Vicente Cooper.
Quando o sol invade o quarto pela manhã e me desperta com sua luz forte batendo diretamente em meus olhos, acordo sentindo todo o meu corpo doer. Respiro fundo e olho para o teto sentindo os olhos arderem, rolo na cama e sinto como se tivesse corrido a maratona de São Silvestre.
Do lado da cama que estou, começo a sentir o cheiro dela e uma paz no coração me invade, queria ter tido o privilégio de acordar ao seu lado pelo menos uma vez, eu sei o quanto esse sentimento que, estar surgindo em relação a ela pode me prejudicar, mas não tenho controle. Foi bem difícil dormir ao lado dessa deusa Afrodite e não poder toca-la, foi uma luta dura resistir à tentação de abraçar seu corpo quente.
Sento-me na cama, aguardo alguns segundos para não levantar e ficar tonto. Fico de pé devagar e caminho para o
Vicente Cooper.- Por que? - controlo o meu tom de voz - O que tem ela? Achou algo sobre ela pela casa?Faço várias perguntas, nervoso.- Não sai mexendo nas suas coisas, Doutor - exclama ofendida - É que ela meio que atormentou o seu sono na noite passada.- Eu não lembro de nada - responde sincero.- Foi uma noite bem turbulenta, fiquei muito preocupada, quase te levei para o hospital. Mas te dei um remédio mais forte.- Estou bem melhor agora, obrigado por estar aqui - agradeço e acaricio a sua bochecha rosada.- Quem é ela?- Prefiro não falar sobre isso agora - peço.- Tudo bem - aceita respeitando o meu espaço.- Agora é minha vez de te fazer uma pergunta, estou meio constrangido, mas preciso saber - seguro seu queixo e prendo seu olhar no meu - Me diga anjo, eu te fiz alguma coisa ontem à noite?<
Angélica Ross.Saio do apartamento de Vicente apressada e com raiva, bato a porta com força e depois entro no meu próprio apartamento. Passo rápido pela sala e sigo para o corredor em direção ao meu quarto.Abro a porta e me atiro na minha cama, bufo frustrada e olho para o teto do quarto com o coração a mil por hora. Minha cabeça está fervilhando e por mais que eu repita para mim mesma que o que houve na noite passada não significou nada é só fechar os olhos que a imagem do seu corpo nu invade a minha memória.Sinto um calor no meu interior só em lembrar daquele corpo que sem muito esforço mentalizei. O peitoral malhado, a barriga firme cheia de gomos, as coxas definidas, os braços fortes acariciando o seu membro grande cheio de veias, a cabeça grande e rosada parecia um enorme cogumelo que me fez salivar.Tentei
Angélica Ross.Passei o resto da manhã deitada, somente quando a minha barriga roncou de fome foi que eu levantei e fui para a cozinha preparar o almoço. Um tempo depois meu irmão aparece na cozinha.- Oi irmãzinha, pensei que se mudaria de vez para a casa do nosso vizinho gato - ele debocha - Ainda não acredito que seu chefe gostoso é nosso vizinho e eu ainda não esbarrei com ele.- Não trabalha mais? - questiono e retiro a lasanha do forno.- Não sou escravo - brinca e se senta - Esse cheiro está maravilhoso - elogia - Larguei mais cedo hoje, vou aproveitar e colocar em dia a minha série preferida.- Legal.- O que aconteceu, irmãzinha? - pergunta preocupado depois que eu sirvo seu prato e me sento ao seu lado.- Aconteceu uma coisa ontem à noite - comento e coloco um pedaço generoso no meu prato.- Conte-
Vicente Cooper.Finalmente estou recuperado daquela maldita virose que tomou conta de mim nos últimos dias, assim que entro na minha sala no hospital a minha secretária aparece avisando sobre uma viagem que eu tinha marcada para hoje à noite.Pelo menos duas vezes ao ano eu viajava para fazer algum trabalho voluntário, essa viagem está marcada a meses e eu esqueci completamente. O destino desse ano é a Amazônia, já tive a oportunidade de conhecer aquele estado e agora voltar para ajudar os necessitados.- Émile - chamo minha secretária pelo ramal e ela aparece na porta do escritório rapidamente - Compre uma passagem para a Doutora Angélica e reserve um quarto também.- Sim, senhor - ela dá meia volta e vai providenciar o meu pedido.Decido ir falar com a Angélica e voltar para casa, preciso fazer as minhas malas e me preparar par
Vicente Cooper.Quando saio do quarto em que estava hospedado carregando a minha mala dei de cara com Angélica usando um vestido que evidenciava todas as suas curvas, e um salto bico fino na cor rosa.Quantos pares de saltos ela trouxe? - penso e sorrio apreciando o quanto ela é vaidosa, e feminina.Entramos no carro que aluguei para nos locomover enquanto estivermos na cidade, a pequena distância foi percorrida em total silêncio, cada um estava perdido em seus próprios pensamentos.Mesmo no pouco tempo que nos conhecemos, essa mulher já começou a transformar a minha vida, eu quero acreditar que não posso mais me envolver sentimentalmente com ninguém, mas ela veio para mostrar que eu estou enganado. O que estou começando a sentir por Angélica é muito diferente do que eu sentia pela minha ex esposa. Angel me traz paz, tranquilidade, arrebata meu cora
Vicente Cooper.- Uau, como aqui é bonito - falou admirada com a decoração do restaurante assim que entramos no local.O pequeno restaurante tem uma decoração bem rústica, as mesas, as cadeiras e todos os pequenos enfeites eram feitos de madeira, havia também algumas peças de artesanato da região, uma iluminação excelente e a tração de hoje a noite era uma dupla sertaneja.- Eu também me encantei muito quando estive aqui pela primeira vez - comento.Nos acomodamos em uma mesa próxima e fizemos os nossos pedidos, comemos um peixe muito famoso na região chamado Bodó e o clima entre a gente pareceu voltar ao normal. Talvez, ela estivesse certa sobre eu ter levado muito a sério o que ela me viu fazer em um momento de delírio..- Nossa, esse bolinho está uma delícia - Angel fala após c
Vicente Cooper.Decido voltar para o quarto, caminho cautelosamente de volta para a pousada e quando viro o corredor vejo Angél vir apressada na minha direção.- Vince - chama angustiada e sinto meu coração apertar - Tem uma aranha no nosso quarto, é enorme.- Calma, ela não vai te fazer mal.- Eu tenho muito medo.- Venha comigo, ela não vai te fazer nada - seguro em sua mão, mas ela não se mexe - Vamos - a puxei firme, porém com delicadeza.Quando entramos no quarto noto sua palidez, ela começa a puxar o ar com força e tremer.- Calma, anjo - a trago para os meus braços.Ouvimos um barulho vindo do banheiro e ela salta de susto, a solto para ver o que foi e ela sobe na cama.- Vince, cuidado - pede - Mata esse bicho.Quando entro no banheiro e vejo a aranha, quase solto uma gargalhada, a pobre coita
Angélica Ross.Andava entre as pessoas se divertindo em meu apartamento e me sentir alegre por poder proporcionar uma festa tão animada para os meus convidados, porém uma coisa ainda me incomodava, suspirei e sentei na borda da piscina.- Achei você - diz meu irmão sentando ao meu lado - Nossa, você está muito vermelha.- Você sabe que fico vermelha quando bebo - justifico dando de ombros.- Não tenta mentir pra mim, somos gêmeos e eu te conheço muito bem - ele passa a mão pelos meus ombros e me abraça - Está chateada por ele não ter vindo na sua festa?- Custava ele ter vindo? - questiono me rendendo - A festa está legal, não está?- Está perfeita, você sabe como organizar uma festa, maninha - ele tenta me animar - Está pensando em que?- Em como eu sou azarada com o meu cora&c