Logan Oconnor Os dias foram se passando e não foram como imaginei, Alana acabou sendo a ponte entre mim e Scott por um período. Éden acabou saindo como o pai amoroso que não aguentou a emoção de saber que sua filha estava viva e bem, Scott tinha certeza que eu tinha envolvimento na morte do Éden, mas não tem coragem de perguntar. E não contarei se ele não perguntar, porque não vou mentir.Daryl tem sido mais sócio com a sua irmã, chorando menos e puxando o cabelo dela diversas vezes. Valentina se aquietou e procura manter o cabelo preso, posso até dizer que Daryl acabou educando a irmã.— Papai! Papai! Papai!Me viro vendo Valentina correndo em minha direção e pego a minha Moranguinho no colo. — Já não falei para você parar de correr?Valentina pisca os seus olhinhos de um jeito inocente para não brigar com ela.— Sim, mas a tia Alana pediu para te chamar… é urgente.Estreito os meus olhos.— Valentina…— Talvez não seja muito urgente. — se corrige rapidamente.Valentina tem feito c
Alana PetersonGosto do friozinho que sinto na barriga ao me olhar no espelho, o vestido branco realçou o corpo que ainda não voltou como era antes. Ando tendo aquelas inseguranças e a mudança no meu corpo é nítida, mas tem um companheiro maravilhoso que vem me acalmando muito bem em meio às minhas crises.Me casar com Logan é algo que conheci diversas vezes, foi uma boba apaixonada no começo, mesmo querendo correr dessa situação e focar na carreira. Falhei algumas vezes nesse requisito, o fato é que agora é real. Seria a senhora Oconnor.Vou me casar com um homem que amo, o pai do meu filho e toda a turbulência que passamos todo esse tempo para ficar juntos finalmente faz parecer que valeu a pena. Doeu, machucou e deixou aprendizados, marcas que ficaram e não serão esquecidas, mas que aprendi muito.Sair completamente da minha bolha, o meu mundinho quase perfeito.Passo a mão pelas mechas onduladas do meu cabelo, sorrindo pelo trabalho perfeito do cabeleireiro e da maquiadora. Faz te
Alana Peterson OconnorDecidimos adiar a lua de mel. Daryl é muito novo para viajar e não vou ficar longe do meu filho, mal consigo tirar os olhos dele e é algo que com a terapia venho me controlando mais. Sei que o motivo para sempre tê-lo por perto e tendo um controle possessivo não é apenas porque sou mãe de primeira viagem, às vezes o medo de dormir e acordar meses depois me atormenta de um jeito que me sufoca. O desespero vem e não quero viver com esse medo.Não posso mudar o passado, mas posso cuidar para que o nosso futuro seja melhor.Chegando em casa, voltando de mais um dia de terapia, encontro com Daryl tomando seu leite na mamadeira e a babá cuidando dele. Ter uma babá foi um passo grande que dei, ela começou a trabalhar conosco na semana seguinte do casamento. Antes vinha uma vez e outra para me acostumar com a presença dela.Daryl ama ter atenção e vai facilmente com as pessoas. Sua relação com a irmã melhorou, se acostumando com o jeito agitado da mais velha.— Oi, meu
Logan Oconnor Com 25anos estava mais do que pronto para assumir Secrennor, são palavras dos meus pais e não minhas. Entrar no mundo dos negócios e toda essa loucura do mundo da moda não foi nada difícil ou tenebroso, consegui me adaptar muito bem. Ter o carisma da minha mãe e o olhar de águia para os negócios como meu pai me fez se sair bem em muitas horas da minha vida.Mas não me formei para ser psicólogo.Olho para Erick impaciente.— Faz uma hora que está tomando meu tempo e não diz nada com nada. — Dou a volta à mesa apanhando no corpo contra a mesma. — Se na sua empresa você não faz nada, sinto te dizer, mas é que faço muita coisa.— Você é um péssimo cunhado.Erick está sentado na cadeira frente à mesa.— Às vezes. — Cruzo os meus braços.— Alana já teve namorados melhores.Erick relaxa o corpo na cadeira. Não, ele não está relaxado, ouço a discussão que acontece em seu cérebro.— Namorados, nunca um marido perfeito como eu.Aos olhos, meu cunhado se levanta.— Não era para te
Logan Oconnor Sabia que estava sendo um grande passo para Alana passar esse tempo longe do Daryl. Ela mesmo quis para ter terapia, era o que iria sugerir para seu próprio bem-estar. Tive uma conversa com Scott e comentei algumas manias que Alana havia tendo, tendo a certeza que nosso filho estava bem, ela sempre procurava conferir mais de duas ou até mesmo quatro vezes o mesmo.Algo como verificar a babá eletrônica, ver Daryl no berço constantemente, não podendo passar mais de cinco ou 10 minutos longe da sua vista. E com a babá, Alana não teve seu descanso. Entendo os seus medos, mas não quero que isso atormente.— Quer voltar comigo para empresa?Torço para que a sua resposta seja sim.— Hum, não sei.Estamos saindo do restaurante, paramos na calçada.— Tem uma pilha de documentos que gostaria muito de dividir com você.Alana faz uma careta.— Você quer me colocar para trabalhar.— Ah, um pouco. — Sorri.É verdade que quero ter a companhia dela, não me canso de tê-la por perto.— T
Alana OconnorJogo o vestido longe, insatisfeita com a peça. Tento outra e tem o mesmo resultado, Lea está quase dormindo na minha cama. Passou pelo nível de tentar me consolar, se estressar e apenas aceitou.— Não dá, nenhuma fica boa. — Reclamo.Lea se assusta e senta na cama.— Não estava dormindo… eu… não dormi.Olho a bagunça que está o quarto.— Todo esse tempo e a única coisa que conseguir foi bagunçar.— Acho que você está sendo muito cruel consigo mesma. — Lea abraça um travesseiro. — Na semana passada disse que esteve na Secrennor e sentiu muito bem, agora está no quarto a mais de cinco horas para escolher uma roupa.A olho indignada.— Uma roupa para um evento da empresa. — Ergo as mãos no ar, ela não entende? — Não pode ser qualquer roupa.— Você é a dona e proprietária do lugar, pode ir de calcinha que ninguém vai se importar. — Lea está vivendo em um mundo que não é esse, ela para e pensa um pouco. — Não, Logan vai se importar.— Muito!Me imagino de salto e calcinha no
Alana PetersonOuço as batidas na porta do meu quarto e as ignoro mais uma vez. Arrumar minhas malas está vendo mais útil do que perder o meu tempo discutindo com o meu irmão. Erick pode ser o mais velho, mas estou cansada de mais das suas tentativas de fazer a minha cabeça. Chega de tentar me manipular para fazer seus joguinhos, sei quanto meu irmão me ama, no entanto, sou adulta e posso tomar minhas próprias decisões.Tenho que aproveitar que meus pais estão fora do país e dar um rumo para a minha vida. Rumo esse que está quase fazendo meu irmão derrubar a porta.— Alana! Abra essa porta agora. — Grita. — Temos que conversar!Nossa quanto estresse!Com as minhas três malas finalmente prontas para minha viagem, decidi finalmente dar atenção ao meu querido irmãozinho. Irmãozão, Erick é um homem de quase dois metros de altura. Ao abrir a porta me arrependo amargamente, a expressão do seu rosto está tão severa que chego a tremer. Porém, são 23 anos do qual esse ser me conhece e sabe que
Alana PetersonNão basta ter chegado mais cedo do que os meus amigos, agora me resta ficar andando sozinha por Bahamas. Alugamos alguns quartos em um resort para aproveitar essa uma semana de férias, foi os dias que conseguimos reunir todos juntos. Os trabalhos estão batendo na porta e cada um seguiria caminhos bem diferentes. Decidi caminhar pela praia e aproveitar o sol, aproveitarei o máximo possível desses dias, porque sei que a dor de cabeça quando voltar para casa será grande. Quero paz e a minha família vai querer guerra.Ri.É capaz que eu seja deserdada.Caminhando um tempo na praia ao longe podia ver o cais, vi um homem na primeira lancha tentando ligá-la. Me aproximei mais.Não importava o que aquele homem fizesse, a lancha não ligava. Ele não percebeu que precisa desprender a corrente? Caminho pela praia em sua direção, não faço questão de apressar meus passos. Era engraçado ver seu estresse, o homem chutou uma parte da lancha e xinga, ao machucar o pé. Ri. Aposto que é