para cuidar de sua saúde mental. Cortez aceitou conduzir tudo aquilo por mim, e isso me deixava muito alegre, pois sabia que ele estava realizando aquilo por me amar. Ele então, se posicionou em cima de mim e confessou, beijando os meus lábios: — Quero saber se você já está pronta para um segundo round? Pois estou com todo gás. Soltei uma risada baixa, ainda lhe encarando. Eu achava incrível aquele fogo que Cortez tinha, e claramente, não podia reclamar. E
Garcia Lourenço Uma semana havia se passado desde que encontrei novamente aquela bela soldada, Helena, mas ela continuava me evitando. Sempre que eu ia naquele quartel, ela não queria qualquer tipo de aproximação ou conversa. Realmente, Klaus e Cortez tinham conseguido influenciar a mente da mulher para que ela me odiasse. No entanto, confesso que seu jeito arrogante só aumentava minha curiosidade em conhecê-la melhor. Retirei minha farda e fiquei apenas de short e camiseta quando vi Rebeca entrar, me dando um sorriso sarcástico e comentando ainda na porta: — Soube que hoje você foi ao quartel do Cortez. E aí, me diga se conseguiu conquistar a pimentinha ou fracassou novamente? — Realmente, você está bem informada sobre mim, não é, Rebeca? O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta. — Pelo jeito, fracassou novamente! Eu te avisei, Helena não é fraca e muito menos iludida como eu fui. Você vai precisar se esforçar muito, Garcia, se realmente quiser fazê-la trair Fernando.
Fernando Cortez Estávamos tão ansiosos pelo grande dia da festa. Helena estava muito bonita em seu vestido verde limão. Parecia que o tecido realçava ainda mais sua beleza. Então, comentei um pouco enciumado enquanto ela terminava de passar o pó compacto em seu rosto: — Nossa! Vai me dar trabalho hoje à noite, hein? Mas você está linda, para não dizer maravilhosa! — Meu General, está com ciúme de mim, é isso mesmo que estou percebendo, ou é coisa da minha cabeça? — a puxei para mim, lhe dando um beijo e respondi. — Claro que sinto ciúme de você! Aposto que aqueles homens vão ficar parecendo cachorro com a língua para fora, te olhando. Mas me contento em saber que o único que tem essa mulher maravilhosa e esse corpo aqui sou eu! — Convencido! A sorte é que eu te amo muito! É uma pena que tenhamos que ir para esse evento, se não fosse isso, tinha outros planos com você naquela cama hoje à noite! — Helena, você sabe mesmo como me desconcertar! Que tal se nós chegarmos um pouquinho a