RenzoOlhava atentamente o monitor em minha frente, analisando pela terceira vez as imagens das câmeras de segurança do motel. Infelizmente, as câmeras não pegavam todo o estacionamento, apenas parte. Uma delas poderia estar com defeito ou até mesmo desligada.A frustração aumenta diante da limitação das câmeras de segurança. A esperança de encontrar pistas relevantes é prejudicada pela falta de cobertura visual completa. A situação reforça a necessidade de abordagens alternativas para entender o que aconteceu e, ao mesmo tempo, proteger Yulia.O homem que atacou Yulia aparece de repente na câmera que dava para as portas dos quartos. Ele olha para a câmera, como se quisesse que visse que estava de máscara, e segue até o quarto em que estava com Yulia. Ele bate na porta e se esconde ao lado, no momento em que a porta se abre e se fecha segundos depois. Depois disso, ele simplesmente arromba a porta e entra.A descoberta nas imagens da câmera adiciona um elemento perturbador à situação
Yulia “Vai ficar tudo bem”, foi o que o chefe de polícia disse antes de eu sair da delegacia, vestida em roupas dois números maiores de que usava e que não me pertencia. Mas pelo menos não estava ainda de toalha, atraindo olhares de curiosos, não era divertido como as vezes na boate, a impressão que tinha era que qualquer um que estivesse perto o bastante de mim, poderia tentar me matar.Procurei Renzo a medida que saia da delegacia, mas não o encontrei em lugar algum. Apenas quando deixei a delegacia, que o vi encostado em seu carro, com os braços cruzados sob o peito e naquele momento, esqueci completamente que ele era meu guarda-costas e que o único motivo por estar ali, era que estava sendo pago para isto.Todos que amava haviam me deixado de alguma forma e isto incluía Kate, cujo paradeiro era completamente desconhecido. Nada me garantia, que acontecesse a mesma coisa com Renzo, caso as barreiras que ainda nos mantinham em uma distância segura, caíssem; Temia que assim como os o
RenzoNaquele momento, o único lugar que achava seguro para Yulia era na minha casa, já que ela não queria ficar com os avós. Então, fiz o que devia ser feito e dirigi para casa.Minutos mais tarde, estaciono em frente a um conjunto de prédios de tijolos vermelhos. Yulia olha com atenção para eles antes de descer do carro, levando consigo sua mochila. Ela me segue em silêncio enquanto subíamos quatro vãos de escada até meu apartamento, continuando a olhar atentamente ao redor ao destrancar a porta.Dou um passo para o lado para que ela fosse a primeira a entrar, deixando a mochila perto da porta. Ela anda até o meio da sala de estar, justamente aonde o sol estava, fazendo com que seu cabelo brilhasse na pouca luz.— Quer que eu mostre o restante do apartamento? — Ela vira para mim assentindo, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.Começo um breve tour pelo apartamento, que consistia em dois quartos e uma cozinha estreita. Às vezes, eu sentia falta de uma varanda, um lugar onde
YuliaNão demora para que a cozinha estreita esteja dominada pelo maravilhoso cheiro de temperos sendo refogados. Não havia muitas opções na despensa, além de macarrão, feijão e poucos mantimentos enlatados, e, é claro, muito macarrão instantâneo.Pelo canto do olho, observava Renzo mexer a panela, as mangas da camiseta dobradas até os cotovelos, mantendo um leve sorriso no rosto. O aroma reconfortante e a visão do esforço dele na cozinha diminuíam as tensões do dia, criando um ambiente acolhedor e amigável.A cozinha não estava tão quente, mas parecia estar, já que gotículas de suor se acumulavam em meu corpo. A tensão havia se espalhado rapidamente, e estava começando a ter certeza de que não foi uma boa ideia chamá-lo para me ajudar na cozinha. Homens como Renzo eram, sem dúvida, meu ponto fraco.A proximidade física e a atmosfera descontraída da cozinha tornavam difícil ignorar a atração que existia entre nós. Acabo por chegar na conclusão de que, era o momento de ser um pouco mai
RenzoEstava escuro no quarto quando entrei e estendi a mão para o interruptor. Quando o abajur acendeu, vi Yulia lá, deitada nocobertor à minha frente. O corpo nu parecia longo e esguio, poisela estava deitada de lado, de costas para mim. Seu traseiro tinha curvas bonitas, e a pele pálida parecia alabastro contra o cobertor escuro.Ela não se mexeu quando me aproximei e vi que estava dormindo, com os olhos fechados e os lábios ligeiramente abertos. Os seios arredondados e fartos se moviam com a respiração dela.O desejo que se acumulara durante todo o dia voltou com força, mais violento do que nunca. Ajoelhando-me ao lado dela, corri a mão pelo lado de seu corpo, acariciando-a do ombro até o meio da coxa. Apesar de machucada em alguns lugares, a pele dela era maravilhosa, tão macia e lisa que tive vontade de lambê-la da cabeça aos pés.Cedendo ao desejo, me inclinei sobre ela, prendendo-a nosbraços, e abaixei a cabeça para aprisionar o mamilo na boca. Omamilo dela se contraiu imed
YuliaAssim que nossos lábios se encontraram, minha ansiedadedesapareceu, sendo substituída por um desejo doloroso. Eu oqueria... queria o meu guarda-costas com todas minhas forças.Com fantasias frescas na mente, eu o queria mais do que otemia.O pânico que sentira mais cedo sumira, quando ele me deitou no colchão, com as mãos deslizando pelos meus cabelos. Arqueei o corpo contra o dele e Renzo aprofundou o beijo, com a língua invadindo minha boca e explorando-a de forma faminta. O gosto dele era de calor e paixão primitiva, como nos meus sonhos e nos meus pesadelos. Ele me consumiu e eu o consumi, movendo as mãos freneticamente pelas costas musculosas, pelo pescoço dele, pelos cabelos curtos.Os lábios dele foram para minha orelha e senti seus dentesmordendo de leve meu pescoço antes que ele beijasse a pele macia.Meu corpo inteiro se arrepiou. Senti um prazer agudo e eletrizante quando a mão direita dele deslizou pelo lado do meu corpo, passando pela curva da cintura e pelo qua
Renzo Yulia acordou na manhã seguinte, dolorosamente sexy. O cabelo parcialmente desgrenhado e vestida em uma das minhas camisetas, mesmo com a opção de vestir as próprias roupas.— Me deixe adivinhar — digo com certeza com os olhos brilhando — Você está faminta.— Você não tem ideia.— Consigo ouvir seuestômago roncando daqui.— Isso acontece quando não como — Ela sorri com um sorrisoinexplicável nos lábios.Puxo uma cadeira para ela, naquela manhã querendo me aventurar pela primeira vez na cozinha.— Sente-se, vou fazer minhas famosas panquecas — Me movo sem jeito, devido a falta de prática nos últimos anos — Kimy costumava adorá-las quando era criança — Suspiro — Hoje em dia ela as acha secas demais e odeia a hipótese de cozinhar comigo.— Posso ajudar, se quiser — Olho para ela por cima do ombro, a encontrando com o queixo apoiado na mão.— Adoraria sua ajuda, mas receio que com você tão perto, o café da manhã seja adiado.— Um pequeno adiamento não faz mal — diz de um jeito n
Yulia Estava com a respiração pesada, deitada sob Renzo. Meu coração batia com força, depois da intensidade que era o sexo com o meu guarda-costas.Havia sido um dos melhores sexos que tive na minha vida. E Renzo havia me proporcionado isto.Sinto as pontas dos dedos de Renzo subindo e descendo pelo meu dorso, sua respiração suave acompanhando o movimento. Renzo tornou-se uma espécie de âncora em meio a todo caos da minha vida — a morte do meu pai, o desaparecimento de Kate e alguém querendo me ver morta. E apesar de tudo isso, ele foi a única pessoa que permaneceu ao meu lado.Renzo me fazia sentir como eu nunca me senti: importante e amada. Meus pais, apesar de tentarem se esforçar em meio à doença da minha mãe e à ausência do meu pai, nunca foi o suficiente.Depois que minha mãe morreu, meu pai mergulhou de cabeça no trabalho, mesmo deixando Kate comigo e dando toda a sua atenção e amor. No entanto, ela ainda não supria a ausência que eles haviam causado, o parcial abandono parent