Thierry

Eu entrei na sala e encontrei minha Cecilia atônita, olhando para o celular, ou para nada, ela estava imóvel e eu demorei um tempo para entender que era um recado ou uma mensagem, uma ameaça. Dei a volta na mesa e vi: “Coe sua vagabunda, pronta para me encontrar? Estou louquinho para terminar o que comecei...”

Aquele filho da puta, tinha conseguido o telefone da Cecilia e estava querendo recomeçar o terror psicológico com ela, ah não. Isso não. Isso eu não ia deixar. Ele não ia entrar no psicológico dela e fuder mais ainda com essa situação toda.

Virei a cadeira dela para a minha direção e ela estava com uma lágrima silenciosa rolando dos seus olhos, peguei a mesma com a ponta dos meus dedos, fazendo lhe um carinho tímido. Por mais que a raiva que eu sentisse fosse cada vez maior desse peso morto da terra, agora eu precisava cuidar da minha mulher. Tirar todas as dúvidas que ela pudesse ter que ele não teria outra chance de pegá-la, nem mesmo por cima do meu cadáver.

A p